Nos bons. Nos maus. Nos excelentes. Nos péssimos. Nos assim assim. Naqueles que não são carne. Nem peixe.
Em todos os instantes quero falar contigo. E falo. Muitas vezes. Rio. Discuto. Desabafo.
Mas há instantes, os tais, que podem ser excelentes, ou péssimos ou assim assim, em que dava jeito uma resposta. Um aceno. Um sorriso. Qualquer coisa mais além daquilo que consigo ver e sentir.
E se nos momentos maus custa muito não ver ou sentir um bocadinho mais além, nos momentos bons, nos muitos bons, nos excepcionais, ainda custa mais.
Custa mesmo muito.
A partilha entre dois irmãos, a solidariedade, a conivência ou cumplicidade que existem são únicos. Praticamente irreplicáveis. E sim, quem não tem irmãos não consegue compreender este sentimento de ser um só. De ser um bolo. O bolo que tu e eu éramos.
E de vez em quando a outra fatia do bolo faz-me mesmo muita falta.
Principalmente nos momentos excepcionais.
Eu tenho uma fatia de bolo e consegui perceber perfeitamente o que escreveste. Acho que colocaste por palavras exactamente o que sentimos. Deve ser mesmo muito difícil não teres a tua metade do bolo, mas ela estará sempre a olhar por ti! Força Me!
Posso assinar por baixo,
Entre irmãos existe uma amor diferente de todos os outros que conheço,
Onde quer que esteja ela estará sempre de “olho”em ti,
abraço ainda mais apertado,
ANF
E só quem tem irmãos consegue perceber em pleno as tuas palavras.
Força!
Fica o polegarzinho em modo “gosto”!
Não é novidade que o meu pai (divorciado da minha Mãe), por mais que Eu goste dele, não bate bem da cabeça. Já o disse algumas vezes, foi alcoólico e continua embora pontualmente. Foi à pouco tempo que num fds estávamos todos na minha Mãe e Ele se sai com uma bonita pérola (NOT),” Eu não dava a vida pelas minhas filhas, porque Eu gosto de mim, e isso iria implicar morrer para Elas viverem, isso Eu não fazia.” A nossa cara foi de espanto, porque se achávamos que nada de pior poderíamos ouvir da boca dele, a minha irmã, que passou por uma prova de fogo não teve reacção, Eu, claro que perante tal barbaridade disse-lhe: “A minha irmã quando esteve internada e Eu fiz as analises para ver se a minha medula era compatível, não olhava para trás se tivesse que doar, mesmo que implicasse ficar sem uma perna ou um braço, ou mesmo a minha vida, porque Ela tinha tido um filho, a vida dela era bem mais importante que a minha. Pela minha irmã Eu dava a minha vida! Agora como também tenho um filho, talvez não desse a vida por Ela, mas dava o que estivesse ao meu alcance. Tu realmente bates mesmo mal da cabeça!”
Embora, graças a Deus não a tenha perdido, imagino o sofrimento que passaste quando Ela estava doente, porque Eu tb passei por uma situação semelhante, ouvi da boca da médica que Ela poderia não sobreviver. Essas palavras tiraram-me o chão e o pouco discernimento que tinha na altura. Porque Nós também somos uma só, temos uma amor uma pela outro imenso, desabafamos uma com a outra. E Eu não gostava que o Salvador fosse filho único por causa disso 🙂
Um beijo grande e desculpa o testamento. Força 🙂
Querida Me, um abraço.
E com textos destes deixas-me sempre de queixo a tremer. Amo tanto a minha irmã que não consigo imaginar a ausência dela. Parece-me algo completamente irreal e sem sentido. Por isso e, apesar de nunca ter passado pelo que viveste e vives, consigo imaginar (compreender não consigo, porque precisaria de viver) aquilo que sentes.
Um beijinho grande
As saudades são o pior…
Bj**
Fico com um nó na garganta ao imaginar a tua dor.
Sei que de nada valeria, mas se estivesse ao pé de ti agora dava-te um abraço*
Bjinhos querida
Sou filha única e tenho muitos primos, todos com irmãos.
Em míuda nunca senti a falta dos irmãos, tinha os primos, tinha sempre companhia, gente com quem brincar.
Hoje tenho muita pena de não ter irmãos.
Continuo a ter os mimos dos primos, sou a mais nova, mas não é a mesma coisa, a mesma relação que os vejo ter entre si.
Já perdi o meu pai e vejo a minha mãe envelhecer todos os dias e não consigo evitar uma sensação de abandono, de solidão e desamparo, de quem em breve estará só no mundo.
E ninguém além de mim se vai lembrar das histórias que a avó contava, da primeira visita ao jardim zoológico, de como a minha mãe estava bonita naquele Natal ou de quando o meu pai me ensinou a nadar…
Tens razão, é um bolo, tem massa que liga, tem segredos de forno, tem açucar em doses certas…
Posso apenas deixar-te um beijo e os votos de que sejas muito feliz.
Apesar dos pesares.
Olá Me. Pensa nas coisas boas e nos bons momentos ao longo de muitos anos e na sorte que isso representa. Beijinhos
Olá Me. Deixas-me sempre com uma lágrima no cantinho do olho e admiro-te pela força e coragem…porque não deve ser nada fácil seguir todos os dias com essa dor.
Eu tenho 3 fatias de bolo. 3 irmãos mais novos. E a verdade é que não consigo imaginar-me longe deles, longe da cumplicidade, dos momentos compartilhados…
Tu foste uma irmã maravilhosa, acompanhei-te pelo blog, torci e vibrei pela Nídia…tu e a tua família fizeram tudo o que estava ao vosso alcance. E tens o consolo de teres partilhado tantos bons momentos com a tua irmã… Pedaços de uma vida que jamais serão esquecidos…
Um grande beijinho!
Sei o quanto é bom ter a outra fatia, não consigo imaginar a falta que a tua Pipoca te faz sem me comover e enervar e mandar msgs à minha pequenita.
Um beijinho Me.
Só te posso deixar um abraço…não consigo imaginar a falta que faz uma irmã…estou longe da minha mas somos sim a outra fatia do bolo, a outra metade da laranja. Temos histórias só nossas, cumplicidade infinita que só quem tem irmãos compreende…
Acredito que a perda te consuma a alma, mas também sei que contarás sempre com alguém para te apoiar e com quem possas partilhar tudo, ainda que ninguém ocupe o lugar dela. São saudades…e um dia reencontrar-se-ão…e serão sempre muito felizes!
Beijinho
Lembra-te que onde quer que ela esteja está a conspirar com o Universo inteiro para multiplicar esses teus momentos excepcionais por 1000. Vocês continuam e continuarão sempre a ser um bolo.
Gosto de ti babe e só te desejo o melhor do mundo, não mereces menos.
Beiju a duplicar