Eu, Tu e os meus sapatos

Louca pela vida. Louca por ti. Louca por escrever. Louca por sapatos.

A crise

No seguimento do texto abaixo publicado, que suscitou imensa confusão, resolvi esclarecer alguns pontos.

 

Primeiro: É impossível extraírem-se as conclusões estapafúrdias que li por aí, por aqui e pela blogosfera unicamente através de um post que não é nada mais do que a cópia integral de um artigo.

 

Segundo: Para esclarecer as mentes mais (???) iluminadas, pois que não, não me parecia mesmo nada mal que esta política fosse empregue não só no sector público mas também no sector privado.

 

Terceiro: Faz-me imensa confusão que sempre que se escreve sobre este tipo de temas mais sensíveis, os comentadores só vejam a parte e não o todo.

 

Quarto: Acredito sinceramente que a crise “ainda” só está a ser sentida pelos desempregados. Os demais que ganham o salário mínimo ou próximo disso, já estão em crise há (infelizmente) muito tempo.

 

Quinto:  Ora vejamos, é verdade que há muitas pessoas que precisam dos subsídios para subsistir. Para suprir as necessidades mais básicas. Mas também é verdade que um subsídio é isso mesmo: um subsídio. Ensinaram-me que o subsídio serve ou para ir directamente para a conta poupança ou para um qualquer extra, uma extravagância, um mimo. Se a minha subsistência e a dos meus filhos (como li por aí) depender dos subsídios, não tenho tantos filhos. Ou não tenho filhos de todo. Se preciso do subsídio para pagar o IMI, não compro casa, arrendo. Cada qual tem de gerir a sua vida de acordo com a sua carteira. Eu também gostava de ter e fazer muitas coisas que não tenho nem faço. Só tem vícios, quem pode.

 

Sexto: Impressiona-me que sempre que se fala em cortes, apareça meio mundo a referir a classe mais desfavorecida como se ela representasse o todo ou a esmagadora maioria. Acreditam nisso? Então dêem uma voltinha pelos centros comerciais (ou lojas de rua ou feiras), espreitem os restaurantes (ou tascas ou cafés), tentem marcar uma viagem com uma semana de antecedência e digam-me onde anda a crise. Ela existe, é claro que sim, mas não podemos gerir um país em função de uma parte.

 

Sétimo: Se este tipo de cortes/políticas vão afectar pessoas que já estão aflitas? É claro que vão. Mas não podemos continuar eternamente inertes sustentados nesse princípio.

 

Oitavo: Tanta rambóia que por aí anda por causa do “corte” do subsídio e ainda não vi ninguém chocado pela eventual redução do salário mínimo. Isso sim é coisa para me deixar doente… 

 

E depois eu é que vivo numa redoma… abram os olhos!!!

26 Discussions on
“A crise”
  • Um subsídio é um subsídio e deve ir para poupança? Mas onde é que isso tem que ser assim? Ora essa! Tem sido um direito terem-se 14 meses e, se trabalhas no privado deves saber que muitos ordenados são atribuídos de acordo com o facto de haver 14 meses e, se fossem só 12 seriam mais elevados. Eu gostava bastante de ver-te a receber mil euros e a enviar os subsídios para poupanças e que depois viesses ensinar-nos como fazes.
    Essa coisa de não comprar casas e arrendar, não sabes mesmo do que falas. É que se eu fosse arrendar uma casa ficava-me mais cara por mês, ou igual, do o que pago pela casa comprada. Os encargos do IMI surgem depois de 10 anos de se ter a casa. Ora, se se tem o subsídio para pagar, isso é viver com o que não se tem? Os dois meses a mais eu tenho-os, ora!
    Não comento mais nada do teu post porque me está a chocar muito, efectivamente, que tu, do alto das tuas não dificuldades, reveles tanta insensibilidade com as dificuldades dos outros. E, repito, não sou funcionária pública. Mas tu é que sabes como queres ver o mundo, de facto não sou eu que tenho de vir ensinar-te.

