Eu, Tu e os meus sapatos

Louca pela vida. Louca por ti. Louca por escrever. Louca por sapatos.

Yesterday’s Details

Sou oficialmente a pior mãe do mundo.*

Ontem, enquanto a Mini Me chorava na ginástica respiratória, só me dava para rir. E não, não foram nervos. Ainda agora quando me lembro tenho vontade de rir. Estou em crer que é de nunca a ver chorar.

A certeza de hoje (resultante de ontem): não voltar a vestir este casaquinho amarelo desmaiado. Por algum motivo nunca sai da gaveta… E esforçar-me um bocadinho mais para não me desmanchar a rir enquanto a minha filha chora na sessão de cinesiterapia daqui a pouco. Ou não. Como disse o D., se me vir sorrir vai perceber que não tem motivos para chorar.

Casaco Sfera

T-shirt Salsa

Saia Sacoor

Sabrinas Zilian

Mala iquantascores

* É agora que vou ser bombardeada: “Ah que espécie de mãe ri enquanto a filha sofre?” Que sofrimento senhoras? Que sofrimento? Pelo menos não faço parte daquele grupo que foge quando os filhos têm de levar pontos porque não “suportam” vê-los sofrer. E suportar deixá-los quando mais precisam do vosso conforto? Egoístas. Tenho dito.

27 Discussions on
“Yesterday’s Details”
  • Há muita gente que não sabe que a cinesioterapia não dói; é uma “violência”, de facto, aquele “tareão” todo e por isso choram mas doer não dói.
    A minha filha fez muitas sessões e chorava sempre (já o irmão, fez só uma vez, também em bébé, e ficou muito espantado lol); confesso que, por vezes, (eu) sorria… principalmente quando a terapeuta lhe aplicava um “golpe” no queixo que a obrigava a expelir pelo nariz porque pensava que, naquele dia, ela ia dormir muito (tão) melhor.
    Sou daquele tipo de Mãe que, por exemplo, quando caem, em vez de ir a correr e “dramatizar”, digo “já passou filha/o, levanta” (falo das quedas/acidentes banais, obviamente). Não censuro quem seja mais “sentimental” (uma grande amiga minha é assim) mas esse não é, definitivamente, o meu jeito.
    Espero que a tua princesa esteja melhor. (e desculpa o testamento)
    Beijocas

  • Espero que a cinesioterapia não inclua vomitar, porque é um método desadequado. Segundo o pediatra do Salvador. Eu sei que devemos guardar os nossos conselhos para nos. Mas como também não sabia, sujeitei o Salvador a um método um pouco traumático, segundo o pediatra.

      • Me, desculpa ter escrito o comentário, é que sem saber o Salvador tb já fez e comia o iogurte e depois vomitava. E aquilo fazia-me confusão. Até que falei com o pediatra e ele disse que era impensável utilizar esse método tão retrogrado. E pronto. Só por isso é que te quis alertar.

        Eu sou um bocado como tu, tb não choro se é para o bem dele. Nós tb já fomos filhos e não somos traumatizados porque levavamos injecções. Como é o melhor para eles, nada a fazer. Eu só o seguro e mimo-o. Mas já chorei mais do que ele no dia em que lhe queimei o pé sem querer. Que hoje nem marca há para confirmar a história, graças a Deus.

          • Não Me, alías, tinha que comer um iogurte para depois o vomitar. Eu confesso que aquilo era demais para mim, mas se lhe fazia bem, nada a fazer. Foi então que o pediatra disse que isso já não se fazia assim. Que isso era antigamente.

            Beijinhos e as melhoras da fashionista mais nova da blogoesfera.

          • Credo. Então devia ser um verdadeiro filme de terror. No caso da Mini Me foi, como te disse, precisamente ao contrário. Alertaram para estar pelo menos duas horas imediatamente antes sem comer… É que com tanta vibração e pancadinha, tudo o que estiver no estômago vem cá para fora.

