Não. A minha filha tem 15 meses e ainda não diz mamã ou papá. E também não anda sem ser pela mão.
Em compensação, diz peixe na perfeição (eu sabia que o aquário no quarto ia ter qualquer utilidade, quanto mais não fosse para a fazer seguir as pisadas da mãe e escolher um animal para primeira palavra “a sério” proferida).
Ah, ouvir o pai a chamar-lhe zeca 500 vezes quando estão na palhaçada também surtiu efeito… Um dia destes junta o zeca ao táqui que também já diz e aponta para ele. Parecia-me tão bem!
E bebe sozinha pelo copo da água desde que tem 7 meses. Mas isso é daquelas coisas que ninguém pergunta. Só a pediatra e os profissionais da infância é que acham isso fantástico. Uns ignorantes, está visto.
Pronto, também já identifica a maioria dos animais desde os 10 meses e quando começa a dar o National Geographic chama-nos para ver – responsabilidade da avó… quem é que disse mesmo que as crianças que ficam com os avós não são tão precoces?
Pois e só pesa 9 kg. Que chatice da miúda que vai-se a ver e saiu igual à mãe. Come, come, come e não engorda. Uma ralação vejam só. Então quando for adulta, vai ser um problema. O problema, diz a pediatra, é para quem não tem a mesma sorte que ela.
E é isto. Deixem-se lá de competições parolas, sim? É que a mim incomoda-me tanto que ela ainda não ande sozinha como me interessa saber sobre a *genialidade* dos filhos dos outros que com 4 meses já falam (juro que já me disseram esta) e aos 10 meses saltam à corda. Já agora, mommy, falhaste de certeza na minha educação, porque se comecei a andar e deixei a fralda aos 9 meses, hoje devia ser um Einstein!
A verdade é que me sinto verdadeiramente excluída (ler com o tom mais irónico que consigam imaginar). É que é uma pena que ninguém compare as noites bem dormidas. Mini Me ganhava a todos os bebés (não sejamos exageradas, a muitos vá!), 15 meses, 12 dentes (que nasceram aos 4 de cada vez), duas bronquiolites (uma delas em simultâneo com uma otite) e até agora noites mal dormidas ZERO. Nicles. Niente. Nem uma para amostra. Não sei o que é isso de berreiros nocturnos (e tampouco diurnos). Mas é isto que temos. As pessoas só gostam de falar sobre a sua realidade e não acreditam na existência de realidades diferentes (ok, eu também não sou propriamente muito faladora quando toca a versar sobre as maravilhas da maternidade). Pronto, fica resolvido. No meu blog, escrevo da minha (realidade, entenda-se).
E a minha realidade diz que a competição (???) que eu quero que a minha filha ganhe é só uma. A da felicidade. É nisso que eu quero que ela seja a melhor e a maior. A ser feliz.
É por estas e por outras que gosto tanto de te ler…. 🙂
Muitos beijinhos
Pois eu também acho uma verdadeira parvoíce esse tipo de comparações, cada criança o seu ritmo e se uns falam mais cedo, outros andam mais cedo.
O meu Rafita também dorme que é uma beleza e convenhamos que – para os papás – essa é das coisinhas mais importantes, pelo menos na minha perspetiva.
Beijoquinhas 🙂
Excelente post, Me! Também com dois filhotes, um deles com 10 meses, sei perfeitamente o que isso é. Dois irmãos e tão diferentes em tanta coisa, mas no geral, bebés bem comportados e felizes. Esta mania de andar sempre em competição por causa dos miúdos também me faz confusão. Cada qual com as suas características é algo que ninguém parece entender. Cada um à sua velocidade, muito menos. Há uns tempos li num blog uma mãe que descrevia que aos 4 meses a sua filha já fazia as necessidades no bacio. Incrível. Ainda mal se devia sentar direita, mas pronto, há que poupar nas fraldas. 🙂
Obrigada. É bom ver que há mães que manem a sanidade. Faz-me acreditar que um dia poderei ser assim e não me transformar numa [e passo a expressão que uma vez ouvi de uma entrevistada] “parideira nacional” que só fala de putos. <3
Não sei o motivou este texto, nem interessa, mas adorei a fina ironia!
De resto, já sabes que há gente (será mesmo gente?!) que só vive a competir, a invejar, a maldizer, enfim…a conspurcar o ambiente!
Beijinhos! Para as duas!