  • A questão é mesmo essa…quem não tem dinheiro não tem vícios…e é ver os meus colegas funciónários publicos a mandarem-me a cara que ganho bem e posso ir de férias, os mesmos que tomam o pequeno almoço avultado todos os dias no emprego, que compram tabaco todos os dias, que têm 2 carros só porque sim(ainda que não lhes faça falta)…um sem número de situações que poderia enumerar…São prioridades que se têm…claro que há sempre excepções…os meus pais são um exemplo dessa excepção que sempre necessitaram dos subsidios para fazer face a algumas despesas, mas ainda assim fui ensinada que um subsidio é um subsidio e não se pode tomar como garantido…

  • Concordo com o que foi dito! Só posso discordar no que diz respeito ao subsídio pois é verdade que muita gente consegue gerir melhor a sua vida com ele, e não acho que isso seja um «mau vício», mas entendo o que queres dizer… Os cortes são necessários e vamos ter todos que aguentá-los quer queiramos quer não 😉

  • Me,
    Assino por baixo! A “mentalidade portuguesa” ou muda ou vamos ficar no buraco negro eternamente. Há crise, sim… Mas vejo muita gente que se queixa a fazer coisas que eu não faço e felizmente não me posso queixar das minhas condições de vida.
    E agora venham as pedradas… 🙂
    Beijinhos

  • A falta de noção que este e o outro post denotam é de tal ordem que nem tenho palavras. É muito fácil gerir a sua vida de acordo com a sua carteira quando se ganha para isso. A maioria não está nessa situação, infelizmente.

  • Olá, Me!

    Sou funcionária pública, eu e o meu marido.
    Vivemos de acordo c aquilo q o nosso vencimento permite viver.
    Comprámos uma casa c base nesses rendimentos, carro, mobilias etc
    Só tivemos um filho qd as nossas finanças assim o permitiram.

    De repente, corte salarial…em minha casa é tudo vezes 2…

    Fizémos uns ajustes de orçamento p ñ sentirmos na nossa economia familiar essa falta…

    Felizmente encaramos os subsídios devidos como um extra, sim…mas por vezes aproveitamos e oferecemos melhores presentes de natal c esse “extra”…
    Já o de férias…paga despesas imprevistas q possam ter havido…

    Ñ temos uma vida opulenta, mas tb ñ andamos a contar os tostões até ao final do mês!

    Sabemos poupar, mas ás vezes torna-se impossível…uma avaria de um carro…uma conta c q ñ contávamos, uma multa das finanças…

    Se nos cortaremos subsídios (pq convenhamos, nós precisamos é de liquidez e ñ de falsas poupanças a descontar a 10 anos ou mais e q valerão uma percentagem daquilo q é verdadeiramente devido), já ñ teremos essa “almofadinha” extra!
    Ñ vou dizer ao banco: “olhe, pago uma parte da hipoteca da casa c os titulos do Tesouro, bale?!”

    Ñ falo por mim…felizmente eu ainda posso fazer face a esse corte!
    Há quem precise dele p pagar o básico, propinas escolares, impostos, taxas, seguros…e ñ critico quem o utilize p tal pois sei bem o qt o nosso poder de compra diminuíu!
    De acordo c a imprensa de hoje, 17%, p ser mais precisa!

    Há quem esteja de facto já a passar necessidades!
    Q tb comprou casa c base num ordenado q tinha na altura…
    Carro, mobilia…
    E agora luta p pagar as contas ao fim do mês…

    O q ñ sabes e isso sim é fazer uma leitura de um todo e ñ de uma parte, é q no meu serviço andam a cortar-nos subsídios de turno a quem trabalha por turno; isso ñ é um extra, é venciomento devido pelo serviço prestado (por turnos).
    Isso ñ passa nas noticias…
    É chato falar de valores…

    Sim, o ordenado mínimo vai diminuir…
    ñ há aumentos p pensionistas…
    E o custo de vida aumenta…
    E lá temos de fazer ginástica orçamental p cumprir c as responsabilidades financeiras.

    Acho q o q despoletou alguma celeuma no teu post foi o titulo do “Acho bem”…p mt gente, poderia significar q ñ te importas c quem de facto dele precisa…pois ñ é por aí q se equilibram deficits…é por cima…é c tipos de ganham p cima de um balurdio…

    Sei q és uma mulher sensível…
    Aliás, é uma caracteristica q te admiro!
    Sei q foste mal interpretada, mas tens razão numa coisa: há malta q adoooooooooooooora esfolar se alguem diz “mata”!!
    Felizmente tens uma vida boa, desafogada…tens emprego e o teu marido tb e isso hoje em dia já é o motivo suficiente p despertar alguma inveja!

