Eu, Tu e os meus sapatos

Louca pela vida. Louca por ti. Louca por escrever. Louca por sapatos.

Perspectivas

Eu vejo normalidade no nosso relacionamento.

De fora vêem raridade. “High School Sweethearts? Really? Isso não existe!”

Eu estranho o fim dos relacionamentos do nosso tempo.

De fora vêem normalidade nesse destino. “Então claro!”

Eu vi uma mesa pouco cheia no nosso Natal atrasado. Éramos 18.

Outros vêem demasiada confusão quando têm 10 pessoas numa mesa de jantar.

Eu vejo uma bebé calma e sossegada que se interessa pelo que deve (histórias e puzzles, comer e dormir) e que não passa cartão às tomadas eléctricas e cenas em geral onde as crianças não devem mexer.

Outros vêem uma bebé hipoactiva e com problemas. “A tua filha não existe.”

Na vida é tudo uma questão de perspectiva.

Em vez de pensar “sim, sim, amamentar até aos 7 meses serviu de muito, é por isso que ela está sempre doente”, prefiro pensar “ainda bem que dei mama até ela querer, se não tivesse dado, em vez de duas pneumonias, já ia numa dúzia”.

Repito, na vida é tudo uma questão de perspectiva. De envolvente, claro. De passado e heranças, também.

Mas é, acima de tudo, uma questão de perspectiva. E essa sim, podemos manipular. Está verdadeiramente em nós.

E, voltando ao meu chavão predilecto, é tão melhor (e mais fácil) ver o copo meio cheio.

5 Discussions on
“Perspectivas”
  • Concordo, nós podemos escolher a perspectiva com que encaramos as coisas. A tua filha não teve cólicas em bebé? Para mim isso é fenomenal. Pouco usual, mas fenomenal. Porque também é disso que se trata, que estes exemplos que saem do “normal” sejam encarados como uma outra maneira de existir, não tem de ser tudo igual, a preto e branco. Eu também levo o olhar de espanto quando digo que estou há 11 anos com uma pessoa. Acho

  • Concordo, nós podemos escolher a perspectiva com que encaramos as coisas. As nossas vidas não seguem um percurso linear nem as coisas têm de ser todas iguais. E em vez de nos espantarmos com a realidade diferente dos outros não a abraçamos e aceitamos que existem realidades diferentes? Estou como tu, vejo o copo meio cheio e vejo as oportunidades nas dificuldades e as consequências boas nas más escolhas. Porque a vida por si só já traz demasiada coisa para nos chatear, se a levarmos tão a sério estamos tramados.

  • É que é mesmo isso! De que serve andar sempre triste e em sobressalto, por se ser tão pessimista?? Assim não se vive…
    Há que ver o que de melhor temos e mais nada!
    🙂
    Felicidades!

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