🙂
Estas coisas são inevitáveis. As pessoas não conseguem controlar isto de andar a comparar os bebés. E quando se tem 2, Me? Ui, então é que é. “Ah, mas ele já faz isto e ela não? Ele já anda agarrado às coisas e ela nem tem vontade sequer de o fazer?” Se há coisinha que me deixa para lá de aborrecida é que me estejam sempre a comparar os miúdos. E a minha sogra é perita nisso. É isso e passar a vida a compará-los ao pai e ao tio quando eram da idade deles “O vosso pai teve o primeiro dente aos 7 meses”, “Olha que o teu pai aos 9 meses já andava e falava(!!)”, “Ah, já faz isso? O pai também era assim!”, “Tem caracóis no cabelo, sai ao avô e ao tio (really? é que o meu cabelo é lisinho, lisinho!!)”. E isto é só uma pequenina amostra. 🙂
É deixá-los falar… “vozes de burro não chegam ao céu”.
Os meus que completaram um ano também não mostram que irão andar sozinhos nos próximos tempos, e também não dizem mamã nem papá. Chamam é na perfeição pela gata Kika. 🙂 Noites mal dormidas, bem… não posso dizer que tenho a mesma sorte que tu, mas também nunca passei uma noite em claro por causa deles.
Como dizes… queremos é que eles ganhem na competição da Felicidade. E até nisso, para os meus, eu quero que eles fiquem empatados… no topo. 🙂
Beijinho
Acho que não és uma mãe assim tão diferente das outras, ou pelo menos não tão diferente de mim, és é diferente das que te chateiam aqui… Também sou mãe pela primeira vez e a coisa que mais odeio são as comparações/competições (juntamente com os palpites dos treinadores de bancada que acham sempre que sabem mais que nós pais)… Ainda a semana passada tive que ouvir uma pérola “a minha filha tem a idade do teu e conta até 10”, só me apetece responder “olha que bom, parabéns para ela!”… Cada um é como é, o meu fala muito, mas não dá beijinhos e não sabe dizer olá e só tem 11 dentes com 18 meses e começou a andar ao ano e depois deixou de andar por duas vezes (acho isto bem pior do que começar mais tarde), mas come pela mão dele e bebe pela palhinha e pelo copo… Como diz o pediatra todos eles vão casar, comer bacalhau com todos e sair de casa, mas há mães que querem isto mais cedo que outras!
PS – Adoro essa de comer e não engordar, queria esse gene para mim :D!
Thats right 🙂 Hapiness always 🙂
Muito fofa a tua pequena, em estilo também bate muitos 🙂
Numa palavra LINDO!!!
Ahhhh essa coisa de competição com os filhos, nunca entendi. E o que interessa, como dizes no fim, é ter crianças felizes. Não interessa a ninguém quem teve o primeiro dente, quem chora ou não, quem faz a maratona, isso vai interessar aos técnicos de saúde para ver se o desenvolvimento da criança é o correcto e só isso.
O que eu gosto de ver por aqui é uma Mini Me linda e bem disposta.
Beijos grandes
Eh pá, também detesto essas comparações… tiram-me do sério! A minha começou a falar tarde e volta e meio mandavam o chá. Cada criança tem o seu tempo, ok? É aquela coisa da “Police Maternity ” em que muitas mulheres se armam… Menos! Muito menos!
Como eu a entendo, Me!
A minha filha de 12 meses e meio ainda não anda. A pergunta sacramental de quem tem filhos ou bebés proximos é: ” Já anda?”…
Começo a ficar farta!
O resto que ela faz não é importante quando comparado com os meninos que andam!!!
a minha piolhita fez agora 4 ainda nao deixou a xuxa, sim é uma vergonha, mas deixou as fraldas cedo e desde que deixou as fraldas acorda sozinha a noite vai casa banho em alturas de deslize ate roupa trocou meteu na banheira e voltou para cama, nunca deu trabalho, nem más noites. A xuxa é o miminho dela e a mim custa-me tirar-lhe! e os comentarios “ah tao grande de xuxa” e “que feia que ficas” e “vao-te cair os dentes” nao a assustam e ela diz que a xuxa nao sabe a nada, mas sabe bem!!!!
Qurem com laço? Ou vai só assim? 😉
Clap, clap, clap
🙂
Perfeito!
O que dizer mais? É um post à Me! 🙂 lOVE IT!!
Por cá, o meu ganhou a competição do choro dos bebés cá do prédio, mas nunca houve berreiros de noite, só de dia é que resolvia e resolve fazer-se sentir. Mas ai de alguém que me venha dizer seja o que for!!
Quanto a competições, por este lado gostamos pouco! Pouco de competições dessas que referes e ainda menos das competições sobre mamas e leites e afins!
