Continuo na saga dos policiais. Dos policiais nórdicos.
Será que é o frio (quase) permanente e a (quase) ausência de Sol que fazem daquela malta excelentes criadores de mentes perturbadas e totalmente maléficas?
Será que é o ambiente que por um lado sugestiona histórias macabras e que, por outro, leva a um estado de clausura física (e emocional) permitindo o desenvolvimento de enredos em teia, embrulhados e difíceis de decifrar?
Bem, seja o que for, o certo é que temos à nossa disposição toda uma geração de extraordinários escritores (e livros) nórdicos. Uns mais romantizados, outros verdadeiros filmes de terror. Tão bons que, de quando em vez, tenho de colocar os policiais (thrillers?) de lado para respirar um bocadinho de locus amoenus num qualquer romance histórico ou contemporâneo. Mas por enquanto estou aqui. A devorar (degarinho mas devorando quando lhe pego) o penúltimo livro publicado do detective Harry Hole.