    São tempos difíceis q aí vêm!
    Estamos só no início…e quem ñ for bom gestor dos seus dinheiros, está bem arranjado…vamos ver o q a vida nos reserva…

    Eu, só compro no Lidl e afins, ñ viajo p o estrangeiro, compro somente a roupa q preciso e ñ as tendências…mas sou feliz c o q tenho pois é o q a vida me permite ter!
    Há q saber viver assim e ñ c o q gostyaríamos de ter!

    Um beijiño gande…manhã dou-te os Parabéns, minha kida!

    Rut

  • Estou absolutamente parva com o que tenho lido por aqui… Fala uma pessoa que tem um carro porque felizmente os pais podem oferecer, mora numa casa arrendada, praticamente não come fora, e tudo porque acha que mais vale ser frugal e poupar do que “chapa ganha, chapa gasta”. Podia ter um estilo de vida superior ao que tenho, mas estou bem assim e prefiro manter a minha segurança e estabilidade. Agora, fico muito chocada com a mentalidade portuguesa do “ah, eles estão mal porque jantam fora e vão de férias a Ibiza…”. Claro que há muita gente que não sabe gerir o seu dinheiro. Claro que há autênticos analfabetos das finanças. Claro que há pessoas com as prioridades todas trocadas. Mas parece-me que somos capazes, enquanto povo, de melhor do que a cultura de mesquinhice e de estar sempre a olhar pelo alheio e a contabilizar o que os outros têm.

    Nós até podemos receber 14 meses, mas recebemos menos em 14 meses do que um alemão ou finlandês recebe em 8. Acho que em vez de maldicências em relação aos nossos compatriotas, devíamos todos unir-nos e ter uma atitude pró-activa: aceitamos o corte dos subsídios, mas então queremos saber para onde foi o nosso dinheiro! Quanto nos arruinaram as PPP? Quanto nos arruinam diariamente as múltiplas fundações? Quanto nos arruinam obras publicas desnecessárias e em que a derrapagem financeira é uma lei? Devíamos estar a fazer estas perguntas e não a questionar o subsídio dos trabalhadores.

    Por último, acrescento que venho de um meio dito mais “privilegiado” e durante muito tempo pensei que realmente as pessoas não tinham nada porque são umas desgovernadas. Até conhecer o meu actual marido. A ele, nunca ninguém lhe deu nada e não teve ajudas de ninguém, sejam pais, tios ou amigos. Teve de comprar carro (porque faz 100 km por dia para trabalhar), computador, móveis, electrodomésticos e nem as vulgares “cuecas e meias” recebe de presente:) E, por isso neste momento sei que, por muito controlado que se seja, e mesmo tendo um salário médio, o subsídio de férias é fundamental para equilibrar as contas de muita gente. E não, não estamos a falar de férias ou IMI.

  • Isto é tudo muito bonito quando se fala de barriga cheia.
    Sim, realmente é uma boa ideia guardar os subsidios, mas só faz isso quem pode. Há quem aproveite para pagar o seguro do carro ou até mesmo adquirir um electrodomestico que se avariou á algum tempo e nunca houve possibilidades de o comprar.

    Ainda bem que a ME e o seu marido recebem bem e podem comprar tudo de marca, desde os produtos de supermercado, á roupa e até o carro que tem de ser topo de gama.

    Eu vejo pessoas com a mesma profissao que eu tenho a receberem mais do que eu, no entando nada posso fazer a não ser agradecer a Deus por ter trabalho. Acho muito feio gozar com a condição odos outros quando não sabemos o nosso dia de amanhã. Quantos casais não viviam normalmente e foram apanhados pelo desemprego, no meio desta crise?

    Eu recebo pouco, mas vivo consoante as minhas possibilidades e acredito que no meio de uma crise saberia muito mais sobreviver as dificuldades do que as pessoas que estão habituadas a tudo. Até porque faço compras na loja dos chineses em vez da Lanidor , compra a marca É do continente em fez dos produtos de marca. Seria bonito ver quem vive no mundo cor de rosa, aprender a viver com estas condições-

  • Me, imagina um casal com dois filhos o qual no último ano ficou desempregado, sim os 2 membros, acontece, infelizmente.
    Quando as crianças nasceram tinham um estilo de vida que lhes permitia pensar criar uma família. Entretanto, muita coisa ruiu. O que sugeres? entregam as crianças para adopção? Vão viver (todos)para a rua? E o que comem?
    Isto não tem a ver com subsídios de natal e férias, tem a ver com dignidade, simplesmente. E creio que te precipitas um pouco nas tuas análises, não achas? É que a miséria existe e não é só para os que “sempre foram desgraçados” como pareces pensar.

