No seguimento deste post da Dina, que fará em muitas situações algum sentido, convém reforçar que também é bom não generalizar.
Se me perguntarem, direi que sou feliz. Muito.
Se de vez em quando me aborreço no trabalho? Claro.
Se de vez em quando dou três gritos ao R. porque ele faz de conta que não vê que a máquina tem loiça para arrumar? Claro.
Se de vez em quando discuto com a minha avó que adoro? Oh, tantas vezes…
Se de vez em quando ando às turras com a minha sogra que me trata como uma filha? Óbvio.
Se de vez em quando me chateio com os meus amigos – muitas vezes, mea culpa? Sim.
Se choro muito com saudades da minha irmã? Se sofro por saber que não a posso ver e ouvir? MUITO. MUITO MESMO.
Se sou feliz??? SOU. MUITO.
Se perguntarem à minha mãe que viu uma filha sofrer horrores durante quase dois anos para depois acabar por morrer, sabem o que ela vos dirá?
“Sou feliz. Tenho uma tristeza constante por não ter a minha filha. Mas tenho um marido que amo. Tenho pais, irmã, primas, sobrinhas, filha, genro, amigos que adoro, que são felizes e que têm saúde. Como poderia não ser feliz???”
A felicidade não vem de carros que não foram para a sucata, nem de empregos que não nos dão chatices, nem de maridos que fazem tudo em casa. A felicidade não vem de vidas perfeitas.
A felicidade vem de saber viver a perfeição das imperfeições da vida.
Morre-se de um segundo para o outro.
Ser feliz é saber aproveitar todos os segundos anteriores.
Como diz a minha querida avó:
“Falar das tristezas, das dores e das amarguras não resolve nada, temos de falar das alegrias e das vitórias para percebermos que o resto não importa.”
Ninguém é plenamente feliz nem plenamente infeliz, mas cada um pode escolher o prisma por onde quer equacionar a vida e o da felicidade é bem mais saudável.
Beiju
Dizes e escreves as coisas de uma maneira que deste lado sente-se.
É sempre bom ler este cantinho. Dás força por mil e uma situações que se passam deste lado, não de hoje, mas desde que comecei a ler o que escreves.
Como concordo contigo!
exactamente. é exactamente isso tudo.
beijos
Assino por baixo! Ser feliz é mesmo isso. Eu não tenho uma vida perfeita, mas sou FELIZ. Oh, se sou…
Beijos!
(já não comentava há imenso tempo. Dois comentários no mesmo dia é uma loucura. Eheheheh!)
Me,
Tirando obviamente o facto de não ter passado pelo teu sofrimento ao perder a N. (que não consigo imaginar quão grande será a dor), assino por baixo tudo o que escreveste. Já fui pessimista, mas felizmente consegui aprender a viver a vida e a aproveitar todos os momentos. Se sou SEMPRE feliz? Obviamente que não, mas sou uma pessoa feliz e digo-o sem hesitar!
Beijinhos e obrigada por conseguires colocar em palavras aquilo que muitas de nós sentimos
Acho que também conheces o tipo de pessoas a quem me refiro… E concordo com tudo o que dissestes. E as frases finais “A felicidade vem de saber viver a perfeição das imperfeições da vida.” e “Ser feliz é saber aproveitar todos os segundos anteriores”, dizem tudo!
Concordo plenamente, ainda ssim , o que interpretei da Dina foi que quem brada aos ceus que é muito feliz quando se vai a ver divorciam-se, os filhos têm problemas na escola, etc, é porque realmente não é feliz…apenas tem a necessidade de aparentar felicidade e mostrara todo o custo que é mais feliz que os demais…
Na minha opinião, quem é genuinamente feliz brada aos céus, pois que sim, mas não tem aquele sindrome do: eu sou melhor que tu, porque sou mais feliz!! (ainda que no fundo chore por não saber o que é verdadeiramente a felicidade)
E tu, eu e muitos outros, sabemos o que é ser genuinamente feliz pois conhecemos o que é a verdadeira felicidade, sem aparencias.:)
Beijinhos
Agora os meus neurónios acenderam uma luzinha… Por acsao não pensastes que escrevi aquele post a pensar/ criticar a ti, pois não?
De maneira alguma!!! Não sejas tonta 😉
Beijoca
É isso mesmo!
Completamente de acordo!
A felicidade está nas pequenas coisas.
Bjks***
É msm isso, e só isso!
Ora aí está, nem é preciso dizer mais nada! É a minha luta diária, erradicar o pessimismo da minha vida! É preciso é aproveitar esta estadia cá, que é curta.
Todas as pessoas têm momentos menos bons, mas mais vale ter uma perspectiva positiva perante as adversidades e entretanto ser feliz, do que cair no desespero e infelidade.
Gosto muito de ti como és 😉
Tonta ando há uns dias, mas isso são outras histórias… eu sei que não és do tipo “susceptível” mas em caso de dúvida, prefiro perguntar directamente 😉
és um exemplo de Vida, querida Me. e uma inspiração.
obrigada por (te) partilhares assim, beijinho
(concordo com tudo o que escreveste, claro. pena é os pessimistas e melodramáticos não aprenderem nadinha..)
Gostei tanto, sempre que escreves e publicas sobre a tua mana fico arrepiada a ler, nem consigo imaginar essa dor e depois escreves este texto, realmente quando não somos felizes é porque não “queremos”
Há momentos em que só apetece deitar tudo ao ar, chorar e esconder a cabeça como a avestruz. E não sei se há alguém que não tenha os seus. Daí a chorar a cada canto (vai-se andando!) ou vangloriar-se a cada pergunta vai uma diferença grande.
Eu não gosto de falar das coisas más. Nem sequer daquelas estupidamente boas. O que não quer dizer que apregoe a vida com um belo mar de rosas.
Concordo tanto contigo! Por tudo. Não acredito nessa perfeição, mas no perfeitamente imperfeito.
Mesmo falando de momentos menos bons da vida e do dia-a-dia transmites sempre uma grande força… E é mesmo isso: ser feliz é aproveitar todos os pequenos momentos que nos vão surgindo…
Embora concorde com o post da Dina, não posso deixar de concordar com o teu…há realmente pessoas que são genuinamente felizes, com o pouco que têm, mas sem dúvida o mais importante 🙂
“A felicidade vem de saber viver a perfeição das imperfeições da vida.” – eu arriscaria a dizer: perfeito!
Adorei o post e não poderia concordar mais.
Acabei de ler este post. Sem palavras. Sem respostas. Foste magnifica ao descreveres a felicidade… ao teu jeito.
bejo
Agora que perdi alguem que fazia parte integrante da minha vida, é que consigo compreender a dor que se sente quando vimos alguem que amamos partir.
Os dias tornam-se dolorosos de se passar.
Pensamos que a nossa vida acabou, mas com mais ou menos dificuldade acabamos por seguir com ela.
Adoro o teu blog e sou leitora assidua apesar de nem sempre comentar.
Beijinhos.
Kitty