Eu com a das mamas e do leite, não falava (da mesma forma que pouco ou nada falo sobre estas coisas), mas como era visível (não é preciso falar, basta ter de amamentar com alguém ao pé), comigo a conversa era pura e simplesmente resultante de muita dor de *… “ah, mas ela mama tão depressa”, “ah mas ela mama tão bem”, “ah, mas tens tanto leite”. E eu só respondia, “sim, eu sou a gata parideira e vaca leiteira em pessoa”. E a conversa encerrava.
lol 🙂 já respondi umas dessas também! Mas pior foi quando ele deixou de querer a mama aí, tanto ouvi que foi tudo corrido a coisas menos bonitas e o assunto acabou! Mania de toda a gente ter opinião sobre coisas que não lhes interessa!
Mas porque é que as pessoas têm que fazer comparações? Cada bebé é diferente e tem o seu ritmo. É exactamente como dizes o que interessa é que sejam bebés felizes 🙂
beijinhos
A Mini Me é linda e tem imenso tempo para aprender tudo o que ainda lhe falta! 🙂 [Não estamos todos nós, diariamente, a aprender coisas novas!?]
Nem todos começamos pelo “papá” e “mamã”, que mania tem as pessoas de achar que temos de ser todos iguais!
Quanto às noites, és uma sortuda! :)) Espero um dia ter a vossa sorte! 🙂
tau!! vais buscar!! lol
Conheces a Mãegyver? Espreita aqui: http://maegyver.blogs.sapo.pt/16361.html
Já são duas!!!
Adoro!
Muito bom, adorei!!! Cada criança tem o seu ritmo, e como tão bem dizes o importante é que ela seja feliz, e nisso não há duvida que ganha!!!
beijinhos
PS- acho tão inteligente da parte dela aproveitar bem o andar ao “colinho”, é muito esperta a tua filha, isso é que é!!! 😉
Bom dia,
Essas coisas das comparações irritam-me até à quinta geração!
É por essa e por outras que depois os miudos são tão crueis uns com os outros e por arrasto complexados. A mania das comparações!
Ainda há minutos uma colega falava de uma cirurgia que tem que fazer e diz que todos lhe dão palpites e falam de experiencias de outras pessoas.
O que lhe disse foi: ‘tu és tu e os outros são os outros!’ Cada um é como é e ninguem tem que ser igual a ninguém… simplesmente ser ele (a)… chama-se personalidade… ou não? Será marginal para alguns, não?
Continuação de bom dia… e que tudo corra pelo melhor com a tua mãe… vai correr concerteza.
A verdade é que por mais iguais que sejamos somos todos diferentes. Cada um de nós tem o seu ritmo e as suas peculiariedades. E sim, a única coisa que importa nesta vida é que cada um seja feliz.:D
http://www.laetitiasweeneyrose.wordpress.com
Muito bem dito, mas porque raio há tanta comparação?
Eu tenho 2 filhos e os 2 são diferentes, ele é intelectual, gosta de ler, desenhar e de tudo o que lhe ensina alguma coisa, ela quer paródia e música e dançar e cantar. Ele gosta de fazer trabalhos da escola, ela nem por isso, ele pinta os desenhos com todos os detalhes,ela começa a pintar muito bem e depois leva tudo à frente para despachar a coisa.
Cada um tem o seu ritmo e desenvolve à sua maneira, uns mais depressa outros mais devagar e eles não estão nem aí, a comparação só interessa mesmo aos pais que não têm mais com o que se preocupar.
Ai, ai, as super Mães e os super filhos e o eu, eu, eu!! Sem comentários!!
Beijinho Me!
Nao há paciência para qualquer tipo de inveja. Ponto final, porque é disso que se trata.
Eu também sou como tu, educo-a para a felicidade, por isso aprendeu o hino do FCPorto antes do “atirei o pau ao gato” hahaha. Ok, talvez esteja a exagerar mas acho que percebeste a ideia!
E o que eu “sofro” por não ter uma filha que distribui beijos a todo e qualquer estranho que lhe diga “olá”? Dizem que está mal disposta . Eu acho que está no bom caminho.
Beijinhos para todos aí em casa
Odeio. Odeio. Odeio. Vão lá comparar para o caracinhas. Inicialmente, eu ficava tristonha ou preocupada quando me diziam determinadas coisas, agora é mesmo para o caracinhas. Ainda assim, posso dizer que no universo das comparações eu levo a taça (not):
Andou tarde (segundo os experts que opinavam sobre o assunto; na realidade, começou a procurar andar sozinho aos 13 meses)
Vai falar tarde [aos 16 meses é só árabe, mandarim ou klingon, ainda não percebi muito bem, interrompido por uns “táqui”, “tou” (xau), “qué qué qué quééééééé” (quero), e em desespero de causa “mã”, quando eu não respondo aos outros monossílabos que ele usa para chamar por mim. Já não diz olá, quem é?, e outras coisas que já lhe ouvimos. E a última moda é “oh, nãããão”, que lá ouviu nalgum desenho animado. Só diz o que quer e lhe apetece.]
