Quando era responsável de projectos lembro-me que nas reuniões semanais a expressão que mais me incomodava era esta. O meu chefe detestava rabos de palha e fazia questão de o frisar e relembrar recorrentemente. Well… quem é que gosta? Quem é que se sente confortável quando sabe que ainda falta qualquer coisa?

Mas a verdade é que, como em tudo na vida, por vezes para andarmos para a frente é necessário deixar meia dúzia de rabos de palha temporariamente esquecidos, mesmo quando isso significa ter de dar mais tarde um passo atrás…

Hoje (e de há umas semanas largas para cá)… sinto-me a arrastar quilómetros de rabos de palha… conversas que já deviam ter acontecido, emails que já deviam ter sido respondidos, problemas que já deviam ter sido corrigidos, chatices que já não deviam ser chatices…

Ando a sentir a inglória de semanas corridas a mil em que não se faz mais do que tapar buracos e apagar fogos…

Todos andamos a sentir a necessidade de férias… eu, ele e ela.

É que estes rabos de palha pesam… puxam-nos para trás quando queremos andar para a frente… atrapalham-nos, fazem-nos comichão e limitam-nos o movimento…

Acho que está a chegar o momento de fazer uma paragem só para dar uma varridela e poder continuar a desbravar caminho.

Eu estou viva e deste lado e um dia destes (quando puser os rabos de palha debaixo do tapete) o blog retoma a sua emissão habitual e bem disposta.