E é tão bom!
Devo ser das poucas mulheres que logo nas primeiras semanas da suposta exaustão, da esperada (mas nunca chegada) dificuldade dos primeiros tempos, está desejosa de ficar grávida outra vez.
E não, não são as hormonas aos saltos a fazer um baile cá dentro porque este desejo mantém-se no tempo… E nunca desaparece.
Há momentos que são menos fáceis na gravidez mas não há nada melhor do que sentir uma vida a crescer dentro de nós.
Há instantes menos fáceis no parto (no meu caso acontecem porque o meu corpo tem uma qualquer aversão à epidural) mas não há sentimento que se compare ao que nos assola quando vemos, sentimos e cheiramos o nosso filho pela primeira vez.
Há minutos menos fáceis nos primeiros dias quando eles se lembram de ligar a sirene e nós não sabemos (ainda) muito bem por quê. Felizmente tive a sorte de tal não acontecer com a donzela e ser muito pouco frequente com o mais recente pintassilgo.
Mas não há nada, mesmo nada, que desde o primeiro dia em que sei que vou ser mãe, não me faça ter pena de não poder viver estes sentimentos ad eternum.
E para quê então este texto? Como exaltação de dias muito felizes mas, acima de tudo, como nota para as estreantes, as to be, as que têm medo, dúvidas ou receios. Não é tudo difícil. Não é tudo difícil para toda a gente. Acima de tudo, não é tudo tão difícil como pintam. Aprendam a gerir expectativas – porque não, mesmo com miúdos como a Maria, a vida nunca mais vai ser igual, aprendam a valorizar o que têm de bom, aprendam a descomplicar e, muito importante, vivam por vocês… Não sofram por antecipação, não sejam solidárias com a dor dos outros (por muito egoísta que isto possa soar – a dor dos outros pode não ser assim tão dorida e o mais certo é ter um efeito de contaminação) e vivam. Por vocês. E de acordo com aquilo em que acreditam e aquilo que sentem que é o melhor para vocês, para os pais, para os bebés, para a vossa família. O que os outros dizem vale o que vale, vale o que nós deixarmos, sobretudo quando sentimos que estamos a fazer o que devemos – e é isso o mais importante porque antes de tudo somos animais e os nossos instintos são o nosso maior e melhor curso de preparação para a maternidade.
(Lamentavelmente (ou não) nunca me identifico com os milhares de textos “sinceros” e tidos como verdade universal que pululam por essa web fora assumindo de que isto é difícil e que é um horror de exaustão e cansaço e dúvida e dor e sofrimento e e e… Não é. Verdade universal não é. E não venham já a correr as almas recalcadas cheias de fel prontas para mais uma sessão de destilar de veneno porque simplesmente não vale a pena. Já estou vacinada. Fiz um desabafo muito semelhante na época da Maria e duvido que tenham ofensas mais originais do que as que li nessa altura.)
É (também) por isto que gosto de te ler! Por dares a tua visão da coisa, sem esqueceres que é a tua e que há muitas outras. Não sei se me cansam mais as vidas sempre perfeitas, se as vidas sempre cheias de drama que nos tentam convencer que é normal haver dramas!… Acredito no meio termo, acredito que cada caso, é um caso. E acredito, sobretudo, que devemos viver a nossa vida e não a dos outros!
Claro que há gravidezes terríveis e experiências muito más. Mas também há casos como o teu (tiveste outras partes más…), e não faz bem a ninguém ficar a pensar só nas coisas más!…
Continua assim, fiel a ti própria e tão feliz com a tua família 🙂
A vida é imperfeitamente perfeita. É um milagre preenchido por pequenos milagres a todos os instantes e se não nos esquecermos disso, não há como não sorrir. Um beijinho grande
Obrigada!
Obrigada do fundo do coração…
Vou ser mãe pela primeira vez daqui a uns meses (3 mais precisamente) e o que me assombra é que toda a gente pinta a maternidade como algo sofredor… que dizem que é tudo muito mau e complicado APESAR de bom. Odeio este “apesar”… odeio o quanto pintam tudo de mau e de negro no percurso de uma vida.
Lembro-me quando era novinha (17anos) e concorri à faculdade… diziam que era muito difícil que muita gente não aguentava a pressão dos exames, aulas… e eu cheguei à faculdade e adorei.
Ainda me lembro quando entrei no mercado de trabalho: “Eish agora vai ser o elas… não há emprego” e eu lutei e consegui, olho para trás e não sinto que tenha sido difícil mas sim bom! Soube bem porra. Sabe bem o desafio o que virá.
Agora mais recentemente na gravidez toda a gente me pintava o Teste de Tolerância à Glicose como o DEMO!
É pá não me custou nada! NADA MESMO LOL
Enfim…
Hoje não posso dizer que a maternidade vai ser canja para mim (porque também sei que não é canja) mas acredito que vou conseguir e que prefiro dizer APESAR de algumas noites mais complicadas e sem saber bem o que fazer VAI SER MUITO BOM SER MÃE!
Adoro ouvir relatos bons e mais uma vez obrigada!
Cada caso é um caso, mas prefiro mil vezes ver textos sinceros e com amor do que textos que são martelados 🙂 tu também paraces ter boa energia e isso transfere-se para a tua família. Ninguem me tira da cabeça que se as mães foram boa energia e calmas as crianças também o serão 🙂
Felicidades *
Eh pa… finalmente! Alguem q me entende. Não so por dizer que afinal ser mãe não é um montro de 100 cabeças, é principalmente pela parte do ”…e vivam. Por vocês. E de acordo com aquilo em que acreditam e aquilo que sentem que é o melhor para vocês, para os pais, para os bebés, para a vossa família. O que os outros dizem vale o que vale, vale o que nós deixarmos…”
Facebook é tudo muito lindo, mas as pessoas à pequena dúvida vão para as redes sociais pedir opiniões por tudo e por nada, sem pensarem por si próprias, fazendo de uma situação normal, uma calamidade. E depois vêm dezenas de pessoas opinar, dar o seu testemunho, e a confusão fica ainda maior.
Confiem no vosso médico, se acham que ele não esta correcto procurem outro. Porque perguntar a outras mães também não é grande solução. Cada mãe é uma mãe, cada criança uma criança.
‘Bora aproveitar cada momento com os nossos filhotes e aprender com eles. Sim. Porque nós também não percebemos nada disto, mas o livro de instruções abre-se à medidaque lidamos com eles.
Obrigada ?