Eu e as máquinas, aparelhos, maquinetas ou como diz a minha C., gingarelhos.
Pois bem, eu e os gingarelhos não somos muito amigos.
É mais ou menos como eu com chaves e fechaduras. Quem me conhece sabe que tenho um problema com chaves e fechaduras. Sobretudo quando me dizem “Ah é só dar um jeitinho!” Mas qual jeitinho qual quê?
Voltando aos gingarelhos.
Pois bem que o Sr. meu marido, a par do Sr. nosso melhor amigo D., são loucos por maquinetas. Ou aparelhos. Ou gingarelhos. Esta paixão deles resulta das suas actividades estudantis e profissionais, mas é, sobretudo, resultado directo da sua apetência por tudo o que mete transístores, cabos, fusíveis, and so on…
Assim, juntam-se as comadres e uma espevita a outra. Quer isto dizer que, se um descobre um gingarelho novo, já o outro encontrou um outro gingarelho para testarem e descarnarem e o diabo a sete.
Vai daí que, quer em casa da C. e do D., quer no lar aqui da madame e do Sr. R., gingarelhos é coisa que não falta! Sendo que, regra geral, nem eu nem a C. fazemos ideia da utilidade deles!!!
Há uns anos largos, o R. comprou um comando para casa dos pais que supostamente podia ser conectado a qualquer aparelho eléctrico lá em casa. Lembro-me de na altura me juntar com a minha sogra e gozarmos as duas com ele: “É tão preguiçoso que até de um comando precisa para abrir os estores!”.
Pois, bem dito bem feito que mais cedo ou mais tarde se engole o que se disse!
Agora, coxa que estou e totalmente imóvel que estive nas últimas duas semanas, não imaginam o jeitaço que me tem dado o dito comando para abrir os estores pela manhã e poder preguiçar sem ser na penumbra…
Gingarelhos… também uso essa expressão. Não sou muito adepta das modernices excessivas, mas abrir os estores sem sair da cama parece-me bem!!