Eu, Tu e os meus sapatos

Louca pela vida. Louca por ti. Louca por escrever. Louca por sapatos.

Sobre as desilusões

Não existem só as amorosas.

E da mesma forma que não se cobra amor, não se cobram outros sentimentos e atitudes.

E da mesma forma que não se mendiga amor, também não se mendigam outros sentimentos e atitudes.

Podemos ter o desejo da cobrança, sentir a ausência da reciprocidade, sentir que não faz sentido… Podemos até arranjar desculpas e compreender comportamentos.

Mas não devemos verbalizar essa cobrança.

E este desabafo surge desta memória que terei sempre, quando conversávamos as 3 tantas vezes quando eramos miúdas e também agora… oh mãe, mas será que as pessoas são todas burras e não me entendem?

Não. Não são burras. As pessoas têm formações diferentes. Educações diferentes. Raciocínios diferentes. Sensibilidades diferentes. Foram diferencialmente estimuladas. E por isso, têm capacidades de compreensão distintas. Formas de percepção diferentes.

É só isso. Não há lá nada de burrice. É uma questão de perspicácia e sensibilidade.
E é por isso que às vezes sinto que chuto a bola e ela bate na trave. Não passa. E acredito que seja isso que origine as atitudes que me desiludem. Porque há um não entendimento.

Eu tenho uma pessoa que me entende sempre. Que percebe sempre a mensagem que quero passar.

E é essa pessoa que, se fosse possível estratificar sentimentos, importância, valor, viria imediatamente a seguir aos meus familiares directos… porque posso contar SEMPRE com essa pessoa. Mais do que o sentimento, mais do que a empatia, mais do que partilha, é a compreensão que aproxima ou afasta as pessoas.

E eu posso contar essa pessoa porque ela me entende.

Porque quando chuto a bola, a bola passa e é devolvida. Com efeito.

E com (algumas) outras pessoas não. Bate na trave. Não me entendem. Reagem erradamente. E desiludem-me.

Mas eu, transparente e idealista me confesso, rapidamente esqueço as desilusões.

Porque a vida é para ser vivida. E não sofrida.

Por isso, não vale a pena chorar sobre desilusões. Há que contorná-las. Esclarecê-las. E ser feliz.

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