Eu, Tu e os meus sapatos

Louca pela vida. Louca por ti. Louca por escrever. Louca por sapatos.

Sobre sentimentos de luto…

Antes da Nídia morrer, ouvia de pessoas menos sensíveis expressões como “Ah, se acontecer alguma coisa, vão sempre sentir que não fizeram tudo…”…

Além de ser de mau tom falar sobre a possível morte de alguém quando não há essa certeza e, sobretudo, quando se sabe que quem está nessa situação não tem essa forma de encarar as coisas, é ainda pior falar sobre esse sentimento de culpa…

E isto vem a propósito daquela que é a forma de estar e de viver das pessoas que mais sofreram com e pela minha irmã.

Os meus pais, eu e o meu marido, a minha tia, a madrinha da Nídia, os meus avós, os amigos da Nídia…

Se nós sofremos? Claro! Se choramos? Óbvio! Se temos saudades? Imensas e eternas!

Mas se sorrimos? Claro! Se passeamos e brincamos? Óbvio! Se vamos celebrar a vida? Sempre e para sempre!

É por esse motivo que os amigos da Nídia nos procuram e se sentem bem na nossa companhia… porque sentem a Nídia, porque sentem a força da Nídia e a sua forma de estar na nossa postura…

E porque é que conseguimos estar assim?

Um dia confessei que a minha mãe estava bem (e outras vezes mais), com saudades e triste, mas bem. A viver e não a sobreviver.

E justifiquei-o pelo que senti e através de palavras da minha mãe: “de tudo o que a Nídia me pediu só não fiz duas coisas, foi dar-lhe saúde porque não podia e foi levá-la para morrer em casa porque ela já não ia aguentar.”

E isto diz tudo.

E por muito que magoe quem possa estar do outro lado a ler, a verdade é esta.

NÓS FIZEMOS TUDO.

Em quase dois anos, a Nídia NUNCA esteve sozinha, NUNCA houve uma visita falhada, a Nídia NUNCA pediu nada que não tivesse no instante seguinte, o telefone da Nídia esteve SEMPRE a tocar, a Nídia NUNCA nos viu chorar…

Quando médicos ou até a minha avó me pediam para que eu convencesse a minha mãe a ir a casa descansar eu respondia aquilo que me foi ensinado a vida inteira: “a minha mãe tem é que estar com a minha irmã. Enquanto a minha irmã aguentar a minha mãe tem a obrigação de aguentar. Descansa quando a Nídia descansar!” E a verdade é essa.

A minha mãe nunca saiu do lado da Nídia. Nunca deixou de satisfazer todos os pedidos da Nídia. NUNCA. Nem durante o período que ela esteve melhor e lhe diziam para ela não lhe fazer as vontades todas.

E é por esse motivo que estamos em paz. Porque felizmente temos a paz de sentir que fizemos tudo. Que estivemos sempre. Nenhum de nós sente “se ao menos…”, porque não nos permitimos que isso viesse a acontecer.

E é tambem por esse motivo que o nosso luto é diferente.

Apesar de tudo, alguma coisa quererá dizer todo o carinho, atenção e reconhecimento do pessoal do hospital…

Alguma coisa quererá dizer que, numa unidade onde o destino é quase sempre o pior e por isso a morte é recorrente, tenham estado no funeral da Nídia praticamente todos os enfermeiros que não estavam de serviço…

Alguma coisa quererá dizer que os colegas e amigos da Nídia vão lá a casa frequentemente…

O luto é um sentimento único e singular que só cada um sabe como sente… podemos tentar explicá-lo. Mas só quem o sente é que sabe…

Não é ser mais nem menos. Melhor ou pior. É um sentimento único e distinto de pessoa para pessoa.

Eu pedi para morrer no lugar da minha irmã. Tantas e tantas vezes. Porque já vivi tanto, porque já fui tão feliz. Porque queria que ela tivesse feito e vivido tanto mais.

Mas o que eu tinha que ter feito fi-lo em vida.

O luto que os outros vêem e acham que eu e a minha família deveríamos fazer, além de ir contra tudo o que ela pediu claramente, não a traz de volta, não lhe dá vida.

