Eu, Tu e os meus sapatos

Louca pela vida. Louca por ti. Louca por escrever. Louca por sapatos.

Não têm outro nome.

Eu sei o que é viver com uma pessoa imunossuprimida.

Eu sei o que é ter medo de um pêlo encravado que pode infectar e matar.

Eu sei o que é ter medo de passar a menos de um metro de uma pessoa na rua.

Eu sei o que é ter medo da falta de hábitos de higiene dos demais (ainda há pessoas que vão ao WC e não lavam as mãos).

Porque eu sei o que é ter medo das “doenças dos outros”, porra!, juro que não entendo os filhos da mãe que acham que não vacinar os filhos é boa ideia.

Aleguem o que quiserem, não vacinar os filhos resume-se a muita estupidez natural, ignorância e, acima de tudo, egoísmo profundo. Vou mais longe, para mim, não vacinar os filhos é um acto de negligência parental. Ainda bem que não sou só eu a pensar assim (via Luna):

 

 

16 Discussions on
“Não têm outro nome.”
  • Peço desculpa mas não partilho da tua opinião. Talvez a tua experiência esteja a fazer com que só vejas um lado da questão. Existem estudos técnicos e científicos que provam que as vacinas por vezes não são a melhor opção, no entanto mais estudos deveriam ser efectuados mas é preciso dinheiro e claro que existe um grande lobi.
    Trabalho na área da saúde e não são tão poucas como se pensa, as reacções adversas por causa das vacinas e as consequências destas reacções.
    É importante ver o outro lado da questão com os olhos da isenção, informa-te melhor para poderes falar com convicção.

    • Tita,

      TUDO na saúde tem um risco, como, aliás, TUDO NA VIDA.

      Agora, o risco que se incorre ao vacinar uma criança é completamente residual face ao risco em que se coloca essa mesma criança e – MUITO IMPORTANTE, todas as pessoas que se cruzem ao longo da vida com essa mesma criança.

      Falar de cor é muito bonito, mas é coisa que não gosto de fazer.

      • Completamente residual?! Ou pouco falado nos media?
        Para mim só são válidos os estudos científicos e as estatísticas. No dia em que se tiver coragem para falar abertamente sobre esta questão talvez muitas “verdades” venham a público.
        Em Portugal grande parte do ensino (desde os mais pequenos até aos adolescentes) exige que as vacinas estejam em dia mas os dados do SNS sobre vacinação, sobre doenças infantis e convulsões é muito explícito.
        E garanto-lhe não é de todo residual, mas ainda bem que não escreve de cor.
        Penso que a situação das outras crianças (imunossuprimidas) também pode ser vista como residual, uma vez que a maioria também é saudável. Que pensamento injusto, mas afinal o que contam são as maiorias. Como escreves TUDO NA VIDA TEM UM RISCO.
        Não vou comentar mais até porque o meu objectivo não é criar polémicas, pretendia somente dar um pouco mais de informação sobre esta temática na qual foram feitos alguns estudos preliminares em Portugal por alguns pediatras mas que foram colocados na gaveta.

      • As pessoas acham que conhecem bem o resultado dos estudos, mas as pessoas não leem esses mesmos estudos. As pessoas geralmente conhecem o resumo do estudo apresentado num qualquer site. Desafio qualquer pessoa a ler os estudos na publicação integral em revistas de especialidade, olhar com atenção para o método, olhar com atenção para os resultados dos testes de correlação e de diferenças de médias, e ver se realmente os estudos comprovam que as vacinas não devem ser dadas ou não.
        As pessoas esquecem-se de uma coisa muito básica: os pais new age têm direito a serem uns ignorantes, mas acima do direito deles a serem idiotas está o direito da criança a usufruir de todas as condições médicas que lhe permitam prevenir futuras doenças. E há ainda o conflito entre os interesses individuais e os coletivos, pois o direito à saúde pública por parte da comunidade também está acima do direito à ignorância. Peço desculpa pelo tom violento, mas é um assunto que me tira do certo, tal como os partos em casa (essa para mim dava para outro comentário). Irra, parece que querem voltar ao tempo em que se tinha 10 filhos para sobreviverem 4!

