Ontem, enquanto sentia na pele este desabafo que agora escrevo, deparei-me com este outro desabafo. Tão distinto, tão oposto, tão complementar. Tão opostamente coincidente. O trabalho anda como sempre a um ritmo alucinante. É o telemóvel que toca às 8, outras vezes antes. E, se não toca, então há qualquer coisa muito errada. Por outro lado, se em termos profissionais sou incapaz de dizer que não e ponho às costas
… palavras para quê?
Podia habituar-me a esta vida. Acordar cedinho (just for the record, 6:30), como de costume, tomar o pequeno-almoço a dois, como de costume, acordar a princesa e tratar dela, como de costume, sairmos juntos, como de costume… Depois, ir com ela à consulta de rotina bem cedinho, passar pelo escritório dele para beber um café, ir até ao Corte Inglés num pulinho, dar um salto até à mommy que ainda
Aprendi que podes ser igual a mim e igual a ele em simultâneo. Ou então não. Tu és tu. Não és a tua mãe. Não és o teu pai. És tu. Aprendi que posso ter ralações precisamente pelos motivos opostos das outras mães. E que isso não é melhor ou pior. É apenas diferente. Aprendi que vou ser uma mãe igual à que tenho. E isso encanta-me. Delicia-me. Deixa-me plena
