Eu, Tu e os meus sapatos

Louca pela vida. Louca por ti. Louca por escrever. Louca por sapatos.

Ser mãe

A minha mãe ensinou-me a ser gente.

A minha mãe ensinou-me a ser forte no que é preciso.

A minha mãe ensinou-me a dar valor ao que tem efectivamente valor.

A minha mãe ensinou-me a ser feliz.

E continua a fazê-lo. Mesmo sem se dar conta do peso das palavras dela.

Mas a minha mãe acha que só consegue transmitir estes ensinamentos plenos de sentimentos, através de palavras faladas.

Oh! Está tão equivocada.

Sobre este texto, que meio mundo leu e o outro meio comentou, a minha mãe foi incapaz de escrever. Foi incapaz de deixar o seu ensinamento ao Pedro Ribeiro… Diz que não é boa a escrever sentimentos.

E então, disse-me de lágrimas nos olhos o que queria ter escrito quando o leu e não foi capaz.

E eu, eu seria incapaz de não deixar registada tamanha mensagem…

“Quando um filho não está bem, e não tem que ser necessariamente uma situação grave, um bocadinho de nós morre.

E depois, volta a renascer.

E é assim sempre.

Com os nossos filhos, morremos vários bocadinhos e renascemos outra vez.

Quando a Nídia adoeceu, eu morri.

E enquanto esteve doente, morri tantos outros pedacinhos.

E depois, quando ela morreu, eu renasci.

Porque ela viveu.”

E foi assim tal e qual que ela me disse.

E é por isto também que eu sei que tenho a melhor mãe do mundo.

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“Ser mãe”

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