Muitas noites mal dormidas, muuuuuuiiiiiiiiitasssssssssss, no cadastro
3 meses de cólicas ou choro de fim de dia ou lá o que os pedis chamam ao que acontece com alguns putos nos primeiros meses – tudo porque eu “não tive as dores, então passaram para o menino”, whatever that means
Não é uma criança gorda, até é para o miudito, o que para algumas pessoas parece querer dizer que o meu filho é subnutrido, ou que são os gordooos dos pais que lhe comem o Cerelac
Ainda continua a mamar, o que para alguns quer dizer que o meu filho é um dependente que nunca vai largar a saia da mãe, que como a partir de x altura o leite materno já não traz nada de nutritivo (?) já lhe devia ter sido retirado o vício (!) da mama, e que eu sou uma hippie que vive sem qualquer qualidade de vida por ainda amamentar o meu filho
E podia continuar – mas não me apetece. Ai, odeio. Principalmente porque nunca julguei os ritmos de qualquer criança alheia, nunca cusquei sobre nada disso e nunca critiquei as opções de vida e os métodos de parentalidade de ninguém baseado apenas na (falta de) identidade com os meus.
É que tocaste na mouche. Caramba, eu não comento sobre os filhos dos outros da mesma forma que não comento sobre a minha filha. Juro.
Se me perguntam pela minha filha directamente, respondo (não de forma monossilábica, mas quase).
De resto, não me ouvem falar dela, fraldas ou whatever relacionado com a maternidade (dou dicas a amigos, depois de me terem dado 3 berros e dizerem “quando achares que estamos a fazer asneira POR FAVOR diz!” e mesmo assim sempre de forma discreta e em privado).
Vai daí, não entendo mesmo porque é que eu, que não falo, tenho de ouvir.
Haja paciência!
acho que é mesmo isso…
Comigo tudo dá palpites desprovidos de qualquer interesse e o melhor é que sou médica pediatra!!!!) não há pachorra
Eu já respondi no facebook e torno a responder. Eu tive, tenho, já nem sei bem pois já lá não escrevo há muito tempo, um babyblog onde registava as gracinhas, datas, coisinhas dos meus filhos e ceninhas relacionadas com a maternidade simplesmente para mais tarde recordar, porque gosto de escrever sobre os meus filhos, etc…E quando estou com colegas ou amigas falamos imenso sobre os filhos, progressos, problemas, birras, noites e por aí fora. Isto tudo não para me gabar dos meus filhos ou das suas lindas proezas, pois odeio esse tipo de conversas, mas para aprender, partilhar experiências, saber doutras realidades! Tu não tens problemas com o sono da tua filha, o que é simplesmente fantástico. Eu, já não posso dizer o mesmo, portanto tento encontrar respostas e resolver o “problema”. E os pediatras nem sempre têm respostas, nem sempre ajudam. Muitas vezes basta uma conversa ou uma dica vinda de uma amiga para nos sossegar ou experimentar e resolver a situação. isto foi só um exemplo de como conversas sobre bebés/filhos/crianças podem não ser tão más assim e podem, efectivamente, ser esclarecedoras!
Quanto aos “gabanços” das outras mãe, isso é inevitavel. A não ser que sejas directa com essas pessoas e digas “não estou minimamente interessada no que a tua filha faz, diz, come ou caga” ! Cortas o mal pela raíz!
Bjinhos. Espero que a tua filha continue a crescer saudável e feliz. Isso sim, são os maiores gabanços que uma mãe deve gritar aos 4 ventos!
Caí aqui por acaso e não consegui evitar um sorriso. Sou terapeuta da fala e sorri quando soube a idade com que pegou no copo sozinha (é destas coisas que a nós nos faz bem nos filhos dos outros, pronto, manias :)). Mas depois continuei a ler e algo me parou: duvido, seriamente, que deambule por aí um bebé que as 4 meses tenha começado a falar. É que se existe, apresente-mo porque quero conhecê-lo e, quiçá!, escrever um artigo científico jeitoso 🙂
Vou cair aqui mais vezes, pela simplicidade e ironia de escrita, com certeza 🙂
Não te preocupes a tua vida continua a ser a mais perfeita de todas.
