cinco meses. caramba. cinco meses de ti.
e o sentimento é exactamente o mesmo quase seis anos depois: cinco meses e tão pequenino, tão dependente, tão… bebé.
há quase seis anos já tinha deixado a tua irmã. com as avós, é certo. em nossa casa, também. mas já tinha deixado. tão pequenina (mais ainda que tu), tão dependente (um bocadinho menos que tu), tão… bebé.
com a tua idade ela já se tinha estreado nas sopas… a pediatra acha que deve ser a mãe a introduzir os alimentos e a mãe… ia regressar ao trabalho. da sopa ainda só lhe conheces o aspecto e o cheiro. continuamos numa de amamentação exclusiva porque cá por casa isso da maminha felizmente não custa nada e és um despachado como a tua irmã.
já te sentas (há largas semanas), adoras estar de pé (ao contrário dela) e tens uma força do catano (acho que a Maria deixou a força dela na barriga para ti). preferes adormecer sozinho mas não te aborreces quando me apetece adormecer-te aninhado ao colo. é fácil perceber quando tens sono ou quando queres brincadeira. começaste finalmente a mostrar quando queres comer… até aqui era um jogo de adivinhação com algumas rosnadelas à mama quando eu insistia e tu não tinhas fome.
és um porreiraço como a mana e vais connosco para todo o lado. as nossas rotinas, tal como aconteceu com ela, pouco ou nada mudaram. saídas, passeios, restaurantes, para ti está tudo bem. a ver se também és um bom garfo como ela porque então é que vai ser curtir.
tens cinco meses Rodrigo. cinco meses. e no meio de tudo o que sinto e penso, no meio de tudo o que escrevo e não escrevo, só penso no quão abençoada sou por ter tido a sorte de poder estar mais tempo contigo.
cinco meses é tão pouquinho. cinco meses e são tão bebés. cinco meses caramba. como é que se pode achar normal que um bebé com cinco meses tenha de ser entregue a estranhos (que por muito bem que o tratem não deixam de ser estranhos) para que a mãe (ou o pai, ou uma avó) tenha de trabalhar?
Eu também não percebo como o nosso Estado “pensa” que se deve deixar bebés de 4 ou 5 meses em creches, no meio de estranhos e sem uma cara familiar por perto.
Se bem que, é o mesmo Estado que não “permite” (na verdade permite mas por um período muito limitado de tempo e sem auferir qualquer remuneração) que os filhos acompanhem os seus pais quando há necessidade disso.
Não sei que tipo de sociedade querem no futuro….
Ainda bem que tens a oportunidade de ficar mais tempo em casa com o Rodrigo (e beijinhos para ele pelo 5º mês)!
Como te percebo… infelizmente só pude tirar licença de 150 dias e com as férias, o meu pequenote já vai para a creche em Janeiro. Nessa altura terá 5 meses e meio. Confesso que já ando ansiosa com isso… 🙁
Muitas felicidades para vocês!
Eu nem imagino a tua ansiedade… como nunca passei por isso (deixar bebés tão pequenos na creche) parece-me qualquer coisa de atroz para mãe e filho! (mas não há-de ser porque estamos cá todos, sobrevivemos e sem traumas)
Um beijinho e tudo de bom