Quinta-feira de manhã.
No carro.
À saída do hospital.
“Oh mãe, este exame é para eu não morrer?”
E eu morri um bocadinho ali.
Sei que não foi nada que tenha ouvido. Sei sem qualquer dúvida porque, não houve conversa sobre o tema. Nenhuma. O exame foi pedido e foi feito. Sem conversas. Só com peso. Muito peso em cima de mim. Em cima de nós.
(…)
A fibrose cística é uma doença hereditária comum, que afecta todo o organismo, causando deficiências progressivas e, frequentemente, levando à morte prematura. O nome fibrose cística refere-se à característica cicatrizante (fibrose) e à formação de cistos no interior do pâncreas, identificada, pela primeira vez, na década de 1930.
Apesar dos avanços nos tratamentos dos sintomas e infecções, ainda não há cura definitiva para a FC e a maioria dos portadores morrem ainda jovens — muitos entre os 20 e 40 anos, geralmente por insuficiência respiratória.
(…)
E hoje saíram-me 20 toneladas de cima. Ou 1000. Muitas.
Não filha, não vais morrer. Mas por favor pára de nos pregar sustos e coleccionar exames para diagnosticar doenças nas quais não quero nem ouvir falar.
Oh Me! Que aperto, bolas! Ainda bem que não passou “apenas” de mais um susto! Não imagino como se sentiram nos entretantos e não imagino como será lidar com essas perguntas. Um grande abraço e um beijinho!
A minha filha também fez o teste do suor para primeiro despiste da fibrose cística e andámos de coração apertadinho até fazer o exame. felizmente deu negativo.
As melhoras da princesa