Ah o clássico dos clássicos! Não há pachorra mm! Mas toda a gente gosta de dar a sua sentença, é inevitável 😉
Bj para as duas
Tal como a Me, também acho que se deve evitar comparar, porque cada caso é único. Mas deve perceber que nem toda a gente faz por mal e que há situações em que comparar pode ser útil mas nos manter alerta enquanto mães. Eu própria tive um irmão com alguns atrasos no desenvolvimento e se havia alturas em que custava ouvir algumas coisas, noutras doi útil. Agora, com todo o respeito, permita-me que discorde de algumas coisas… A Me pode não falar de fraldas, mas ao falar de outras coisas da sua filha, como ausência de birras e afins, está a falar dela na mesma e a comparar com outras crianças. Todos temos perspectivas diferentes sobre os temas. Pode não gostar de um determinado tipo de comparações, mas a verdade é que faz outras. E o simples facto de dizer que não gosta de alguns temas da maternidade é estar a falar deles. Não entenda isto como uma crítica, apenas como um alerta de que mesmo sem percebermos acabamos todos por “cair” nos mesmos “erros”, ainda que de forma diferente.
Mas aí é que está Mimi. Não falo de todo. Se me perguntarem por ela respondo educadamente embora de forma quase monossilábica. Se não perguntarem, não me ouvem falar de fraldas ou graçolas porque pura e simplesmente acho que, da mesma forma que os filhos dos outros são fantásticos para os respectivos pais e para mim são “só” crianças, aplico a mesma regra à minha frente filha. Ela é especial para mim e para quem a ama. E é só isso. É precisamente por esse motivo que a (quase) única coisa que partilho aqui são as fatiotas da madame. O resto é pessoal e intransmissível. No blog e na vida real.
Boa Tarde,
Sinceramente que não entendo este seu texto. Não entendo a sua enorme necessidade de se afirmar, como diferente de todas as outras mães. Despreocupada, e com uma filha completamente diferente dos outros bebés, nas suas palavras atípica mesmo… Não será essa a sua competição, a competição de uma filha que foge ao padrão, com uma mãe que detesta conversas sobre filhos, mas que passa a vida a exibir os seus ‘visuais’. A si só lhe interessa que a sua filha seja fashion… mas alguém já lhe perguntou, ou quer saber se a sua filha é fashion? Qual é o seu trauma? Com que tipo de pessoas é que se dá? Não precisa dizer, porque já imagino.
Sei que não vai publicar o comentário, se o fizer, vai também dar uma resposta daquelas do costume… Mas para que conste, sou Mãe de dois rapazes pequeninos lindos, 4 e 1 ano, super diferentes a todos os níveis, tenho um maridão, e comparando com a exibição que aqui publica…a minha vida não é nada má :DDDD, ahhh e a passar dos 30 com segundo filho peso os meus 51 kgs…. Serei invejosa de quê? Talvez da sua idade, que seja a razão de tanta tonteira….
Melhor comentário de sempre. Disse tudo!
A última frase diz tudo: adorei! O mundo das mães é mesmo assim. Há quem sofra bastante com esta competição. Acredito que por vezes não seja maldade. Mas enfim.
Lá está, a maioria das pessoas está completamente formatada em tudo e acha que os bebés são todos iguais e têm que seguir uma regra – a regra delas, de preferência. Eu não sou mãe, mas não gosto de o ouvir e desvalorizo essas coisas sempre que alguém faz esse tipo de comentários.
Clap Clap Clap
xi ❤
Depois de muito pensar decidi comentar. Ultimamente, esta não parece a Me que eu “conheço”, que eu sigo, desde o forum “o nosso casamento”…. Gostava muito de te ler, já ri , chorei, etc.. contigo, mas ultimamente parece que declaraste guerra às mães que só falam de fraldas e dos seus filhos. Sei que não gostas menos da tua filha , que eu da minha, mas eu sou uma mãe típica que gosta de falar das gracinhas da piolha, de fraldas e whatever relacionado com a maternidade, como tu dizes. E então? Qual é o problema disso? Por eu ser assim e tu não seres, não vejo absolutamente problema nenhum, aliás eu nunca te criticaria por não seres assim. Cada um é como é… Mas confesso que esta guerra a este tipo de mães (que por acaso deve ser a generalidade) me tem incomodado. Quanto às crianças, também abomino qualquer tipo de comparações e principalmente as teorias, que são boas é para os livros. Agora conselhos ou opiniões construtivas, são benvindas e agradeço. O que eu acho é que tu ao expores muita coisa da tua vida, estás sujeita a ouvir muito mais coisas (boas e más) do que uma mãe