Para ele é dia de ir jogar à bola.
Para mim é dia de sofá. O único instante da semana em que gosto de me arrastar entre sofá e tapete da sala. É a noite de comer a sopa no sofá enquanto se vê um qualquer filme da Disney.
É noite de muito namoro na cama. Eu com um livro, ela com outro. Ou com o ipad. Ou com um boneco. Ou com o que lhe apetecer. É noite de fazer tendinhas com o edredon. É noite de abraços às escuras. Damos beijinhos à esquimó e faço-lhe ataques de cócegas.
Não me chateio com horas. E não a chateio com horas.
Invariavelmente, chega a casa e, roído de ciúmes – das gargalhadas, dos beijinhos, do mimo e daquele (ainda) cheiro a bebé, arrepende-se da noite de bola.
Temos pena!