  • não posso concordar contigo em relação aos filhos. Portugal esta a envelhecer cada vez nascem menos crianças e os casais tem menos filhos. O sub. por exemplo poderia dar pra pagar livros, livros que todos os anos são novos e que no orçamento numa família vai muito a baixo.
    Acho que a solução não é, não os tenham.
    Agora dos centros comerciais estarem cheios é verdade, mas acredito que muita gente vai por aparências.

  • Primeiro: Um post que é a cópia integral de um artigo onde no título tu expressas bem o teu ponto de vista!

    Segundo: As pessoas têm a suas vidas organizadas a contar com 14 ordenados e é claro que um corte vai mexer com as finanças de muita boa gente. Mto bem te ensinaram que um subsídio não serve para despesas, sorte a de quem nasce num berço de ouro!
    E se tu chamas a um casal de classe média ter dois filhos, em que um deles até já tem independência financeira, ser muito? E sim, mesmo assim os subsídios de férias fazem muita falta para cobrir muitas das despesas!

    Terceiro: Há mts casos em que sai mais barato pagar uma renda de um empréstimo do que de um arrendamento.

    Quarto: Se chamas ter vícios usar o subsídio para pagar IMI, propinas de faculdade, seguro contra terceiros do carro, pagar/comprar extras como a máquina de lavar roupa ou frigorífico que entretanto avariou, etc, etc…
    Então não conheces nada da realidade de quem luta todos os dias por ter uma vida melhor daquela que lhes foi proporcionada no passado.

    Quinto: Até posso estar de acordo quanto te referes a lojas, férias e restauração, mas isso não significa que as pessoas abundem em dinheiro, só mais da opinião da existência de uma mentalidade em que as pessoas procuram o prazer para camuflar as dificuldades que enfrentam diariamente. Mas claro que sim, que há por ai muita gente que tem dinheiro para luxos e que calce sapatos dos 100 euros para cima, mas não acredito que essa seja a realidade de quem preciso do subsidio para despesas, é mais a que quem pode usar o subsídio para mimos ou rechear a conta poupança. Conta poupança?! Que realidade mais distante da maioria dos comuns mortais!

    Sexta: E sim falo no individual! Pq é esta a realidade que conheço. A minha realidade! Onde a falta de subsidio de férias vai afectar em muito as coisas cá em casa! E o que mais me revolta no meio disto tudo é haver pessoas que querem crescer e ir mais além e ser cortadas constantemente, enquanto o estado continua a estragar dinheiro em carros topo de gama e em motoristas, e em obras públicas desnecessárias.

    Sempre te tive em tão boa conta, e nunca entendi porque exista tanta gente que te criticava! Mas infelizmente, hoje, depois de ler esta post, vi a tamanha arrogância de alguém que não sabe o que é fazer uma ginástica financeira para cobrir todas as despesas e ter alguma qualidade de vida.

  • Estou chocada consigo, ME…. nunca tinha lido algo seu que me deixasse assim….. se me disser que devemos mas é trabalhar em vez de estar horas ao tel com amigos, ou no wc, ou no café… ok concordo a 100%.. que os portugueses estão mal habituados, quanto menos fazem menos querem fazer e que é uma questão cultural bla bla bla ok concordo

    Agora dizer que acha uma boa medida que ao serem retirados os subs aos funcionarios publicos…… ora alto e para o baile!!!

    Ora pense comigo um bocadinho aqui nesta minha realidade…… tenho um filho com 7 anos que neste momento anda numa escola do estado porque pagar 350 euros/mês foi apenas até ele ir para o 1º ano……. e sabe porque pagava 350 euros pelo infantário??? porque vivo em cascais e as minhas “cunhas” não são de primeira escolha são apenas de segunda… dá uma voltinha pelos infantarios “gratuitos” e não vai encontrar nenhum carro inferior ao seu…….. mas voltando aos subs… sabe para que serve o meu de férias??? para pagar o ATL do miudo no mes de agosto, tenho que recorrer ao privado porque o nosso governo n tem atl’s no mês de agosto… sabe para que serve o meu de natal? para pagar o seguro do carro!!! ahh claro e tenho que ter carro senão teria a minha vida muito dificultada…………

    eu estudei, ganho 800 euros/mês pago uma renda de 350 porque comprei casa, caso tivesse arrendado teria de pagar no minimo uns 500/600 euros por um T1 e depois o que comia??? os recibos da renda?