que não tenha um blogue onde publica grande parte da sua vida. E muitas vezes, essas opiniões não são destrutivas, ou pelo menos não pretendem sê-lo, quando por exemplo comentaste que a Mini Me já comia mais do que as 30 gramas de carne indicadas pela médica, a que eu na altura te respondi, que essas 30 gramas não eram meramente indicadoras do que as crianças conseguiam comer, e sim, era uma questão de saúde, que não vou estar aqui agora a explicar, porque já passou e se interessaste por isso, foste saber. Ou seja por vezes as comparações e as opiniões pretendem ser uma partilha de experiências e por vezes até são uteis (poucas, mas algumas). O que eu acho é que tens sido menos correcta com alguns comentários feitos ultimamente. Claro que o blog é teu, claro que escreves o que quiseres, claro que só te lê quem quer… mas é isso que pretendes, ficar com as leitoras que são em termos de personalidade, iguais a ti? porque as outras são isto ou aquilo… Acho que se tens um blogue publico, tens que ser um pouco “politicamente correcta” sem que isso vá contra os teus ideiais e valores. Por vezes parece-me que gostas de alimentar polémicas, como quando no outro dia, que escreveste que conduzias a 180 , com a Mini Me no carro, eu não o faço por questões de segurança, mas se o fizesse obviamente que não o iria dizer, porque é evidente que esse comentário iria trazer pessoas indignadas… Acho que a isso se chama o viver em sociedade, não dizer tudo o que nos apetece.Mas claro que isto é a minha humilde opinião que vale o que vale… Podia só deixar de ler e calar-me mas queria , como tu, dizer o que penso 😉 Take care :*
Pois, eu acho que também vou culpar a minha mãe por não ser um Einstein dado que também andei aos 9 meses (ahaha, gostei mesmo dessa, logo lhe digo!). Ah, e eu era gordinha em miúda e agora sou lingrinhas, so what? Sinceramente, não ligues (mas eu sei que chateia) o pessoal gosta de falar por falar. Concordo que há coisas que sejam importantes “comparar”, a nível de desenvolvimento e afins, mas isso são coisas do pediatra, não é para competir com o vizinho da frente em quantas palavras se diz e com que idade. Mas também acho que muitas vezes não é por mal, é mesmo por curiosidade, quero acreditar que inocente e interessada 😉 Pensando nisso, acho que eu própria perguntaria a alguém que tivesse um bebé se já diz alguma coisa, só mesmo por curiosidade, nunca pensei nisso como uma espécie de “pressão” psicológica. Beijinhos
Sabes porque nao gostas de comparacoes? Potque efectivamente sabes, que face aos padroes, tens efectivamente uma filha com o desenvolvimento atrasado. E isso mexe com o teu mundo super perfeito… É uma espécie de pedra no sapato…
Ai Me, no que tu foste falar! Odeio essas comparações!
As pessoas que acham que são capazes de avaliar o desenvolvimento e QI duma criança por duas ou três perguntinhas parolas que lhe fazem sem as conhecerem de lado nenhum, devem ser uns génios do caraças! O meu filho fez agora 3 anos. Quando lhe perguntam como se chama às vezes responde, outras não. Se lhe perguntam a idade, “desconversa” ou responde um número ao calhas (já chegou a dizer 14!). Achas que me ralo?! Não, porque eu conheço as reais capacidades do meu filho, acho que ele está muito bem, a médica também e isso é que interessa. Já sabe o alfabeto todo, já sabe contar até 20, já conhece os animais, etc. E melhor do que isso, já sabe dar um beijinho à mãe e perguntar “Que passa mamã?” quando me vê triste. Quero lá saber se quando um estranho qualquer lhe pergunta “Sabes quem eu sou?” ele responde “O Pocoyo!!!”. Tem 3 anos!
E digo-te, embora eu adorasse que contasses mais sobre a Mini-Me por aqui, acho que fazes muito bem em não o fazer.
Depois de ler este seu último comentário, só me resta dizer que tenho pena dos seus amigos que tem filhos.
Tanta escolaridade mas depois vê-se o nivel de educação, a grande maioria das pessoas que pergunta pelos filhos à mãe é simplesmente por curiosidade pelos desenvolvimentos do bébé, porque é bom falar sobre bébés.
A Me não gosta destas conversas porque para si são banais, como tantas outras coisas que reclama dos possidónios que insistem em falar consigo.
Pode não publicar este meu comentário, porque como muito bem diz o blog é seu, mas é público e por isso tem que compreender que todos nós temos o direito à nossa opinião.
Lá por casa também vamos nos 3 anos e zero noites mal dormidas!
