O talho no mercado de Alvalade de onde ele trazia mioleiras sempre e só de borrego para a neta (preparadas à frente dele ou arranjadas por ele próprio).
A churrasqueira na Avenida da Igreja onde íamos buscar frango assado quando a avó não tinha tempo para fazer o almoço .
Mais tarde, o restaurante por trás do mercado onde íamos almoçar de quinze em quinze dias quando ia fazer análises. Aproveitava que era um pulinho desde a cidade universitária e furava as aulas. Deixava o carro mal estacionado mas não fazia mal. Na maioria das vezes éramos só os dois. Às vezes três se a avó ou a mãe se juntavam. Outras vezes mais, se calhava e tinha as mulheres todas da vida dele à beira.
Antes disso, mais miúda, quando ia com a avó ver as montras (e gastar as notas do avô).
Em gaiata, com a titi madrinha para lanchar no centro comercial junto à rotunda.
Alvalade traz-me tantas e tantas memórias. Todas boas. Todas felizes.
Estar em Alvalade é isto. Mais do que a loucura do estacionamento. Ou das lojas novas alternativas que nascem todos os dias. Estar em Alvalade é lembrar-me de mim e dos meus. E de momentos felizes.
Por isso, ter a oportunidade de ter os momentos felizes da última sexta-feira registados assim, em segundos e de surpresa, porque se foi almoçar com o cromo da fotografia, é só maravilhoso. Quase tanto como a conversa e a companhia.