    Como vê ganho bem mais que o salario minimo nacional, tenho um filho, pago casa, pago escola, já n pago carro graças a deus, pago atl, agua, luz, gas… ahhh o miudo tem actividades pagas tb

    Agora imagine que trabalho no publico….. como é que iria fazer? chego a dia 15 sem dinheiro sem os subs o melhor etra mesmo atirar-me da ponte

    bem haja ME, gosto muito de si mas esta deculpe lá não concordo

  • Autismo egoista.
    Isso de ir de férias e encher restaurantes…Há quem nunca tenha tido sem crise nehuma. Quem nunca foi, continua sem poder ir. E é desses que se fala quando se fala de subsidios.

  • “Quinto: Ora vejamos, é verdade que há muitas pessoas que precisam dos subsídios para subsistir. Para suprir as necessidades mais básicas. Mas também é verdade que um subsídio é isso mesmo: um subsídio. “
    Ok, concordo que um subsídio é isso mesmo, um subsídio, mas só quem não sabe o que ele pode ajudar é que se pode dar ao luxo de pensar exclusivamente assim.
    “Ensinaram-me que o subsídio serve ou para ir directamente para a conta poupança ou para um qualquer extra, uma extravagância, um mimo.” Condordo plenamente, mas não se exclua quem luta pela vida e que pela vicissitudes da mesma se vê em lençóis rebvoltos
    “Se a minha subsistência e a dos meus filhos (como li por aí) depender dos subsídios, não tenho tantos filhos. Ou não tenho filhos de todo.” Sim não somos pais nem mães porque ganhamos abaixo de???? sei lá, qual o valor mínimo para ter filhos no seu caso?
    “Se preciso do subsídio para pagar o IMI, não compro casa, arrendo. ” Ou não será melhor ir viver para debaixo da ponte? Assim não tem encagos nenhins?
    “Cada qual tem de gerir a sua vida de acordo com a sua carteira. Eu também gostava de ter e fazer muitas coisas que não tenho nem faço. Só tem vícios, quem pode.” Concordo, mas ter casa, pagar a faculdade dos filhos e ter um carro é vício na sua maneira de ver.
    Cresça e Apareça

  • Bem, realmente é um assunto controverso mas não podemos generalizar! Existem situações na vida que mudam rapidamente, e o que é hoje não é amanhã e não consegues controlar ao milímetro, um vez guardas o subsidio em outra precisas dele. Compras casa a contar com o ordenado mas algo corre mal e não podes simplesmente puff ir para uma alugada! É complexo! Isto é um subsidio mas não se confunda com privilégio é um direito, por isso os nossos salários são mais baixos, uma outra maneira de fazer as contas, isso sim.
    O que está errado nisto tudo é não cortarem no que realmente deviam isso é que não concordo mesmo, a manutenção dos “poleiros” continua e vai continuar… infelizmente!

  • Olá!!!

    Eu fiquei fascinada com os comentários que te deixaram. A sério que fiquei.

    Quem não tem dinheiro não têm vícios! É simples… E mais do que normal o 13.º e o 14.º ir para as poupanças, na minha casa e na casa do meu namorado, sempre foi assim. E na nossa, fazemos o mesmo. Se nos os dois não recebos 2.000 euros, não vou estar a gastar esse dinheiro! Se eu não posso jantar fora todos os dias, vou uma vez de dois em dois meses, se tiver. Se não tiver, como em casa. Até como melhor e mais barato! Se não posso ir passar férias vou passar férias com os meus sogros. Prefiro ter dinheiro guardado para o amanhã do que andar aflita. Tenho um cartão de crédito para uma urgência, para ir ao supermercado para por gasolina. Usei o este mês, porque quis comprar uns sapatos para um casamento. Se o não devia ter feito, se calhar, não. Arrependi-me assim que o passei na máquina. Não tenho créditos em lado nenhum. O meu carro custo-me os olhos da cara mas fui buscar dinheiro às nossas poupanças! Levei notas de EUR 500 ao homem do stand, mas paguei-o! E sabe-me tão bem conduzir um carro, que não tem nenhum crédito associado. Se não posso, não o gasto. Queixam-se que as coisas estão mal, claro que estão! Os centros comerciais continuam a abarrotar de gente. Ao dia de semana, às 15h30, está imenso trânsito para entrar dentro de um centro comercial. Pessoas a estoirar dinheiro naquilo que podem e naquilo que não podem. Se não o têm, não o gastem. Simples. Se eu não tenho dinheiro para ter o serviço completo da zon, não o tenho. Se eu não posso andar vestida com a última colecção, não ando. Se eu não posso conduzir um mercedes, não o compro. Se eu não posso ter uma casa no bairro mais in, não o tenho!

