A decisão de fazer crescer um ser é de uma importância atroz. Sim, é.
Mas se hoje em dia, (ainda) existem pessoas que têm filhos por “dá cá aquela palha” ou “porque é suposto ter”, também existem pessoas que pensam, calculam e racionalizam essa decisão em demasia.
Não há nunca um momento certo para nada. Acredito piamente nisto. Da mesma maneira que nunca existe uma altura certa para morrer, também podemos esperar pelo momento perfeito para termos um filho, pelo equilíbrio ideal, o qual, em boa verdade, nunca chegará.
A vida deve ser vivida e aproveitada a cada instante. E se é verdade que devemos ponderar bem certas decisões e atitudes, também é verdade que existirão muitos momentos importantes ao longo da vida com os quais nos iremos deparar, sem qualquer aviso prévio, sem qualquer preparação, e verdadeiramente sedentos de uma escolha. Um sim ou sopas. Um quero ou não quero. Um aceito ou não aceito.
Há que aprender a lidar com decisões e a tomá-las. Podem ser decisões erradas. Mas têm de ser tomadas. Com mais ou menos ponderação, mas tomadas.
Não tenho dificuldade nenhuma em assumir que a Mini-Me que esperamos não foi verdadeiramente planeada. Nem tampouco me sinto menos mamã por causa disso.
Circunstâncias imprevistas de saúde fizeram-nos crer que esta bebé, que apesar de desejada, nos nossos planos tardaria mais algum tempo, poderia nunca chegar.
Todavia, ao contrário do que era esperado, a Mini-Me surgiu ainda antes do previsto.
Se aconteceu quando foi planeado? Nem por isso.
Se é a altura ideal? Sempre.
E se é a altura ideal por todos os motivos românticos de que nos possamos lembrar… porque sim, porque nos amamos, porque nos amamos há muito tempo, porque vai crescer numa família feliz,… também é a altura ideal porque acredito que a vida deve ser vivida nos respectivos momentos. Não há por que adiá-la.
Ser feliz hoje. Agora. Sempre.
Só depende de nós. Só depende de mim deixar à minha filha aquilo que para mim é mais importante. Tempo. Tempo meu. Tempo de mãe. Tempo de felicidade.
Adiar a felicidade? Não, muito obrigada.
Sabes eu da Sofia pensei em tudo, fomos ao médico fizemos tudo certo, foi uma filha muito desejada e amada. Esperamos mais de um ano por ela e ela veio!
Do Tito já não foi assim. Veio sem querer, ao acaso. Mas é tão amado e desejado como a Sofia. Já não imagino a minha vida sem eles. É como dizes não se deve adiar a felicidade!
E nós por aqui somos muito felizes a 4!!!
Beijinho para os 3 de nós os 4 🙂
Que palavras tão bonitas, e muito sábias, realmente é exactamente isso que eu penso, se pensamos muito sobre ter um filho, nunca o teremos pois por uma coisa ou por outra nunca será o momento oportuno. Se não existe um momento certo para morrer porquê existir um momento certo para nascer? Se não fassemos planos para morrer porquê fazer planos para nascer?
Beijinhos e estou certa que voces serão uns óptimos pais
Fiquei arrepiada com o final do que escreveste… Quanto amor nas tuas palavras! Não adiar ser feliz é tão difícil como saboroso quando o conseguimos!
Muitos beijinhos para a vossa linda família!
Adorei este post:) Tens toda a razão no que dizes, há quem passe a vida à espera de ter tudo organizado`de forma a receber um filho, e na verdade, a vida é sempre complicada e nunca é a altura ideal. O facto é que se queremos mesmo ter filhos, se isso é um desejo do casal, tanto faz ser hoje ou daqui a dois anos, será sempre algo maravilhoso:) bj grande para vocês!
entendo perfeitamente o que dizes, cada palavra. também sobre nós pairou a dúvida se “esse dia iria chegar”. por isso só nos restou viver, tal como sempre, felizes com o que temos (e que é tanto) e sempre receptivos ao que poderia vir.
viver o presente e deixar espaço para o imprevisto. nunca fomos muito de planear o futuro milimétricamente. somos mais adeptos do “go with the flow”, fazer o que achamos ser correcto hoje. dar cabeçadas ou ter escolhas acertadas mas sempre tomando essas decisões em conjunto e sem arrependimentos.
e o tempo… é precioso.
O A. foi planeado, desejado e programado, o F. apareceu nas nossas vidas na altura certa, não foi planeado, nem programado, na verdade achava mesmo que já não iria ter mais filhos. Afinal o A. já tinha 7 anos e o meu marido é 10 anos mais velho do que eu!
Mas o destino quis que o F. aparecesse e foi igualmente desejado e amado por toda a família.
Com o A. foi o expectável de um recem-casal com o F. foi a surpresa total, houve mais ansiedade, apesar de ser o 2º.
O F. é uma criança alegre, bem-disposta e divertida, adora estar rodeado de pessoas, ele e o irmão são “os que dão vida” à casa.
