Não quero escrever com meias palavras e por isso não escrevo. Mas preciso de.
Não vivo pela metade, não sobrevivo e não passa um dia em que me deite na cama a pensar que não usufruí de cada minuto desse dia.
Assim, quando as circunstâncias da vida me condicionam mais do que gostaria, não escrevo.
Quando há tanto a acontecer ao mesmo tempo que não sobra tempo para registar as emoções desses tempos. Quando há tanto de menos bom a acontecer ao mesmo tempo que se receia escrever sobre isso, não vá a teoria das energias resultar mesmo e por isso não se escreve (tanto ou tão claramente) sobre o – e usemos um simpático eufemismo, menos bom.
E é isso. Não quero escrever com meias palavras e por isso não escrevo. Mas preciso de.
Há ainda muito de menos bom a acontecer, provavelmente será sempre assim. Não terá solução ou será remediado, mas pelo meio farei (faremos) sempre o mesmo, sendo fiel a mim (a nós) e à promessa que me (nos) fiz. Ser feliz todos os dias. Fazer por ser feliz todos os dias. Por mim e por nós.
Mas nada temam, no meio deste vendaval que têm sido os últimos tempos (e há rajadas das quais felizmente já não guardo quaisquer recordações), também há registo de reviravoltas felizes (ou que se antevê que o venham a ser). Afinal, mais do que dois dias de vida para três de Carnaval, isto é um carrocel. Cheio de altos e baixos. Onde o mais importante é apreciar a vista e quem levamos ao lado!
Mas então por quê voltar agora? A disponibilidade física e mental associada às férias é uma peça fundamental nesta logística, as recentes reviravoltas são o óleo na engrenagem, os dias leves e felizes são a ignição. O resto? A consciência de que este espaço não tem nem de acabar, nem de continuar, será o que eu fizer dele.
Entretanto, boas férias!