Eu, Tu e os meus sapatos

Louca pela vida. Louca por ti. Louca por escrever. Louca por sapatos.

As manhãs e a leitura do momento…

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A mudança do colégio da Mini Me foi uma decisão ponderada e muito pensada mas hoje ainda é algo que avaliamos com reticência. Não sei se alguma vez deixaremos de o fazer.

Temos consciência de que a creche onde ela esteve até ao Verão, deixou o patamar assim para lá de elevado. Mesmo muito. Mas tomámos a decisão, não foi de ânimo leve e cá estamos para gerir o que tem de menos bom (imaginem, por exemplo, passar de um espaço onde qualquer colaboradora reconhece a voz da mãe pelo telefone e a trata pelo nome, para um espaço com 2000 crianças… entre tantas outras coisas maravilhosas associadas a um espaço quase familiar, com profissionais fabulosas e uma dona extremamente dedicada). Para a Mini Me sabemos que é de forma geral o melhor. Ela adorava de paixão todo o pessoal da antiga creche e miúdos e sabemos que ainda não está nesse estado neste novo colégio, mas isso é normal e faz parte. Vai super satisfeita, regressa satisfeita, gosta da educadora (e eu gosto do acompanhamento da educadora), gosta dos amigos (e vice versa – é sempre recebida com vários “Ma’íaaaaaaaaaaa”), está num espaço com continuidade até pelo menos ao 9º ano e, acima de tudo, tem a qualidade a nível logístico que eu sempre quis – é das últimas a entrar e das primeiras a sair.

Nas últimas semanas percebemos que há um se que não tínhamos equacionado. Da forma como adaptámos os nossos horários, a lady fica quase sempre a dormir quando o pai sai de casa e, excepção feita a quando a vamos buscar aos avós ou aos padrinhos, já está em casa quando o pai chega. Ora, quando acorda (e quando chega) a conversa é sempre “o pai?”, “o pai foi à ginástica?” ou “o pai foi trabalhar?”…que me deixa desgostosa e ainda mais a ele. Mas a verdade é que este se, traz um graças. Graças a esta adaptação podemos fazer o que nunca fizemos, ela acorda quase sempre naturalmente, vem ter comigo ao quarto, tomamos o pequeno-almoço na cama com o Sol (enquanto ele assim quiser) a bater nas pernas, conversamos, trocamos mimos e aproveitamos a calma da manhã…

Por isso, oh papá, temos pena!

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