    Não é complicado, a sério que não é!

    (Acho que vou fazer deste comentário um post… lol)

    Beijooooo*************

  • Enfim…tanta coisa a dizer…MAS, não apetece, nem vale a pena.
    É triste virarmo-nos uns contra os outros, porque a solução do problema não é a inveja ou a vitimização…
    E até tenho razões de queixa…sou F.P. , ganho o mesmo há dez anos, trabalho cada vez mais e tenho cada vez menos…
    Gostaria que ao menos, se tenho que sofrer mais, que fosse para por ordem neste país, mas não tenho muita fé…

    Beijinho!

  • Peço desculpa a muita gente mas concordo com o post. Muita gente acha essencial coisas que há uns anos atrás seria um luxo.
    Vejo muita gente sem dinheiro para comer mas vai pedir um empréstimo para ir de férias ou para comprar um carro novo. Ainda fumam como chaminés e não abdicam dos canais xpto. Felizmente tenho boas condições de vida, mas também já trabalhei bastante, paguei as minhas coisas e juntei dinheirinho. Claro que não fui todas as semanas ao cinema, ou sair à noite etc como muito boa gente… mas consigo ir de férias sem pedir dinheiro a ninguém.
    O meu namorado, infelizmente, vê-se aflito até para comer.. mas trabalha e paga as suas coisas todas, incluindo a faculdade. Como? Anda de metro, também não vai ao cinema, raramente compra roupa etc… ah e também consegue pagar as férias.
    É preciso saber gerir o que se tem e fazer as contas por cima. Mas infelizmente por aqui toda gente acha que tem direito às coisas e que se não tem alguém tem de dar.

  • Já agora senhores funcionários, querem falar da ADSE?! Vocês tanto exploraram os serviços de saúde enquanto os outros pagavam tudo e ainda pagavam os vossos abusos em consultas, cirurgias etc…Antes tudo queria ser funcionário público..agora tudo foge. curioso

  • Concordo em tudo o que dizes!E também nao entendo onde esta a crise, oiço as pessoas a queixarem-se mas continuam a ir de ferias a consumirem demasiado!!

  • Olá Me é mt raro comentar o seu blog porque os seus gostos e aquilo que partilha são realmente bastante elevados para o meu ordenado (não que seja uma critica, porque se tem o dinheiro e seu e faz dele o que quer certo) mas o que é certo é que não me posso dar ao luxo de gastar 300 ou 400 euros numa mala ou nuns sapatinhos pois eu depois venho a ganhar de ordenado 500 ou 600 euro … Portanto eu comprei casa comprei já á alguns anos e se fosse hoje sim não comprava alugava mas como já alguém disse ai num comentário não se pode simplesmente puf agora não dá jeito vamos para um casa alugada
    Tenho dois filhos não sou funcionaria publica mas o meu marido é militar e vou sentir na pele o corte…
    Por isso vai-me doer sim vai pois os meus subsídios não vão para nenhuma conta poupança…vão tapar os buraquinhos que vão ficando abertos ao longo do ano …
    Não devemos generalizar sim eu vejo isso que a crise é só na casa de alguns …na verdade até fiz um post recente por causa disso que vejo a crise mas na minha casa…. jantares e almoços fora ???? ui a quanto tempo… Ferias ???? em casa e na casa da sogra ….Portanto acho que não se deve generalizar …. não passo fome não sou pelintra os meus filhos andam limpos e bem vestidinhos não e de Marca ??? não não é mas estão limpos e asseados….
    Andam os dois na escola… pago a totalidade dos dois…pois ajudas do estado ???? Esaas há muito que se foram livros ???? pagos na totalidade …abono esse tb já desapareceu…
    desculpe se me excedi mas é mt complicado andar a fazer o dinheiro esticar todos os meses e depois virem dizer que acham bem retirarem mais um direito que é nosso !!!!!

