Não tenho qualquer memória do dia 8 de Setembro há 29 anos. Não tenho.
Mas a minha memória consciente mais antiga é a da tua chegada a casa. Recordo com uma clareza brutal, como se estivesse a assistir a um filme dentro da minha cabeça, a abertura das grades do elevador de lá no prédio dos avós e depois o pai e a mãe. E tu. Numa alcofa. Morena. Tu. Nídia.
Não me lembro de nada antes de ti. Quase como se a minha vida tivesse iniciado no instante em que te vi. Ou como se tivesse sido feito um qualquer reboot e tudo o que estava para trás não tivesse cópia de segurança.
Depois do dia 8 de Setembro de 1986 tenho um mar de memórias. Contigo. Sempre contigo. As tendinhas feitas de almofadas em casa dos avós. Os pêssegos na praia em cima das toalhas que trouxemos da Eurodisney. A pizza simples para ti e recheada para mim. Os serões a assistir às tuas coreografias de dança. Tantas, tantas memórias. À bulha. Aos beijos. Aos gritos. E aos abraços.
E saudades. Tantas saudades.
Acreditando no que dizias, guarda-me um bocadinho do teu planeta e espera por mim. Porque eu quero mais memórias. Contigo. À bulha. Aos beijos. Aos gritos. E aos abraços.
Parabéns mana!
Como sempre um texto tão lindo e tão sentido!! Parabéns N.!!
Um beijinho muito grande!!
Mesmo que por pouco tempo ter sorrisos desses nas nossas vidas é reconfortante. E as tuas palavras sempre o demonstram…
Um beijinho de coração