A minha vida, e acredito que a do pai também, já não faz sentido sem os dois, por exemplo se alguém pergunta pelo F. eu respondo “Os miúdos estão bem!”, não faz sentido perguntar só por um! Só estamos bem se os dois estiverem bem…
E tal como tu: ” Adiar a felicidade? Não, muito obrigada.”
Muitas beijocas
SJ
Tão bonito que ficamos sem palavras perante a magnitude de tanto amor.
Por cá pensamos também assim: urge não adiar a felicidade, sob pena de se viver desfalcado.
Beijinhos para os 3 e para o laço indestrutível de amor que vos une
Tão bonitas as tuas palavras de amor e carinho!
Por isso é que uma vez te disse que tenho a certeza que ela vai ser educada com bons princípios (nunca duvidei disso)!
O teu sorriso diário de felicidade (que nos tens mostrado pelas fotos) de “orelha a orelha”, transparece totalmente o teu interior , que agora tentaste descrever por palavras tão sábias como as que presenciámos hoje.
Desejo-vos as maiores felicidades e espero que não voltes a ter mais nenhum susto como o do outro dia, tens de levar as coisas com mais calma, andas muito “acelerada”, a querer fazer tudo rápido no dia-a-dia, ansiosa para que o tempo passe rápido e a tua filha “venha” para o teu colo. Ainda bem bem que tudo correu bem, eu não comentei, mas fiquei a pensar nisso; acredito que a tua mana “estava lá” contigo, a “interceptar” por ti positivamente, a proteger-te, pois nunca poderia deixar que nada de mal te acontecesse!
Ainda bem que estás tão bem psicologicamente, mas não tens de dar justificações sobre as tuas decisões a ninguém! Só a ti e a Deus (se fores crente).
Muitas felicidades, mais uma vez! Bjx
Concordo plenamente contigo. Muitas vezes pensamos em demasia, e deixamos a vida passar-nos ao lado enquanto pensamos e planeamos. Acho que cada um deve tentar perceber qual é a sua noção de felicidade e realização (seja casar, ter filhos, mudar de profissão, ir fazer voluntariado) e meter maos à massa, arriscar, porque há coisas para as quais efectivamente nunca estamos preparados.
Eu estou prestes a fazer isso, não em relação a ter filhos, mas em mudar para o outro lado do mundo. Pensei muito:”será que vai correr bem?”, “será que vai compensar financeiramente”, “será que me vou adaptar à cultura, à comida, à gente?” e por aí fora. Agora decidi deixar de fazer perguntas e vamos lá em frente, rumo ao que há-de vir. Adiar a felicidade? Não, obrigada!
Ser mãe é o melhor milagre que pode acontecer a uma mulher. Ser mãe quando se está com a pessoa que se ama, melhor ainda. Se não foi planeada ao milimetro, não faz mal. Há-de ( e já é) ser amada ao milimetro por todos.
Eu casei em 2004 e tive o meu filho em 2010, imaginas as vezes que ouvi a pergunta: “então?quando vem um bebé?”, por isso não dissemos a ninguem que estávamos a tentar, não houve assim pressão.
E adiar a felicidade nunca, pois a vida é tão fugaz que não temos tempo para desperdiçar minutos dela.
Bj**
Lindoooo!!!!
Se estamos à espera do momento ideal nunca vamos fazer nada na vida. E não tem que ver só com a maternidade mas com tudo. Eu era um bocadinho assim, achava que haveria de haver um momento ideal em que estivesse reunidas determinadas condições e aí sim poderia ser feliz. Mas isso não existe e eu lá me habituei à ideia que a felicidade é agora.
O momento certo não existe. Estou certa disso.
Andamos tempos a adiar casamento, compra de casa e coisas tais porque os empregos não nos permitem dar o passo.
Casamos e depois chega a altura de começar a pensar em filhos. E mais uma vez a decisão pode ser adiada porque não é o momento certo. E a pensar assim, andamos uma vida a adiar planos e mais planos, que acabam muitos deles por não passar disso mesmo, de planos, pois nunca chegam a ser concretizados.
Este ano tínhamos planeado um filho. Mas no início do ano a vida pregou uma partida e fiquei desempregada. Felizmente consegui logo emprego, ainda que temporário. Mas sendo ele temporário, a decisão de avançar com a gravidez ficou em stand by. E o que aconteceu? Engravidei na mesma, quando não esperava que acontecesse tão rapidamente. E ainda por cima, de gémeos.
Ora eu, que achava que poderia não ser o momento certo para ter um filho deparo-me com uma gravidez a dobrar…
E agora, vejo-me desempregada novamente.
No entanto começo mesmo a acreditar que tudo acontece quando tem que ser, e que temos de saber dar valor a tudo. E ser felizes com isso.
E eu pretendo amar (já amo) estes dois rebentos incondicionalmente e dar-lhes o que de melhor podemos dar a um filho… amor e muita alegria.
Com momentos baixos e momentos altos na vida, mas sempre tentar colocar um sorriso nos lábios e saber que os bens mais preciosos que podemos ter, vêm a caminho.
Um beijinho grande.