O que se deve fazer, deve ser feito em vida.

De nada serve chorar os mortos… Deve-se sorrir e rir pelos vivos.

Foi isso que fizemos pela minha irmã e é isso que continuamos a fazer.

Por ela e por nós.

40 Discussions on
“Sobre sentimentos de luto…”
  • Não podia estar mais de acordo. Percebo e concordo a 100%. Ainda ontem em familia falamos sobre o luto e os sentimentos e o que devemos fazer em vida, sorrir em vida, partilhar em vida e aproveitar todos os dias, horas, instantes e momentos…
    O problema é existirem pessoas que não compreendem e que criticam e até saõ capazes de dizer "voçes nao levam nada a sério!", "estao sempre bem dispostos" E? Não é assim que devemos levar a vida? Eu acho que sim, pois ninguem conhece o dia de amanhã.

    Bjs
    Bom texto!

  • Essa é exatamente a forma como a vida deve ser vivida…mas poucas familias tem essa sabedoria. As pessoas invejam até os problemas de alguns… é fácil se entregar e ficar no canto chorando, e aí as pessoas ficam felizes e sentem pena… O que incomoda é a capacidade de se reerguer e voltar a viver. Essa é a verdadeira força!! parabéns a você e principalmente à sua mãe. Que Deus lhe de sempre forças para aguentar, pois a perda de um filho é o que de pior pode acontecer a um ser humano.

  • Grande coragem a enfrentar uma perda tao dolorosa.
    Sou seguidora deste blog ha ja algum tempo e confesso que nao segui muito da Nidia ate porque quando comecei a seguir supostamente ela ja tinha partido, dai nao opinar muito sobre esse assunto nem sei de que ela faleceu, peço desculpa.
    Mas gosto de ler-te, de saber que es feliz e que essencialmente enfrentas a vida com um sorriso nos labios apesar de todo o sofrimento que esta ja te possa ter causado.
    Força e beijinhos.
    Mimi

  • Lindo!!!!
    A beleza de uma pessoa não se mede só pelas suas palavras, mas pelos seus actos.
    Continua a sorrir e a lembrar cada momento, porque isso é sem dúvida algo único e que te torna uma pessoa muito querida e especial, com uma força enorme.
    Abraço grande
    Com carinho
    Sairaf

  • Oh menina como te admiro. Espero que quando tenha de lidar com essas situações ou que os meus lidem com isso da minha parte tenham esse espirito. Tu, a Nidia e a tua familia são uma inspiração. Fico triste quando te tentam atacar aqui no blog.. mas há sempre gentinha má e sem vida própria… é deixa-los andar os infelizes.

    Um beijinho.

  • Não percas o teu precioso tempo a dar explicações. Não tens de explicar nada a ninguém. Vive e sê feliz como a tua mana quer.
    Angustia-me ver o que sofres com o que os outros pensam.

  • Leio o teu blog há algum tempo, mas não tenho por hábito comentar… porém hoje não poderia sair daqui sem te dizer OBRIGADA, pela partilha, pela luz que transmites com as tuas palavras, pela verdade que nos mostras todos os dias um bocadinho!
    Parabéns por seres assim… única e muito especial!
    Tenho a certeza que a Nídia sorri feliz por vos saber assim… a VIVER!

    Um beijinho apertadinho

  • Têm toda a razão e é assim que deve ser. Por mais que custe, não vale a pena chorar. Não vale a pena ficar infeliz… fizeram tudo o que podiam ter feito. E certamente que ela não quereria ver aqueles que ama a sofrerem. Quer é que sejam felizes. Por isso, sejam felizes. 🙂

  • ME eu estou a viver o principio de uma situação idêntica à vossa, e gosto de vir aqui receber aquela lufada de ar fresco, ainda estamos no principio mas reagir não tem sido fácil, só aparentemente.
    Obrigada por me ensinares a olhar para o problema de forma diferente.
    beijinho

