Aterrámos domingo ao final do dia, largámos as malas em casa e fomos a voar para o restaurante. Era o aniversário dele! Metemos os miúdos todos numa mesa e deixámos que se desenrascassem com os senhores do rodízio.
Segunda-feira passou a correr. Uma ida ao cabeleireiro para cortar as pontas (e ainda vou ter de regressar amanhã porque ficaram aqui umas pontinhas a precisar de corte), um gordo a adoecer, uma gordinha a tentar recuperar de quase 5 dias com mais de 50 km acumulados nas pernas.
Terça de madrugada, hospital. Eu que sou doutorada em febres de quarenta para cima não estava a conseguir baixar a temperatura do miúdo. Nem eu, nem os médicos no hospital. “Se calhar vai ficar internado mãe.” Picadelas, análises várias, raio X por descargo de consciência. Não é nada. Virose. “O quê? Tenho finalmente um filho que só tem viroses como todas as outras crianças? Yeah!” Terça-feira de regresso ao escritório. A minha cabeça parecia um barco a naufragar numa tempestade com ondas de trinta metros. Nove meses em casa e escolheu a madrugada do meu regresso para estreias nas urgências.
Quarta-feira e o gordo começou a melhorar. A agenda no escritório a apertar – já há vários dias completamente tapados. Cool! (Cool mesmo porque é assim que me dou bem!)
Quinta-feira fez nove meses e acordou bem disposto e sem febre (que voltou mas mais tarde e bem mais baixa). Primeiro dia de oito horas de trabalho. O bem disposto acusou e quando ouviu a minha voz quando entrei em casa, começou a chorar e a gatinhar à minha procura. Mimado.
Agora escrevo do sofá. Ele dorme ao meu colo. De body de manga curta para não aquecer. As camas estão feitas. Os outros dois desceram para arrumar a garagem. Na cozinha a coluna com o Spotify. Aqui, as cortinas puxadas e o sol a bater cá dentro.
É só mais um dia. Bom. Sem nostalgias.