  • Pois não sabendo muitos desses medos, mas tendo medo de muitos outros concordo com a incredulidade e irritação em relação a pais que não vacinam as crianças. E sobre a vacina MMR, que em bom português é se não me engano a VASPR, não me venham faz favor com a conversa daquela atriz cujo filho após a vacina desenvolveu autismo e por isso não se dá aos meninos.
    Num mundo onde crianças morrem por não terem cuidados básicos como higiene. Que a natalidade infantil decresceu graças a cuidados básicos. Que a internet informa a qualquer hora e praticamente de graça. Que se conseguem perceber os pós e os contras da vacinação não entendo.
    Não entendo como alguém que sabe, que um sarampo é chato e dá comichão, que a varicela deixa marcas, que se usa banhos de farinhas e se põe luvas nas mãos das crianças para não fazerem feridas quando se coçam, não se vacinem as mesmas e se deixe o filho sofrer e inclusivé morrer, por doenças praticamente erradicadas. Se posso prevenir que os meus filhos sofram e fiquem doentes, porque não vaciná-los?
    Perguntem à mãe de um menina da creche do meu mais velho o que ela sente, com a filha internada que não pode ver, por ter um bebé de meses que amamenta, já que a menina com varicela e escarlatina vai ter de ser sujeita a uma pequena cirurgia para retirar a “porcaria” agarrada aos músculos. Vá, pais que não vacinam os filhos, perguntem-lhe o que ela sente não vendo a filha à mais de 1 semana. E já agora, perguntem à criança deitada na cama de um hospital, que é sempre um sítio giro e muito agradável, o que ela sente por não poder ver a mãe. Ah, e para que se saiba a criança está vacinada, e sei-o de certeza porque na creche um requesito de entrada é ter as vacinas em dia.
    Junto-me à sua indignação e à desse pai também.

  • Há gente…que parece que vive num mundo ilusório…só pode.
    Eu cumpri e cumpro religiosamente o PNV e paguei todas as outras vacinas recomendadas pela pediatra. Nem que tivesse que comer sopa… a saúde da minha Flor era e é primordial. Assim como a segurança de todos os meninos e meninas com quem ele “vive” durante parte do dia.
    Beijinhos!

  • Há poucos meses, já depois de ser mãe, vi uma série americana em que uma bebé de 12 meses morrera com encefalite provocada pelo sarampo, tendo sido contagiada por um menino que frequentava o mesmo parque e não tinha sido vacinado, porque a mãe não “acreditava” em vacinas… Assustei-me. Uma série de ficção (????) chamou-me a atenção para efeitos do sarampo que eu não sabia existirem. Logo a seguir veio um surto de sarampo em França, aqui no nosso velhinho continente europeu. E o PNV em Portugal foi mudado para proteger os bebés. Aplaudi e, quando o meu macaquito fez 12 meses, fui cumprir com o PNV, para o bem dele. Uma semana depois teve febre e ficou um pouco constipado, um mal menor, sem dúvida, considerando tudo o resto. Ainda bem que na creche do meu filho exigem o boletim de vacinas sempre em dia.

  • Claro porque os pais new age pensam… ah e tal sarampo, varicela e papeira todos temos e sobrevivemos… esquecem é que sobrevivemos porque fomos vacinados e estamos imunizados para nos defendermos dela… mas como o autismo ainda não tem cura, nem o porque anda se a caca de culpados… ninguém quer estudar e dizer a causa são os meus genes… mas sim atribuir a causa a outros… Ora os estudos científicos e estatísticos tem de ser bem interpretados. Regras de co-relação tem de ser bem analisadas 1º é preciso uma boa amostragem para que os dados sejam mais representativos… depois metade dos estudos analisam um universo de 300 a 500 ou 600 crianças que levaram vacinas e quais desses tiveram autismo… e agora entra o estatístico… um estudo bom vê qual a incidência de crianças que ficaram com autismo e compara a um grupo de crianças do mesmo tamanho quais desses é que sofrem de autismo sem ter levado vacina nenhuma…. e voilá a teoria cai por Terra porque o nº de casos observados não tem diferenças significativas em termos estatísticos, ou seja entre os dois grupos existe nº de autistas mais ou menos semelhante… e depois a Teoria mais plausível a idade das vacinas é geralmente a idade onde as crianças estão no pico do desenvolvimento e onde se identifica o autismo…. existem casos que a criança nota -se logo um atraso desde de cedo e outros que até ao 3 anos são como todos os outros e começam a regredir ou a não evoluir e é diagnosticado…. Será uma vacina ou são diferentes tipos do espectro do autismo… existem vários níveis de autismo e todos se manifestam de forma diferente em idades semelhantes…

    E existem autistas que com bons professores e escolas conseguem desempenhar funções normais de um caixa de supermercado… simplesmente o nível de autismo deles é menor e foram bem acompanhados….

