E a menos de um mês de celebrar dez (10!) anos de casamento, O texto sobre a lua-de-mel!
É verdade! Acho que nunca partilhei por aqui a nossa lua-de-mel!
Em 2008 entendemos que adiar o nosso casamento por causa da doença da Nídia era equivalente a passar-lhe uma certidão de óbito, deixá-la com um peso que estava fora de questão, correndo o risco de não a ter sequer viva meses mais tarde… Por isso, nunca considerámos alterar datas, conscientes do risco claro e evidente de poder não contar com a sua presença devido à probabilidade enorme de estar internada no dia do casamento. Ainda assim, não deixa de ser verdade que esses dias, semanas e meses foram vividos numa aura pouco mística, pouco romântica e sem quaisquer unicórnios…
Naturalmente, estes sentimentos estenderam-se à lua-de-mel (que não foi adiada precisamente pelo que isso poderia representar para ela). Durante os dois anos em que a minha irmã esteve doente, só me afastei dela por mais de 12h quando fomos de lua-de-mel… E isso foi evidente no que senti e no que vivi. É talvez por isso que anseio – quase (mais!) como uma criança espera pelo Natal, esta lua-de-mel dos 10 anos que estamos agora a planear (e há 10 anos prometida a dois).
Há 10 anos queríamos o paraíso e foi o paraíso que tivemos. Reduzimos ligeiramente as opções porque não queríamos estar mais de uma semana fora e por isso optámos pelas Maldivas. Na altura pesquisei imensos hotéis e acabei por escolher um pouco (nada?) comunicado pelas agências de viagens em Portugal e foi um tiro certeiro! A ilha era mínima (há umas mais mínimas do que outras e esta era mesmo mesmo pequenina), o hotel tinha sido totalmente remodelado no ano anterior e por isso as instalações eram irrepreensíveis: a cabana em cima da água com mobiliário de luxo, a nespresso no quarto, o jacuzzi privado ao ar livre com vista para aquele mar maravilhoso. O atendimento era sublime, um empregado só para nós, que nos mimava com toda a atenção do mundo e uma simpatia verdadeira. O mar maravilhoso… Raias e mantas, tubarões e todos os peixes exóticos a picar nas nossas escadas… Um hotel lotado mas aparentemente deserto! Só nos cruzávamos com outros hóspedes nas refeições! E as refeições? Do céu. Todos os ingredientes escolhidos a dedo. A carne de vaca vinha dos melhores pastos, a manteiga era a melhor do mundo, a fruta era de babar. Um jantar a dois na praia só para nós. Massagens e passeios de barco.
Namorámos muito, descansámos imenso e aproveitámos até onde o nosso coração preocupado permitiu aproveitar.
Agora é tempo de planear outra viagem… Há quem diga que nunca mais é igual porque se tem filhos… E eu entendo. A sério que entendo. Mas tenho a certeza que vou aproveitar com todo o meu coração. E mais ainda…