  • Geralmente as opiniões são generalizadas e com base no tipo de vida que levamos. A opinião da Me faz sentido para muitos casos, infelizmente ainda há muitas famílias que se endividam a contar com os subsídios.

    Mas, lá está,não é mais que uma generalização. Existem também muitas famílias, como já foi dito, que sempre levaram uma vida moderada mas devido a algum contratempo deixaram de poder pagar as contas como antes.

    Há casos e casos, e claramente esta “opinião” faz todo o sentido para alguns casos e para outros não…

    Não percebo o choque generalizado, tenho a certeza que toda a gente conhece alguma família que gasta mais do que pode e vive ano após ano a contar com os subsídios para pagar as dívidas que acumulou…

    Gosto muito do seu blog, felicidades
    Ana M.

  • Tu não fazes a mínima ideia do que é viver com dificuldades financeiras. Ainda bem para ti. Mas revelas nos teus textos uma profunda insensibilidade e arrogância.
    Parece-me que quem anda de olhos fechados és tu. Só espero é que a vida não te mostre que estás completamente errada nesta questão.
    Não entro em detalhes, porque o essencial já te disseram, e também não me parece que vás entender o outro lado da questão.
    Felicidades.

  • Ao seu post e ao seu post posterior eu diria apenas que não vivemos todos no mesmo mundo! O mundo da me não é o da maioria das pessoas, que vestem bem e postam o que vestem, a maioria dos portugueses não sabe o que são pepe toe, não conhece as lojas das marcas que a Me enumera…
    Triste por a ver com essa arrogância e a perceber porque realmente opta por não ter filhos.

  • É a primeira vez que aqui comento porque de facto acho que demonstraste insensibilidade em relação a fatias da população Portuguesa cujo estilo de vida desconheces porque não te movimentas no seu meio. Esclareço que não sou Funcionária Pública, por isso estou à vontade para comentar.
    Recordo-me bem de os meus Pais nos anos 80 guardarem parte do subsídio de férias para a compra do material escolar no início das aulas e eles eram bem poupadas, até mesmo porque a vida os obrigava a tal. Viviam e ainda vivem em casa arrendada, o meu Pai a dada altura tinha 2 empregos e a minha Mãe fartava-se de fazer trabalhos de costura para fora, era raríssimos irmos a restaurantes e férias passávamos em casa de família. Quando o meu Pai ficou desempregado foram tempos complicados e os meus Tios maternos muito nos ajudaram, coisa que nunca irei esquecer. Sim, os meus Pais utilizavam o subsídios para as despesas inesperadas ou para aquelas que não conseguiam suportar em meses normais. Felizmente as coisas melhoraram mas não me irei esquecer desses tempos, apesar de hoje usufruir dum estilo de vida que os meus Pais na altura da nossa infância não tiveram. A questão é que eles eram bem governados e mesmo assim viveram dificuldades, porque o dinheiro de facto não abundava, não era possível cortar em despesas supérfluas quando estas não existiam. E como eles, sei que hoje em dia existem outros casais com vidas semelhantes.
    Por isso, acho que devemos olhar para além da superfície das coisas e não nos limitarmos a tecer considerações levianas baseadas apenas no universo que nos é próximo mas bem diferente de outras realidades, tão menos afortunadas. Fica bem! Sara M.

  • Os subsídios de férias e de Natal não são um direito… direito é receber o salário pelos meses em que se trabalha, é ter acesso à educação e saúde. Os subsídios foram uma benesse que se criou em tempos de maior estabilidade para compensar os baixos salários. O problema é que as pessoas passaram a tomar como certo esses bónus e a organizar as suas despesas em função dos mesmos e o governo aproveitou este amparo para nunca actualizar devidamente os salários. Não criticamos todos a Grécia por dar subsidio de Páscoa? Acham que é um direito? Imaginem que agora passávamos a receber subsidio para o guarda roupa. Será um direito? Se calhar diremos todos que seria um bónus mas daqui a uns anos já exigíamos como um direito. Ora em tempos de crise, é natural que se corte exactamente nos bónus, que só são considerados direitos porque se mantiveram muito tempo, felizmente! É porque podiam ser pagos. Agora deixaram de o ser. O que é inaceitável é que esta seja uma das primeiras medidas enquanto o governo continua a esbanjar nos seus extras – obras públicas, carros, viagens e afins. Isso é que é verdadeiramente chocante!

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