Não acredito.
Não é “não posso acreditar” nem tão pouco “não quero acreditar”.
É tão só e apenas não acreditar.
Eu não acredito hoje que NUNCA mais vou ver a Nídia.
Da mesma forma que não acreditava há 6 meses e da mesma forma que sei que não vou acreditar daqui a 20 anos.
Que sou religiosa? Não. Nunca fui. Fiz a primeira comunhão porque era mais um motivo para estar com os amigos e porque a catequista era uma porreira super bem disposta que nos “obrigava” a falar sobre a vida e sobre a semana que tínhamos tido. Se nessa altura não me considerava religiosa (sobretudo considerando o sentido frequentemente envolvido), actualmente seria impossível!
No entanto, influência de quem eu sei e, principalmente, de mim própria, fui-me tornando muito espiritual. Muito esotérica. Não me questionem sobre as minhas crenças porque não as explico. Não sei se quero e nem sei se conseguiria explicar.
São minhas e muito particulares.
Mas as minhas crenças (e sobretudo os motivos que as criaram), conjugadas com toda a componente racional que existe em mim, fazem-me não duvidar de que vou voltar a ver a Nídia. Um dia destes. Quando nos apetecer.
Vá, dei-vos motivos para alegarem a minha insanidade…
Porque insanidade ? Um dos post´s mais bonitos que já escreveu .Sempre soube que você e a sua irmã são ligadas à espiritualidade .Sempre vi isso nos Post,s que deixava sobre a Nidia . Uma vertente Budista ? Talvez .Seja qual for,acredite !!È mais facil superar a dor .
Beijocas
Quem me dera ter a sua capacidade de escrita ..;)))
Eu diria que é saudade, aquela saudade à flor da pele, que faz o coração bater com mais força sempre que vemos ou sentimos algo que nos recorda alguém que amamos muito.
Insanidade não, amor!!!!
Abraço muito doce e muito apertado
Com ternura
Sairaf
Me,
Ainda hoje de manhã quando acordei, por estar a atravessar uma fase complicada, "falei" com o meu avô. E pensei: por muito tempo que já tenha passado, a nossa ligação não se perde. Ele está sempre lá. Já estivémos juntos em sonhos e ele já me salvou de um acidente de carro. Muitas vezes sei que é ele quem me ajuda a resolver situações.
Provavelmente as nossas maneiras de encontrar os nossos entes queridos são diferentes, mas fica aqui o meu testemunho de que é possível. E pelo que aconteceu hoje de manhã, vir ao teu blog e ler o que escreveste só me deu ainda mais força para acreditar que sim, que falei com ele.
Beijinhos
NÃO, NÃO… não penses nisso!
Aliás, eu acho que é esta forma de pensar que nos faz continuar sãs!
Beijinhos nossos! 😉
me… também não sou religiosa, no entanto exotérica me confesso!
ha coisas que a ciencia não explica……..
algumas sim claro, e a psicologia, explica muita coisa que as vezes julgamos "coisa do outro mundo!" mas…… outras coisas ha, que nem psicologia nem medicina nem qualquer outra ciencia pode desvendar…..
Me… não o poderia dizer melhor. É exactamente como me sinto. Não consigo acreditar no nunca.
Querida Me!!
É muito bom ler-te e ficar com as tuas "istórias"!
O teu ACREDITAR, (seja no que fôr…) é "MILAGROSO", uma fonte de insiração, saberdoria e Força para mim e acredito que para todos os que te leêm…
És um exemplo, juntamente com a TUA LINDA FAMILIA de como se deve levar a vida, quando esta não sorri sempre…
É muito bom "beber" destas tuas teorias e ficar com aquilo que se tira das tuas entrelinhas…
Ajudas-me muito a sorrir e a tua maninha tb, com os ensinamentos que deixou e que tu tão bem transcreves.
Obrigada por todas as partilhas!
BJNHS a "M"
É esse o espiríto!! Acreditar sempre!!
Adorei este texto 🙂
Também não acredito em nunca. E o lado espiritual de cada um não é coisa para chamar de maluco 😉 é como a religião, há que respeitar!
