(Do pêlo.)
Acho que já partilhei por aqui que a minha mãe é a nazi do pêlo. Juro. Quando na adolescência as minhas amigas andavam todas ansiosas para pedir às mães para começarem a fazer a depilação, já eu era arrastada “há anos” para a esteticista. Rigorosamente de três em três semanas.
Se na altura não achava piada a este exagero da minha mãe, hoje agradeço-lhe profundamente porque é graças a essa cadência que há muitos anos pêlos nem vê-los. Quer dizer, eles andam por cá. Alguns mais resistentes, qual aldeia gaulesa de Uderzo e Goscinny, mas tão poucos que – julgava eu, mais ninguém via. Anyway, filha de nazi do pêlo és, nazi do pêlo serás. E, assim continuo com a mesma cadência de depilação.
Bem, voltemos ali atrás. Dizia eu que julgava que só eu é que via estes teimosos… esqueçam. Neta de nazi do pêlo és, nazi do pêlo serás.
Hoje de manhã, enquanto ajudava a Maria a vestir-se…
“Oh mãe!, estou a ver que já te cresceram aqui uns pêlos! Tens de tirar isso!”
(eu mereço)