    Eu estudei estatística e tirei 20 valores e sei perfeitamente que os estudos estatísticos não devem de ser levados a peito…

    Agora pesando o risco de ser autismo com o risco de haver surtos de doenças mortíferas para os babys de doença erradicadas é sempre preferível vacinar, vacinar e vacinar…

  • Eu dei todas as vacinas ás minhas filhas excepto a do cólon do útero… e porquê ‘
    Porque em França uma menina próxima, esteve internada e ficou com várias sequelas depois de levar a vacina.
    O que fariam no meu caso, davam a vacina ?
    Há casos e casos … assim como a vacina da Gripe A, feita em cima do joelho ….

    • Mary,

      A vacina a que te referes é para combater o cancro do COLO do útero, o cólon é no intestino. Quanto á tua decisão só tenho um comentário, se todos deixássemos de tomar medicamentos porque uma pessoa conhecida teve uma reacção adversa ninguém tomava nada. Qualquer pessoa em qualquer altura pode desenvolver uma reacção alérgica grave a qualquer medicamento, mesmo a um (supostamente) inócuo paracetamol. Todos os dias morrem pessoas porque isso acontece de forma imprevisível, da mesma forma que todos os dias morrem pessoas atropeladas, ou em acidentes de automóvel. Um caso não significa absolutamente nada e nunca pode ser extrapolado para o que pode ou não vir a acontecer com outra pessoa diferente. E acredita que a vacina contra o cancro do colo do utero pode vir a fazer muita falta á tua filha…é a minha opinião.
      Bjs

  • Querida Me, já te leio há algum tempo mas em silêncio. Mas não podia deixar de comentar este post.
    Tu tens toda a razão. Não vacinar uma criança pode vir a ser um problema para a própria criança e mesmo para a sociedade! Peço desculpa às mães que não vacinam os filhotes mas sou de total desacordo com estas. As vacinas como qualquer mínima coisa nesta vida têm risco, isso é inegável! Mas o risco de não vacinar é muito superior. E ainda mais, se as pessoas fizessem ideia da quantidade de restriçoes, regras de qualidade e todos os procedimentos de garantia da qualidade inerentes ao processo de produção de vacinas não as punham tanto em causa. O erro é ínfimo. Não vale mesmo a pena pôr em causa. E aquela velha história do antigamente não haviam tantas vacinas e as pessoas não morriam. Como? A taxa de mortalidade infantil era muito maior e a esperança média de vida era muito inferior, basta consultar os dados estatísticos.
    Respeito as mães que não vacinam os filhos mas sou totalmente contra essa atitude.

    Beijinhos para ti Me e para a Mini Me!

  • Também trabalho na área da saúde e este é um assunto que me interessa desde há algum tempo. Os estudos que tenho lido (artigos publicados em revistas científicas) não consideram que a vacinação seja perigosa e não está provado que o autismo tenha aumentado quando começaram a existir planos de vacinação (este foi o argumento principal desta nova corrente). As vacinas são comercializadas pela indústria farmacêutica, sim, é verdade… e toda a gente acha que é um polvo horroroso. Podem provocar reacções adversas, sim, como todos os medicamentos.
    Posto isto, comentei o post da Luna concordando com o que dizia e concordo contigo Me.

  • Isto agora até mete nojo, com as modernices… são melhores pais que eu, que sou parva e vacinei o meu, contra tudo o que podia (Dentro e fora do PNV)?! Recuso que o meu filho, de forma consciente prive com crianças, coitadas, cujos pais não as vacinam… Se posso de alguma forma evitar que adoeça, para quê expo-lo ao risco? para quê vê-lo ficar xoxinho e em baixo.
    Não conheço estudos que provem que não vacinar é benéfico, mas deixem-se de ideias quem o incentiva, senão qualquer dia nem PNV existe….