Hoje sou mesmo obrigada a dizer qualquer coisa. Tenho acompanhado a sua viagem. Só isso, sim, acompanhado. Seria dificil de explicar o quanto percebo, o quanto "me entranho", com o seu sentir, a sua maneira de enfrentar, de viver aquilo que lhe é oferecido. O bom e o mau.
Passei pelo mesmo.Acredito no mesmo. Esteja o meu mano onde estiver, tem toda a influencia na minha vida, guia-me, desvia-me e tenho a certeza, por vezes até me empurra para coisas que simplesmente passariam por mim sem um olhar da minha parte.
E tal como a Me, tenho a certeza de que nos encontraremos um dia..para voltarmos a rir,divertir, não sem primeiro lhe dar um valente puchão de orelhas pelo que fez.
Logo a seguir um abraço do tamanho do mundo, deste e do outro.
Um bj. Vivamos a nossa vida o melhor possivel..é isso que devemos oferecer a nós próprias.
Eu acredito no céu e acho que fazes muito bem em acreditar que vais ver a tua irmã. Isso ajuda.
Eu acredito no que TU acreditas.
Um beijinho e um abraço.
S
Eu perecebi PERFEITAMENTE o que queres dizer!
E também acredito!
Me, podes não acreditar, mas minutos antes de vir ver o teu blog, estava justamente a pensar: "Passou mais de um mês, mas eu não consigo conceber a ideia de que nunca mais vou ver o JM, não consigo… tenho tantas saudades.. :("
Venho aqui e vejo o teu post, e cm se alguem escrevesse aquilo q eu pensei!!
Obrigada!!
Beijinho
A crença é algo muito pessoal. E muito muito difícil de fazer com que percebam. Porque se sente na maneira de cada um. Sou religiosa. Tenho a minha fé, as minhas crenças. A crença de acreditar. E são as crenças, é o acreditar que nos faz viver!
Beijinho*
São as coisas em que acreditamos que nos faz viver a vida plenamente. =)
Olá Me.
Também eu, sou uma das que a acompanha há imenso tempo sem nunca ter comentado mas hoje, alguns dias depois de ter lido este post e de ter ponderado bastante, resolvi deixar-lhe o meu testemunho.
Tive a sorte de ter conhecido quatro bisavós. Dois deles eram um casal.(E quando digo conhecer significa mesmo conhecer!) Ora este casal era um verdadeiro casal. Eram muito amorosos e com uma mentalidade avançada para a época. Tenho uma irmã mais nova que era um verdadeiro diabinho. Passávamos imenso tempo com eles. Eram cúmplices nas nossas brincadeiras e ensinaram-nos imenso. O meu bisavô adorava a minha irmã. Tinha muitos bisnetos mas aquela era a menina dos olhos dele. Aos oitenta e muitos anos adoeceu e acamou. Eu do alto dos meus sete anos já sabia o que nos esperava. Apesar de doente queria-nos no seu quarto. E connosco brincava até a minha bisavó, contra a sua vontade, nos arrancar de lá.
Uma tarde não nos deixaram entrar. No corredor vimos o nosso médico a sair. Estava por pouco. Mas ele assustadoramente consciente. A família toda no seu quarto. Eu e a minha mana, no lado de fora. Ela, pequenina, dois aninhos apenas, começou num choro. Primeiro um chorinho, depois um choro imenso, chamava por ele. E foi aí que o ouvi, uma voz débil que se fez forte e chamou por ela. Levaram-nos à porta, a minha irmã ao colo da minha mãe. Ele voltou a chamar por ela e disse com um grande sorriso: "-D. não chores. Vem, filha, vem com o avô. É lindo! É lindo! É tão bonito, não tenhas medo!" Estendeu os braços para ela e partiu. A minha irmã chorou durante muitas horas, hoje não se lembra de nada mas garanto-lhe que todos os outros que assistiram não esqueceram.
Quando foi a vez da minha bisavó, foi também um momento marcante. Mas isto já vai longo e sabe Me?? São estes momentos que nos fazem sorrir e ter esperança na Vida. Seja ela onde for. Porque sabemos que eles estão connosco e há-de chegar o dia…
Tudo de bom para si.