            Beijoquinhas

  • Eu também faço parte do grupo das piores mães do mundo. No meu caso não é por nunca o ver chorar mas por ter visto tudo o que havia para ver nos primeiros meses.
    Agora é só começar a vislumbrar um beicinho que desato logo a rir. Oh pá! Estes bebés até a chorar são fofos.
    E se têm más mães? Azar o deles 🙂

  • Me, eu já tenho andado a reparar no que vou dizer a seguir, mas so hoje me decidi comentar. Espero sinceramente que não leve a mal, pois gosto imenso do seu blog e do seu estilo. Sou uma leitora habitual e lembro-me de ter escrito, na primeira plataforma do blog, que não se devia separar o guarda-roupa de Verão do de Inverno. Mas tenho reparado que usa muitas vezes roupa que, pelas cores, cortes e tecidos, são muito estivais e por vezes os seus looks parecem um pouco “fora de época”.. E lembro-me que tem roupa de Inverno e roupa formal muito bonita. Penso que podia diversificar mais o seu estilo se incorporasse mais vezes essa roupa nos seus looks diários. Compreendo que tenha calor (eu própria sou calorenta) mas podia por exemplo usar roupa de outras cores (não tem de ser sempre preto, sei que não gosta muito ehehe) e tecidos também de manga curta e sem meias. Fica a sugestão, mas como lhe digo é só um preciosismo porque no geral gosto muito do que veste.
    Beijinhos
    Manuela

  • Me, é normal que te rias. Quer dizer, a menina não estava mesmo a chorar com motivos, portanto não estou a ver porque haverias de estar de coração nas mãos, qual Maria Madalena. 😉

    Quanto ao casaquinho… é bem bonito!

  • Eu gosto do casaquinho 🙂

    Quanto às críticas, lembra-me umas quantas palavras menos próprias para essa malta que critica, tenho filhos ou não. Mas não as vou dizer, como é claro, mas fica subentendido. Get a life! apfff

    Beijinho e boa 5ª feira (aposto que sem meias, não é verdade?) 😉

  • Leio o seu blog há muito tempo e admiro-a pela simplicidade, beleza e boa disposição com que enfrenta o dia a dia.
    É normal que se ria durante o tratamento da sua filha… Deve estar a recordar comentários como o da Manuela. Haja paciência!

    • Quando se tem um blog com comentários abertos, o autor do blog expõe-se a recebê-los. Não sou no entanto apologista da “liberdade de expressão a qualquer custo”: se tenho o direito de comentar, tenho o dever de o fazer com correcção e boa-educação. Penso que foi precisamente o que fiz. Aliás, nem foi um comentário, foi uma sugestão, porque sei que por muita roupa que tenhamos, por vezes não a rentabilizamos a 100%. Frisei que era um preciosismo e não um ataque. É curioso que a própria autora do blog (que parece ter bom senso e não ligar a este género de mesquinhices) não tenha, e bem, respondido ao comentário pois ele de facto não tinha importância nenhuma e venha outra pessoa tomar as dores dela. É verdade, haja paciência para gente que se leva demasiado a sério!

