Foi Natal e éramos 15 à mesa. Menos do que o habitual mas bons.
O VH1 dava-nos música ambiente e as gargalhadas da Joana ouviam-se na rua de baixo.
O polvo estava como costumam dizer que está e voltaram a tentar convencer-me a fazer polvo para fora. Um dia, um dia largo os armazéns e os camiões, os planeamentos e os projectos e viro-me para os tachos. Um dia.
O bacalhau com broa parecia óptimo. E o bacalhau com camarão e béchamel estava espectacular. Do cabrito em noite de consoada e outra vez (outro cabrito) em dia de Natal. E os doces. De colher. Fritos. De fatia. Os doces…
Dos presentes debaixo da árvore. E num raio exageradamente grande à volta da mesma.
Do tio avariado que não queria arroz doce. Nem mousse. Nem filhós, bolo rei ou lampreia. Queria gelado. Gelado.
De uma mini me a viver pela primeira vez o Natal a sério. A família. As gargalhadas. A comida. Os presentes. A receber. E a dar. O Pai Natal foi ela. “Este é para a avó mena”, “onde está a avó?” – a vergonha, baixou nela a vergonha.
Dos disparates que se ouvem “ah isso com esse tamanho já não é cabrito, é borrego”. É isso e os hipopótamos que com mais de 400 kg passam a ser rinocerontes. Disparates bons. daqueles que dão para rir.
Da cumplicidade. Dos miúdos. E da nossa tradição. Dia 25 à noite em casa com os amigos que são família a comer camarão até às quinhentas.
Da festa que não acaba. Porque a prima maluca faz anos hoje. E sim, hoje é dia de festa.
Hoje e sempre. Todos os dias. Por que não?
Gosto tanto da vossa união familiar que se estende aos amigos mais próximos!
Que maravilha de fotografia!