Eu também sempre fui (e sou) super despreocupada, ainda mais com essa nova moda de “desenvolvimentos precoces”. Acho que fui a única pessoa que ficou verdadeiramente de rastos quando a minha filha começou a andar antes dos 10 meses! Cada vez que ela faz algo novo sinto um misto de tristeza, por ver o tempo passar tão rápido, e orgulho por vê-la crescer. Sim, não é orgulho por ela ter 12 meses e começar a correr em vez de andar, ou dizer frases com sentido quando as outras crianças não o fazem ainda. E também não tenho menos orgulho por ela não saber álgebra, não saber latim e nem saber contas de sumir quando outros (really?) já sabem fazer tudo! 😛
É orgulho porque ela está a crescer, a desenvolver-se naturalmente e a transformar-se numa pequena pessoa… 🙂
Mas concordo também com a Mimi. Não no sentido de quereres comparar conscientemente a mini Me. Mas acho que em qualquer altura da nossa vida, quando nos chateiam tanto com “ah, a tua filha é isto ou aquilo. Ah, a tua filha não faz isto”, temos que ripostar com algo. E tu frisas sempre o “não-choro”, as noites bem dormidas, nunca ter tido cólicas. Não me parece que estejas a comparar, mas a “compensar”. 😉 Mas atenção, não te julgo nada por isso! Porque eu própria o faço… Quando as pessoas me vêm com a conversa “Ah que a M. (sim, eu sou Mi e ela tb é M… e n é imitação, juro! LOL) é um terror!!! Ela não pára um minuto quieta. Ela desgasta-vos. Ela só fala, nunca se cala. Ela só quer fazer asneiras. Bla bla bla. Whiskas saquetas” eu também atiro um “pois é, mas em compensação dorme a noite toda desde as 4 semanas de vida.” ou “ah sim, mas come super bem” ou ainda “sim sim, não pára quieta mas ao menos não faz grandes birras e nem chora muito pelo que não tenho que levar com berros estridentes de bebés a contorcer-se no chão”. Então quando me vêm com conversas de percentis, levam logo!!! É que os percentis daqui na Bélgica nem são os mesmos que aí em Portugal… Os miúdos belgas devem ser anoréxicos para essas cabecinhas! Enfim….
Eu admito, sou daquelas mães que fala muitooo da filha. Às vezes, por te ler, tenho receio que seja demasiado “mother boring material” mas sinto sinceramente que sei chegar ao equilibrio. E acho que é disso que todos precisamos: equilíbrio!
Não comparar, mas compensar. 😉
Não falar até à exaustão do mesmo tema, mas quando calhar em conversa.
E a mini Mi está óptima…! Gira que só ela. Não precisa andar, é levada ao colo. Não precisa falar, toda a gente a compreende e atende os seus desejos. Para quê o esforço ainda? O meu pedi aqui diz sempre “não há crianças (saudáveis, entenda-se) sem dentes, nem que não andem. And she’s the boss. She will take her time, not anyone else’s.”
Beijinhos
E só mais uma coisinha… Caramba, nós também não somos todos iguais!!!
Eu não tenho jeitinho nenhum para artes. Já a minha irmã faz coisas espectaculares! E hello, fomos criadas na mesma família, pelos mesmíssimos pais…
Porque querem que as crianças sejam todas iguais e obedeçam todas aos mesmos standards? Não são elas também pessoas!?
Com este post conquistaste-me! Estou cansada das competições de mamãs e papãs, ansiosos por tudo e por nada.
Na semana passada, respondi mal a uma senhora no centro comercial. Ia com o meu bebé, pela mão, e a senhora exclama: “Ah, ainda não andas pequenino? Não é já tempo?!” Já vinha aborrecida e fui mal-educada. Não consegui evitar.
Oh menina de tão diferente… é igual “às outras”! Se não fosse nem falava da filha aqui! Não compara a criança mas compara-se a si… não é coerente pois não?
Dou-lhe uma boa noticia: quando crescer nem vai ter paciência para blogocoisas destas, nem paciência para ler posts destes!
Boa sorte 😉
Clap Clap para a Vanessa. Disse tudo, sem dúvida alguma!
Eu tenho 2 filhos, um com 6 anos e outro com 8 anos e meio. E são completamente diferentes, e tb detesto que os comparam. O mais velho começou a falar muito bem aos 13/14 meses, já o meu mais novo começou aos 2 anos e muito mal, alias com 6 anos anda na terapia da fala. Só what??? Largaram a fralda de noite aos 5 anos. E depois é vergonhoso?? Paciencia. Cada um tem o seu feitio e o seu timing para tudo. Nem nós adultos somos iguais.
Um dia as pessoas vão perceber que cada miúdo é único. Os percentis e demais indicadores servem para que os pediatras os avaliem. Felizmente nunca se inventou uma corrida/maratona de desenvolvimento infantil. Comparar putos é idiota. Passar a vida a falar destas coisas, não tendo mal nenhum, pode tornar-se chato. Mas quem não gosta da conversa só tem é que a cortar e mudar de assunto.
