A saudade recebe-se. De braços abertos. Sempre.
Às vezes é um cheiro. Dizem que sim, que é um dos mais efectivos activadores da memória. Noutras uma música. Ou uma paisagem. Às vezes é apenas um suspiro. Daqueles que o vento nos sopra ao ouvido.
E a saudade chega.
Por vezes de rompante, como quando nos atiramos ao mar frio batido porque, se for devagarinho nunca mais se ganha a coragem, outras de mansinho, como os passos da Maria quando acorda de manhã e, vendo que já é dia, vem ter connosco ao quarto.
Às vezes faz-nos chorar. Não porque dói mais ou porque se quer mais. Noutras ocasiões, faz-nos sorrir, quando temos a lembrança de conversas ou piadas mais nossas. Mas, nos melhores, naqueles dias de muita sorte, a saudade faz-nos gargalhar.
E é assim. A saudade chega sempre. Uma e outra vez. E ainda bem. E quando a saudade chega, o que se faz é recebê-la de braços abertos. Sempre.
Olá Me,
eu perdi o meu pai, passaram 4 meses e ainda não sei lidar com a ausência.
Um beijinho.
És uma inspiração.
Oh minha querida… um grande beijinho!
Tempo. Só o tempo te vai ajudar.