Não. Eu não sou uma mãe como as outras.
(Enquanto escrevo este texto pesquiso imagens no pinterest para fazer o convite de aniversário da mini me.)
Não. Eu não sou uma mãe como as outras.
(Enquanto escrevo este texto volto a abrir o relatório do último exame médico dela para ter a certeza que está tudo bem.)
Não. Eu não sou uma mãe como as outras.
(Enquanto escrevo este texto ele dorme o primeiro sono da manhã na nossa cama.)
Não. Eu não sou uma mãe como as outras.
É que nenhuma de nós é. Todas somos muito iguais, mas muito diferentes.
Eu não sou uma mãe como as outras porque tive outra educação, tive outras vivências e, acima de tudo, tenho uma filha diferente. E é isso e só isso que me faz sentir especial, ou diferente e, muitas vezes, incompreendida. As dificuldades, problemas ou preocupações, apesar de muito diferentes face às da demais maioria, não deixam de ser isso mesmo. Dificuldades, problemas ou preocupações. Para todas.
E por isso sim, sou mãe. Não como as outras. Mas igual a todas as outras. E é por isso, por ser mãe mas com uma perspectiva muito particular, que a Cláudia – mentora deste projecto, se lembrou de mim.
Escrever para uma plataforma para mães? Só sobre a maternidade? Eu? Eu que não pertenço a grupos de mães, cocós, papas e afins? Eu que sou a outsider?
Bem, a Cláudia estava louca quando me convidou e eu mais tola quando aceitei.
E na sexta-feira passada fiz outra que nunca faço: ir a um jantar só de mulheres. Claro!, as mães que escrevem no mãespontopt. E, todas diferentes, todas iguais, porque afinal somos todas mães, curtimos a sério!
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