Hummm..antes de mais o texto é juito lindo e sentido 🙂
Vais ser uma mãe maravilhosa….
Agora…o título no que a mim me diz respeito é que não se aplica…falas em adiar a felicidade como se ter um filho significasse sempre ter felicidade garantida…
No nosso caso (meu e do meu marido) não é algo que ansiamos, não é algo que nos deixasse mais felizes se acontecesse agora (e não sei se nos deixaria infelizes….assumo isso e confesso isso)
Por isso se tomassemos a decisão de ser pais agora, seria sim uma decisão errada (porque não queremos, porque não precisamos, porque não nos entusiasma a vida dos nossos amigos com filhos, porque adoramos crianças , porque não pelos mais variados motivos)e a criança, o ser mais importante do Universo não teria a culpa dessa decisão…
No teu caso “aconteceu”…mas pelos vistos foi um acontecimento feliz ( e ainda bem!Deus vos abençoe por isso!!!)…e na minha modesta e pequenina opinião, acho que deve ser um acontecimento feliz sempre 🙂
Uma verdadeira declaração de amor à tua filha.
Comigo o caso não foi bem assim. Também tive um problema de saúde que me fizeram crer que iria demorar anos até chegar um filho, felizmente não foi assim.
Eu (nós) sou daquelas pessoas que acha que tudo tem o seu timing, embora também ache que os filhos não são menos amados quando não são planeados. E eu e a Mini-Me somos provas disso!
A tua pequena crescerá, sem dúvida, com muito amor.
Beijinhos grandes,
Bomboca do Amor.
Gostei imenso deste post Vanessa! Realmente nunca existem alturas perfeitas para ter filhos ou tomar outras decisões importantes, por vezes elas surgem e simplesmente nos adaptamos a elas e as aceitamos com maior ou menor facilidade. Ainda ontem ouvi uma opinião de uma tia referente ao assunto filhos, com várias enumerações sobre o por que de não os ter nos próximos tempos: não estão estáveis no trabalho (ele está, eu não – mudei recentemente – e dai? algum dia estarei?), um filho são só despesas (sim, e então?), não têm família que possa dar apoio (pais perto, mas que trabalham…se assim fosse ninguém tinha filhos hoje em dia!), e um veemente: vocês nem pensem nisso! Só me dá vontade de dizer: mind your own business!!! Na verdade não pensamos já…e quando pensarmos será uma coisa o mais descontraída possível, quando for será! Mas não gosto nada destas aves agoirentas, como eu lhes chamo!!! 🙂
Beijocas para vocês!
The time is now 🙂 Para mim também foi difícil identificar que esta era a altura certa, pois na verdade esse conceito é indeterminado. É a altura certa porque acontece, porque se ama, porque apetece. Porque sim. Não se adia MESMO o amor e a felicidade.
Framboesa, então ou não me expliquei bem ou não entendeste. Não associei o surgimento de um filho a uma felicidade certa. O que quis dizer é que para nós será (e é) um momento de felicidade que não faz sentido adiar, independentemente de ter sido mais ou menos planeado. Aliás, logo no início do texto referi que existem pessoas que têm filhos “só porque sim”, só porque a sociedade a tal as faz sentir obrigadas (coisa que não compreendo, cada qual faz o que lhe apetece quando e se lhe apetece).
Bisouxxx
Obrigada pela resposta (respondi via mail) 😉 Secalhar não compreendi realmente bem…apenas quiz dizer que nem sempre é um momento feliz e nem sempre é a decisão certa, não o é para toda a gente do mesmo modo…Esrou certa que para vcs foi a melhor decisão porque pelo que tenho lido de ti e por ti serás com certeza uma mãe 5 estrelas…e isso realmente é um desperdicio ser adiado!
(ora bolas, agora tens este comment e o outro :P)
Ainda bem que a mini-Me (adoro a sonoridade!!! :P) veio mais cedo que o expectável 🙂
A mim sempre me custou ver tantos casais a adiarem os filhos por não ser ainda o momento ideal, porque como dizes, o momento ideal não existe na maioria das situações…
No nosso caso, nunca tínhamos falado de ter filhos, ou melhor, sempre falámos, mas sempre para um dia muito longínquo… Quando em pé de brinacadeira, ele me perguntou se queria ter um filho, acho que me deu um clique qualquer que me fez pensar que aquela seria a altura certa, mesmo não havendo toda a situação pessoal, profissional e financeira garantidas. Enfim, nesse dia começamos a tentar ter filhos. Deu-nos cá uma toleira!!! lol
Infelizmente, o milagre demorou muitos anos, mas finalmente cá estamos nós à espera dele 😀 É uma felicidade!!!
Muitas felicidades para vocês e para a vossa linda menina 😉
E é por textos como este que venho sempre aqui ler o que escreves. Palavras sábias, de quem está verdadeiramente de bem com a vida! E isso é óptimo! E concordo plenamente: adiar a felicidade? Não, muito obrigada.
Adorei este texto! Por todas e algums razões. Só há um momento certo para ser feliz: agora e sempre 😉