Ora pois então vamos lá falar sobre car sharing…
Sei que, algures no tempo e no espaço, já partilhei convosco parte da minha (nossa) rotina diária e que inclui a partilha do carro.
Recordo-me que quando casámos (há quase quase quase 5 anos) e começámos a fazê-lo fui imediatamente alertada ao melhor estilo vaticínio a grávidas sobre os horrores dos primeiros meses pós nascimento. Nessa altura os agoiros passavam principalmente por “esquece, daqui a duas semanas deixam-se disso porque é impossível, é incompatível, não dá, vão andar sempre atrasados, vão ter de esperar e vão acabar por se chatear um com o outro!”.
Bem, quase quase quase 5 anos depois, com mudanças de emprego e de local de emprego para ambos, com o nascimento de uma filha, com outras tantas alterações no nosso quotidiano, continuamos a partilhar carro. Quando é possível, é. Quando não é, não é. Cada um pega num carro e vai à sua vidinha! É óbvio que se um de nós vai para fora ou não vai para o escritório, nesse dia não há partilha de carro. É óbvio que quando estive com horário reduzido no período de aleitamento também não houve partilha de carro. Mas, sem qualquer certeza matemática mas com toda a certeza da vida real, nestes 5 anos partilhámos seguramente a viagem casa-trabalho e trabalho-casa em mais de metade dos dias.
Se há “ses”? Claro! Mas esses “ses” são na realidade benéficos. Eu tenho de me levantar mais cedo porque os horários são ligeiramente diferentes… mas também acabo por começar a trabalhar mais cedo, o que na realidade, face ao tipo de tarefas profissionais que tenho, é muito vantajoso. Se às vezes um ou outro tem de esperar porque há reuniões imprevistas ou um qualquer fogo para apagar? Claro! Das duas uma, ou assumimos que vamos esperar, ou se a coisa se prevê demorada, o que está despachado segue para casa e depois o outro quando se despachar logo se orienta (há sempre táxis, transportes, whatever). Na realidade, esta dependência obriga-nos a ambos a cumprir horários e impede-nos de passar o dia a procrastinar porque queremos despachar-nos a horas.
Neste momento, tenho uma rotina em que estou 3 dias por semana no escritório e 2 dias na operação. Estes locais estão basicamente à mesma distância da nossa casa mas em sentidos totalmente opostos.
Por coincidência, uma das minhas melhores amigas, que até mora na mesma urbanização que eu, trabalha a 2 km deste meu segundo local de trabalho. Ou seja, agora que a licença de aleitamento dela terminou, partilhamos também o caminho. Pomos a conversa em dia e eu sou obrigada a chegar a horas porque tenho de a trazer.
Vantagens? Inúmeras! Os gastos em combustível e portagens diminuem consideravelmente. Na vida agitada e a correr que temos, acaba por ser mais um pedacinho (grande) que estamos juntos. Podemos ir levar e buscar a miúda à creche os dois. É menos um carro a poluir o ambiente e o trânsito. Há variadíssimos benefícios com o car sharing, uns mais óbvios outros não tanto. Sei que nem sempre é possível alinhar rotinas e que as rotas podem ser totalmente opostas. Mas pensem nisso. Faz-vos bem à carteira e ao espírito!
Olá, Me,
suspeitei que teria mudado de emprego, porque agora vejo-a muito mais informal do que no início do blog. Não sei se tem alguma coisa a ver, mas foi um palpite:) Espero que esteja tudo a correr bem nos seus novos desafios profissionais.
Eu trabalho num centro urbano e, quando pude escolher, arranjei casa perto. Posso ir a pé, ou caso esteja preguiçosa, estou a 3 paragens de metro. É um conforto. Quando morava longe do trabalho, fazia sempre car sharing. Odeio guiar, e hoje em dia o que se gasta em combustível é um absurdo.
Beijinhos.
Olá Manuela,
Já mudei de emprego há 3 anos… 🙂 Por coincidência, é exactamente na mesma zona onde trabalhava antes, pelo que não houve qualquer mudança na rotina das viagens.
