Mini Me entrou muito recentemente na fase de experimentar a birra e o choro. A criança que nunca chora, descobriu (provavelmente pela observação) que a birra pode ser uma arma poderosa. Acho que pela idade mas também pelas últimas semanas passadas em exclusivo com as avós a léguas da creche.

Ontem, sentámo-nos os três à mesa para jantar, ela no estado esfomeado em que está sempre (já estava há mais de 10 minutos a pedir para ir para a cadeira dela), dou-lhe uma colher de arroz com frango e depois diz que não quer mais. Ignoro, vou buscar mais uma colherada e começa a reclamar e a ameaçar que vai chorar. Fiz o que nunca fiz (porque até à data não tinha sido necessário) e pus a minha máscara de má e disse-lhe “atreve-te a chorar!”. E é então que chega o momento impagável: durante 30 segundos fez o maior beicinho de choro de que há memória, as lágrimas chegaram-lhe ao canto do olho (mas não chegaram a cair), ficou vermelha do esforço que estava a fazer e… depois, respirou fundo, limpou os olhos, apontou para o prato dela e pediu arroz. E comeu tudo (como come sempre), a pedir “máixxx” e com um sorriso na cara.

Tomara que todas as birras que parecem estar a querer dar o ar de sua graça se resolvam assim.