  • «Trabalho na área da saúde e não são tão poucas como se pensa, as reacções adversas por causa das vacinas e as consequências destas reacções.
    É importante ver o outro lado da questão com os olhos da isenção, informa-te melhor para poderes falar com convicção.» Concordo inteiramente com esta afirmação. Sou vegetariana e desde então que me comecei a interessar muito por este género de temáticas. Vou então deixar aqui a passagem de uma mãe vegetariana sobre a vacinação (não estou a defender que não se tomem as vacinas, apenas acho que é preciso reflectir e questionar até que pontos nos estão a dizer a verdade…) – «Optam por que tipo de medicina para vocês e para as crianças? Como agem em relação à vacinação?

    Pjp: O tipo de medicina que praticamos é essencialmente “preventivo”. Ou seja, temos uma preocupação (descontraída) particular com a nossa alimentação e estilo de vida em geral. Para os nossos filhos confiamos numa médica que tendo uma formação “convencional” neste momento segue uma linha com uma abordagem profundamente holística e essencialmente de pendor homeopático. Em situações muito esporádicas recorremos à medicina convencional.

    Em relação à vacinação neste momento olho-a com total desconfiança. Basta pensar, por exemplo, que os planos de vacinação são bastante diferentes de país para país, em função, por exemplo, das diferentes farmacêuticas que comercializam as vacinas. Existem enormes lacunas relativamente ao estudo e avaliação dos ditos “efeitos secundários” da vacinação. Obviamente que existe uma “cultura” de medo e forte pressão científica para implementar a vacinação, e regra geral essa pressão é extremamente eficaz. Muito poucos pais ousam colocar em causa o “dogma” da vacinação ou sequer pesquisar informação independente sobre o tema. Nós fizemos isso e, em função da informação que recolhemos, a minha forma de olhar para a vacinação mudou por completo. Até admito que nalguns casos possam haver alguns benefícios, mas os possíveis impactos negativos (nomeadamente até com a combinação de diferentes vacinas) são em larga medida sonegados, como se as vacinas fossem perfeitas e não tivessem qualquer efeito secundário grave. Parece-me algo estranho as vacinas serem tão “perfeitas” se os próprios medicamentos convencionais que não são tão “invasivos” como as vacinas têm imensos efeitos secundários.

    Cris: De facto acreditamos essencialmente que a saúde não está isolada do contexto em que vivemos. Daí procuramos que os nossos filhos (e nós mesmos claro) vivam de uma forma o mais harmoniosa possível, com contacto com a natureza, uma alimentação cuidada e exercício físico. Mente sã, corpo são. Quando a doença surge, procuramos seguir uma via o mais natural possível, observando e dando tempo e espaço a que o corpo e as suas defesas naturais se manifestem. O nosso filho mais velho apenas uma vez tomou antibiótico a partir daí foi sempre seguido pela médica, sendo utilizada apenas medicação homeopática ou natural.

    Quanto à vacinação, após termo-nos informado mais acerca do assunto, acabamos por decidir que não iríamos vacinar mais o nosso filho (nos primeiros 9 meses recebeu todas as vacinas do plano nacional de vacinação) e à nossa segunda filha já não lhe foi administrada qualquer vacina.» Retirado de http://www.centrovegetariano.org/Article-581-Entrevista%2Ba%2Bfam%25EDlia%2Bvegetariana.html

    No fundo, o que quero transmitir é que a medicina ocidental não é, como parece, perfeita. E é por não ser perfeita que é posta em causa. Outro exemplo que pode não ter muito a ver para este assunto foi uma reportagem que deu, salvo erro, na SIC, de uma menina que tinha cancro e que os pais recusaram as sessões de quimioterapia após a operação. Foram postos em tribunal pelo IPO, mas pesquisaram e descobriram, salvo erro, na Holanda, as chamadas células dendríticas. À partida, diríamos que eram pais negligentes, mas de facto a criança continua bem e seriam mais sessões de quimioterapia do que a OMS aprova… Para além disto, o pai – que também me pareceu ser vegetariano, não estou certa – começou a fazer uma pesquisa intensiva relativamente ao poder antioxidante dos alimentos – frutas e vegetais – e a par com as injecções de celulas dendríticas, foram tendo uma alimentação “curativa”. Bem, era mesmo só para deixar estas ideias. Beijinhos a todos /todas.

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