Beijinhos
Ahahah, pronto, a minha teoria caiu por terra:)
Manuela,
Escrevo sobre muitos temas pessoais, mas normalmente tento resguadar a minha vida profissional 🙂
Na altura foi um tema que não abordei mesmo e por isso era difícil adivinhar. Além disso como a mudança foi exactamente dentro da mesma área profissional e foi uma decisão minha e muito rápida, não houve grandes evidências por aqui.
Até eu engravidar e ter que ficar em casa de repouso também partilhavamos sempre o carro de manhã (á tarde não, ele vai com o pai). Com o nascimento do F. e a sua entrada para a escola tivemos de deixar de o fazer, ele vem e vai com o pai e eu com o F. Ocasionalmente vamos juntos, mas sem dúvida,sempre que podemos partilhamos carro.:)
Nós por hábito partilhamos os carro, tem muitas vantagens, o que se poupa é substancial,
por exemplo vamos sempre os dois buscar a miúda à creche e não é preciso arranjar estacionamento porque um fica no carro,
é só vantagens, quando um tem de esperar, arranja sempre qualquer coisa para se entreter,
kiss
Eu por exemplo ando sempre o livro na mala. Agora como não queremos que ela esteja ainda mais tempo na creche do que já está, tentamos sempre despachar-nos. Mas no período pré Mini Me, estava muitas vezes meia hora ou mais à porta dele à espera e aproveitava para ler. Uma chatice! Not!
Beijinho
(BTW, estou a dever-te uma resposta a um email. Não está esquecida!)
Olá, Me!
Eu também faço o mesmo com o meu marido. Saio com ele, deixamos a miúda no ATL, o pequeno na creche, seguimos para Lisboa, ele deixa-me praticamente à porta do meu emprego e segue para o dele, que fica a uns 10 minutos do meu.
Poupa-se muito, temos mais tempo juntos, vamos pôr e buscar os miúdos juntos.
É muito bom.
Claro que, se ele tiver um dia num cliente longe, ou se eu tiver um compromisso a horas que ele não possa ainda sair, levo o meu carro e pronto, resolvido.
🙂
Cá em casa fazemos o mesmo e nem faz sentido ter um 2ª carro, que representa mais custos extra desnecessários.
Olá!
Nós já ponderámos “despachar” o 2º carro que até é o meu carro de solteira (e que tem um valor sentimental por ter sido oferecido pelo meu avô). Mas com as rotinas que temos e a zona onde moramos faz efectivamente falta. Ou seja, quando não é preciso, não é mesmo necessário, mas se ficarmos de repente entalados precisamos mesmo dele 🙂
Eu adorava! Mas no nosso caso é completamente impossível. O meu marido trabalha a 30 km de casa e trabalha por turnos, o que faz com que, por questões de trânsitos e horários, acabe por sair de casa ou chegar a casa (depende dos dias) a horas impraticáveis no que diz respeito a levar/buscar o miúdo ou à organização/rotina doméstica… Mas lá que eu gostava que fosse possível, gostava! [aliás, para ser franca, nem vejo grandes desvantagens, das tais que as pessoas gostam de apregoar…]
Eu e o meu marido temos a sorte de trabalhar no mesmo edifício (embora em empresas diferentes) e desde que vivemos juntos que nem se pôs em questão andar diariamente com os dois carros. Temos dois porque, de facto, há alturas em que fazem ambos falta, mas no dia-a-dia vamos e voltamos sempre juntos. 🙂
Nós também partilhamos carro, à excepção dos dias em que o marido dá aulas ao final de dia/noite. Neste caso não conseguir fazer a redução de horário correspondente ao período de aleitamento até está a ser “vantajoso”. Continuamos a vir juntos! LOL! 🙂
Cá por casa só temos um carro e trabalhamos os dois por turnos. Como eu trabalho a 5 min de casa e numa via principal, acabo sempre por pedir boleia (ou para ir ou para regressar)!
O chato é que tenho de programar os afazeres e compras só quando sei que o carro está livre.