Todos os dias antes de sair com o pai para o colégio leva a ensaboadela “Maria quero que te portes bem! Não quero recados da Sandra e não quero ter de me zangar outra vez contigo.” Todos os dias diz que se portou bem.
(entenda-se que o “portar bem” no caso da Maria é pôr a preguiça aguda no saco e deixar de dizer que está “tãooo cansada” a toda a hora e demorar três horas a fazer um trabalho de 30 minutos e esperar que a ajudem a vestir-se depois da natação e… entenderam, certo?)
Esta quinta-feira a donzela ia dormir a casa dos padrinhos e o único castigo (ou consequência de mau comportamento) que sei que a transtorna verdadeiramente é tirar-lhe o mimo dos padrinhos ou dos avós. Quando a fui buscar aproveitei para falar com a Educadora e estava efectivamente decidida a fazê-la sentir que comportamento gera comportamento. E como as atitudes têm uma consequência, a donzela foi mesmo dormir a casa dos padrinhos.
“Boa Maria! A mãe está super feliz e orgulhosa! Parabéns!”, ela sorriu e dormiu 20 minutos até pararmos à porta dos padrinhos.
Mais tarde, depois do jantar em casa deles:
“Oh madrinha, estou tão tramada com os trabalhos da escola!”
*ou de como não é fácil decidir se este texto é sobre a preguiça dela ou o amor entre padrinhos e afilhada