  • Lá está, não acho nada que sejas tonta nem desequilibrada e muito menos má mãe, só porque não fizeste um pranto quando a tua filha estava a chorar, certamente por desconforto (que acredito que sentisse), mas não por sofrimento. Também concordo que temos de ser nós os pilares do bem-estar deles, desvalorizando determinadas situações para não os assustarmos mais. Mas, acima de tudo, acredito em não se julgar assim tão prontamente os outros, principalmente se estruturalmente somos diferentes deles! Em alguns comentários ao teu post (nem sei se a este se ao seguinte) apercebo-me que há uma crítica subjacente ao que é diferente da descontracção total e absoluta. E se calhar é por não ser uma pessoa assim totalmente descontraída (embora não seja uma histérica, isso vá lá 🙂 ), mas não acho bem esse julgamento, da mesma forma que me irrita solenemente que alguém venha para aqui com sentenças de “má mãe” ou “tonta” em comentário ao teu post. Eu, por exemplo, chorei (verti lágrimas, entenda-se, não entrei em prantos descontrolados) da primeira vez que o meu filho levou as vacinas na minha presença, aos 2 meses. Se fiquei contente ou orgulhosa de mim mesma por ter chorado? Não, mas estava tão descompensada hormonalmente que, ao ver que lhe doía – porque a resistência deles à dor é mínima, e uma simples picada dói-lhes horrores, que fará três – não consegui evitar que me caíssem lágrimas. Ora, o meu filho de 2 meses nem via bem, quanto mais perceber que eu fiquei perturbada com o choro de dor dele. Mas de certeza que sentiu o meu abraço forte a confortá-lo e os meus beijinhos para passar, e na verdade acabou por se acalmar. Chateia-me um bocado que tenham apontado esse exemplo como um exagero, subentendo eu uma histeria, até porque na verdade nunca relatei esse episódio a ninguém e bem me bastou a cara da enfermeira, que nervos. Acho que as pessoas têm sensibilidades diferentes, as hormonas não facilitam, e pronto. Não são estas coisas que fazem das pessoas más mães, se choram, se se riem. Se não dão aos filhos o seu tempo, a sua atenção, o amor que eles precisam – aí sim, aponto o dedo. E há que haver tolerância. Da mesma forma que ninguém pode tecer crítica à tua descontracção, também não aceito bem que se faça pouco do inverso, com o qual me identifiquei, infelizmente. And that’s that. Dormi mal outra vez, depois é isto, levam comigo. 🙂

  • Ah, mas deixa-me só concluir que isso foi aos dois meses, agora estou muuiiiito melhor. 🙂 Ainda este sábado ele fez um belo galo (enquanto estava à minha guarda, foi uma fracção de segundo e pimba) e eu não só não chorei 😛 como ainda fiz a cena do “pronto, já passou, não é nada, olha aqui este cãozinho tão lindo, cá beijinho, já passou”. 😀

  • Olá Me! Adorei o look! A saia é da nova coleção da sacoor? É lindíssima! Fica-te muito bem! Um beijinho, bom fim de semana e espero que a Mini Me continue a melhorar!…

  • não sei se é má mãe ou não porque não a conheço de lado nenhum.

    sei que é uma mãe que julga as mães que não acompanham os filhos a ser cosidos, o que já não faz de si grande pessoa.

    eu não vi o meu filho ser cosido quando caiu – mandei-o com o pai – porque desmaiei quando vi a minha filha ser cosida, uns anos antes.

    pode ter a certeza que não sou má mãe. e não preciso de um blog a falar sobre os tratamentos médicos dos meus filhos, com uma série de desconhecidas a confirmarem-me esse facto por comentário, para o saber. felizmente.

    • Pensei muito sobre o tipo de resposta que deveria dar-lhe. É sempre curioso que comentários deste género sejam de pessoas que nunca comentam este Blog. Provavelmente é porque não o lêem. Se o fizesse não tiraria as conclusões que tirou.

  • Me,a minha filha pipoca,esteve quinze dias internada na Estefânia com 15 dias de vida.Foi um horror.Mais para mim do que para ela,que foi super bem tratada e acarinhada.Chamavam-lhe a Rainha Maria Clara….mas para mim,foi terrivel.Eu que sou a gargalhada em pessoa,fiquei muito em baixo,ao vê-la a toda a hora levar antibiótico e a levar picas pq as veias eram minimas e rebentavam….mas graças a Deus passou e ela agora é uma super pipoca.Mas digo-te um segredo.Quando ela faz birras,e chora e esperneia,a mim dá-me vontade de rir.Mas com gosto.E não percebo porquê….é pq sou má mãe,só pode.;)

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