É curioso como na educação da Mini Me, constatamos com frequência que efectivamente a expressão “cada coisa a seu tempo” faz mesmo muito sentido.
Há uns meses, resultado de muitas estadias prolongadas em casa por questões de saúde, o hábito que sempre teve de adormecer por volta das 21h sozinha e na sua cama, desapareceu. Não foi nada que nos preocupasse muito porque acabava por adormecer no sofá ou no tapete da sala (sim, quando tem sono encosta-se e dorme em qualquer lado, literalmente), embora mais tarde do que era suposto. Na altura comentei com a minha mãe e sugeriu-me que fizesse o mesmo que fazia comigo: ler-lhe um livro na cama e depois deixá-la sozinha “a ler” que ela adormeceria. Tudo muito bonito. Ela adora livros e adora ouvir histórias. O problema era a parte do “agora a mãe vai ali à sala e já volta, enquanto lês a história outra vez”. Ela até dizia que sim, mas 30 segundos depois de sair do quarto já estava ao meu lado. Não valorizámos e deixámos que continuasse tudo como estava.
Há umas semanas lembrei-me de voltar a experimentar a teoria da minha mãe “ah e tal ela já está mais crescida, pode ser que pegue”. E não é que pegou mesmo? Às nove e pouco desafio-a a ir para a cama, faço o teatro do costume a contar a história escolhida, “vitória vitória, acabou-se a história”, ela fica com o livro na mão, saio do quarto e durante 10 minutos ouvimos aquela voz doce a “ler”… Depois é só apagar a luz.