Tive tantos exemplos (e tenho).
A minha irmã padeceu e morreu de uma as doenças mais difíceis.
A minha irmã fez dos tratamentos de quimioterapia mais agressivos que existem.
A minha irmã soube que ia morrer.
A minha irmã nunca se rendeu. Nunca se rendeu à dor, ao sofrimento, à exaustão.
Que direito tenho eu – temos nós, de o fazer?
Bem, temos esse direito sim. O direito à rendição. Ao atirar da toalha. Ao cansaço. Seja por que motivo for.
Mas será esse um direito do qual queremos usufruir? Eu não. Seguramente – eu não quero usufruir desse direito.
A vida ensinou-me – com o meu avô, com a minha mãe, com a minha irmã e sim – comigo própria, que ganho muito mais quando não usufruo desse direito. Quando não me rendo. Quando não descanso. Quando insisto. E não, não é fazer de conta que não se sofre, que não há cansaço ou que não há desespero. É simplesmente não permitir que esses sentimentos invadam a minha vida.
Se fico mais cansada? Claro. Se essa exaustão é muitas vezes mais emocional do que física? Sem dúvida.
Mas sou tão mais feliz assim. Aproveito-me a mim e, acima de tudo, aproveito os meus. Sempre.
(Menos nos dias em que tenho tonturas, tremeliques e me vomito toda à conta de meses continuados de insónia.)
Compreendo-te!
Os bebés estão um mimo…
beijinhos para todos.
Um beijinho grande Sofia