Pessoalmente não me interessa minimamente comparar os meus filhos com ninguém (nem um com o outro, já agora, mas de vez em quando é inevitável). São como são. Para mim, são os maiores. Para as pessoas que gostam deles, são lindos e especiais. E eles são felizes, que é o que me interessa.
Começaram os dois a andar tarde. E depois? Agora andam e correm e trepam tudo. Tudo normal, portanto. Começaram a falar muito cedo e começaram muito cedo a fazer frases longas com palavras “de gente crescida” (porque nunca falámos com eles à bebé, falamos normalmente e é isso que eles aprendem). O meu miúdo vai largar as fraldas bem mais tarde do que a irmã (que, com a idade que ele tem agora, já as estava a largar e ele nem sequer dá sinais de querer saber do assunto). Estou preocupada? Não. E até me dava jeito que ele largasse as fraldas porque sempre era esse dinheiro que se poupava. Quando for, será. Hão-de os dois fazer-se adultos, de preferência civilizados, educados e generosos, que é para isso que os educamos.
E todos os outros miúdos acabarão na mesma, portanto não percebo qual é o interesse de ver quem é que chega lá primeiro. Todos lá chegam, ao seu ritmo. Isso é que importa. O resto são balelas.
(Achei especial piada àquela comentadora que tem a certeza que a Mini Me tem um atraso de desenvolvimento. Aposto que a Mini Me acha o mesmo da dita comentadora – e tem exactamente o mesmo fundamento para o achar…)
Meu Deus…vejo aqui cada comentario mais preconceituoso que me faz pensar para onde é que a Humanidade caminha…enfim…
Ainda não tenho este tipo de experiências porque o meu bebé ainda não chegou,está ainda a caminho mas….só posso dizer que a meu ver,este tipo de comparaçoes existe na sua maioria,unicamente porque o Ego está ali a falar inconscientemente.Tal como acontece com os adultos que competem entre si, também os “pais” orgulhosos dos filhos, ou os outros,que meramente querem enaltecer os seus, através do rebaixamento dos demais, o fazem. A mim sempre me meteu impressão qualquer tipo de comparações entre as pessoas,porque à partida sempre tive para mim que so podemos julgar-nos a nós mesmos, e nao faz qualquer sentido querermos que os “nossos” ou ” nós” sejam melhores que os outros,dado que temos todos de conviver uns com os outros, e num prisma de felicidade, esta só se atinge uns com os outros.
Mas tal como dizes, há muitas pessoas que não partilham de uma sensibilidade mais delicada,que compreendam que cada criança é um tesouro e que aquela “alminha linda” que ali está escolheu ser como é, tem o seu proprio caminho e o seu proprio trilho a percorrer. é mais “lento”? não se poe ainda de pé? não anda ou não diz/faz o que a sociedade lhe ordena? paciencia, porque no final o que interessa é que a criança seja feliz, se torne um adulto com principios,com valores e com caracter suficiente para se libertar dos preconceitos,dos julgamentos que a maioria faz. Quando o meu baby nascer só sei que vou fazer o melhor para ele ser feliz, para o ajudar a crescer, mas vou dar-lhe espaço para SER QUEM É. Quero la saber do que a sociedade está habituada….não deve haver nada de mais maravilhoso na Vida do que olhar em volta e saber que se fez o melhor e que vale a pena tudo. e que os nossos filhos são pessoas sãs, de dentro para fora.
Desculpa o testamento mas pronto….
Cara Me,
Não a conheço pessoalmente, sou apenas leitora do seu blog há já algum tempo. Já por diversas vezes que tive vontade de lhe deixar comentários aos seus post…hoje, foi de vez, não resisti. Tenho de lhe dizer que gosto muito, mas mesmo muito de a ler, e, mesmo sabendo pouco ou nada sobre si e apenas com base nos seus desabafos, permita-me dizer-lhe que admiro muito a sua energia positiva. Nunca a perca, nem ao seu bom gosto, nem à sua força!
Bom dia, costumo passar por cá, mas tenho estado ausente. Só para dizer que o meu filho que tem agora 8 anos, só começou a falar com 19 meses, sendo que até essa altura não dizia praticamente nada, mas apontava corretamente para tudo o que lhe perguntávamos. Nunca fomos com ele a nenhum médico em especial. A pediatra achou normal e nós também. Hoje já anda na 3.ª classe, é dos melhores alunos da turma e não pára calado um segundo. Há que dar temo ao tempo, todas as crianças são diferentes e não por isso piores dos que as outras. Hoje em dia, até agradecia que ele não falasse tanto….bjs