O temo do momento gira em torno da simplificação da vida e do quotidiado. As palavras simplificar, destralhar, clean, limpar e arrumar são recorrentes em cada esquina. Em cada blog. Em cada crónica. Em ambiente laboral, nunca o kaizen foi tão referido.
Mas atentem, dar mais valor ao que é importante não implica necessariamente deitar fora objectos. Ou reciclar peças. Tampouco é deixar de comprar o que quer que seja.
Dar mais valor ao que é importante é isso mesmo: dar mais valor ao que é importante para cada um. É deitar fora o que não nos faz feliz e manter o que nos aquece o coração, seja um monte de revistas, um par de sapatos ou um álbum de fotografias.
Antes de arrumarem a vossa secretária lá de casa, simplifiquem a vossa cabeça, o vosso coração e limpem a vossa alma.
De todos os posts que li sobre este assunto, este é, sem dúvida alguma, o que faz mais sentido. Para mim, claro. Disseste tudo. 🙂
Beijinho
Palmas!!! Muito bem dito! As pessoas dão demasiada importância ao que as faz infeliz, ficam vidas a lamuriar-se das coisas más e esquecem-se de coisas tão simples, tão “à nossa mão”, para serem felizes.
O minimalismo não é para mim. Deitar fora por deitar fora, quase como obrigação… eh pá, não. Claro que há coisas que para mim são pura tralha que deito fora sem pensar, sequer. É o caso de papeladas e tal. Agora coisas como livros, dvds, cds… não consigo. Livros então, é para esquecer. Porque, para mim, não são tralha, logo não são passíveis de “destralhamento”. Para mim, são memórias, são coisas importantes a que gosto de regressar com frequência. E não me sinto mal por isso. Tenho uma casa atafulhada? Tenho. Mas é a minha casa, o meu lar. Não é uma coisa impessoal, limpa de tudo o que possa encher. E ainda bem!
Já a cabeça, essa, faço questão que ande limpa. Por exemplo, não a ocupo com os dramas do minimalismo! 😉
Sabes que quando andei a auditar KAIZEN, escrevi este texto e ontem, que andei a “destralhar” os rascunhos do blog, dei com ele.
Achei que fazia todo o sentido não o deitar para o lixo 😉
Pois, é isso. Destralhar não é deitar fora o máximo que conseguirmos mas por vezes dá-me a sensação que muita gente (e alguns blogues) se focam muito nisso. Há tralha e há objectos que nos dizem coisas, que evocam memórias, que são de família. Por vezes parece-me que esta fobia do destralhamente é uma reacção à fobia do consumismo, tipo 8 ou 80, dois extremos, ou consumo desmesuradamente ou deito tudo fora, sem meio termo.
Não podia estar mais de acordo. Eu sou muito apegada às coisas, mesmo que não tenham utilidade nenhuma custa-me deitar fora. Prefiro guardá-las e esperar que, talvez um dia, deixem de ter significado para mim.
Beijinhos *
Concordo em parte porque destralhar o ambiente físico que nos rodeia é também destralhar a nossa cabeça, o nosso coração e a nossa alma. É todo um renovar de energias. Diria mesmo que, para arrumar a nossa cabeça, o nosso coração e a nossa alma é necessário começar primeiro por arrumar aquilo nos rodeia. E não, não implica desfazermos-se do que nos aquece o coração, é bem diferente disso. Gostei do ponto de vista 🙂
**Beijinhos**
Pois não podia concordar mais,dos melhores textos que já li acerca do assunto.
Confesso que sou fã do minimalismo,mas não gosto de uma casa vazia e impessoal,deve haver sempre um equilibrio.Acho que nada é positivo quando levado ao extremo.Não gosto de uma casa atafulhada de coisas,mas gosto de roupa,sapatos,artigos de decoração…gosto de ter variedade,mas gosto de usar tudo o que tenho.Se não uso vai fora e com extrema facilidade.Mas o que para mim não é importante,poderá ser para outros.Não há nada como sermos nós próprios e fazer o que nos faz Feliz,seja destralhar uma casa,a cabeça ou a vida ou enchê-lá de memórias.