Há mais de uma semana que não escrevia nada. E se até há uns meses isso era normal, a verdade é que voltei a sentir esta necessidade de escrever, de partilhar, de dizer mais (ou mostrar mais) do que aquilo que as redes sociais permitem.
Há mais de uma semana que não escrevia nada. E não pensava que fosse retomar desta forma: são onze horas e cinquenta e três minutos, na televisão à minha frente o quinto episódio da série que estou a ver está no pause, tenho uma bola de sete quilogramas ao colo completamente adormecida, estupidamente ranhosa.
Esta noite foi noite de estreia. Acordou ainda não eram três da manhã a chorar. Febre. Nariz entupido. Ranho na garganta. O cocktail completo. Soro. Muito soro. Ben-u-ron. E um mariquinhas a dormir com os pais.
Acordámos bem dispostos e tivemos direito à nossa rotina habitual (que inclui dar três gritos à Maria para se despachar a comer a torrada – ela come muiiito bem, mas come devagar, principalmente de manhã). Fiz as camas e apanhei roupa. Pus outra a lavar. Dei-lhe mama. Mais soro. Mais fita. Mais roupa a lavar. Comi uma fatia de bolo (a Catarina precisa de emagrecer e eu preciso de parar de emagrecer). Tenho uma bola de sete quilogramas a dormir ao meu colo. Já tentei colocá-lo na cama. No sofá. No tapete. Not worth the effort.
Daqui a bocado temos pediatra. O episódio continua no pause. O prato do bolo está aqui ao lado. A máquina continua a lavar.