Andas, corres, empoleiras-te.

Escalas sofás e fazes rappel nas camas.

Embalas o ursinho e adoras de paixão legos e puzzles.

Tiras a roupa da máquina quando me vês perto do estendal.

“Mãeeee”e “minhmãe” são as palavras que mais saem da tua boca. Logo de seguida “nãooo” e “paiii” e “temanhã”. “Pé” e “sapato” também estão entre as tuas obsessões. Continuas com a pancada pelos animais e chamas pelo “poquiiii”, e dizes gato e pato e a borboleta para ti é a “batá”.

Adoras música e tens a tua tia bailarina dentro de ti. Green Day é a tua mais recente paixão. Mas não se pode dizer que sejas musicalmente esquisita. Marcha tudo.

Sais à mãezinha e vibras com roupa mas ficas ainda mais eufórica com livros. Se é verdade que gostas que te leia uma história, também é verdade que adoras o “vitória, vitória, acabou-se a história”.

Hoje sei de onde vem a expressão “agarrada às saias de mãe” porque a encarnas na perfeição.

Disseste definitivamente adeus às fraldas e o bacio e a sanita são os teus novos melhores amigos.

Em três meses tomaste 9 antibióticos, fizeste meia dúzia de otites bilaterais e outras tantas infecções respiratórias. Tudo descambou numa pneumonia que teimou em resistir aos antibióticos. E disso não me quero lembrar.

Continuas mega calma e pacífica. Dormes (muito) melhor que a tua mãe e gostas tanto de comer como os teus papás.

És feliz e isso topa-se a léguas. E nada mais me importa. E é isso que quero verdadeiramente lembrar. A tua felicidade.