  • Olá, Me. Acredito que a vossa consciência esteja tranquila – de facto, fizeram mesmo TUDO o que havia a fazer! Mas há uma coisinha que ainda falta, parece-me… Quando dizes que te sentes totalmente em paz… hum… não sei…talvez sim, ou talvez ainda não (totalmente). Se calhar ainda falta deixar a revolta e a amargura num canto qualquer, bem longe. E ignorar os tolos que só sabem criticar e apontar o dedo. São tolos, coitados… 🙂

  • Gostava de ter a vossa força, a vossa luz, o vosso sorriso… porque a vossa família é fantástica!
    Eu, quando perdi alguém muito importante na minha vida, chorei, chorei, chorei, fui abaixo e pensei sempre que o que fiz foi pouco e que poderia ter feito mais.
    Foi a minha madrinha, a minha 2ª mãe.
    Continuem assim

  • Mais uma vez afirmo com convicção que vocês são um exemplo a seguir. Espero nunca passar por uma situação semelhante, mas admiro muito a vossa força e união. Com toda a certeza a vossa Nídia está extremamente orgulhosa de vocês!

    Beijinhos grandes***

  • Apesar de não comentar sempre, venho "ler-te" quase todos os dias. Acho-vos sem dúvida alguma um exemplo a seguir. Admiro-vos pela vossa força, coragem e pela vossa atitude perante esta vida.
    Um beijinho grande querida.

  • eu também penso como tu querida Me, a uma semana passei por uma situação de perda de uma pessoa muito especial, mas sei que foi o melhor para todos nós, devido a maneira de pensar e ser da pessoa, mas existem pessoas que não devem pensar como nós la em casa pensamos, estará sempre no nosso coração.
    beijo

  • Me!
    Penso que comentei uma ou duas vezes neste espaço tão enriquecedor, hoje não podia deixar de o fazer…sinto um nó no peito só de imaginar que algo semelhante me podia acontecer…Admiro do fundo do coração a forma como encaram a partida da Nídia, tenho a certeza que não queria que chorassem sem parar ou se lamentassem constantemente…
    A Nídia era um ser especial, e como tal deve continuar a ser tratada de uma forma especial, com um sorriso(sempre que possível) nos lábios…
    Um beijinho

  • Quando li este post, foi algo arrepiante, as tuas palavras e sensaçoes tocaram-me, tal e qual como se estivesse no teu lugar…
    è muito bonita a maneira como lembras a tua irma, ela deve estar cheia de orgulho de voces todos e concerteza que no lugar onde ela está, é feliz, tal e qual como em vida foi!
    Por isso, minha querida os meus sinceros parabens, porque no lugar da dor, continuas a semear muito e muito amor!
    beijinho muito querido e sincero.

  • olá Me,

    apesar de ler este blog à alguns mesinhos ainda não tinha comentado…
    Concordo plenamente com a maneira cm encaram essa situação… no mínimo demonstra um imenso respeito, compreensão e carinho pela pessoa que perderam. Porque se era cm ela via a vida, se sabem com toda a certeza que ela não quereria choros, então vcs estão a respeitá-la ao viverem a vossa vida "normalmente" apesar das saudades…
    Em relação ao terem feito tudo… acho que é assim que devemos viver a vida, ñ? Fazer tudo o que pudermos pelas "nossas pessoas"…

    É só a minha maneira de ver as coisas, e ainda que não visse da mm maneira que vcs, não tinha de criticar, aprovar ou rejeitar… afinal, são situações que depende de cada um cm tu dizes!No entanto, cm já disse, o mais bonito que vejo em toda a vossa história, é que ainda que vos custe mt… a memória Dela é sempre superior a tudo isso 🙂

    Bjinhos

    Miss B.

  • Cada um vive o luto e a tristeza à sua maneira. Mas sinceramente para mim, o luto não me importa nada. Se eu morrer amanhã, prefiro que os cá ficam e para quem sou especial me recordem e sejam felizes por sentirem a minha presença nas mais pequenas coisas do dia-a-dia. Não os quero vestidos de preto e a chorar pelos cantos, desistindo da vida.

    Chora-se claro, sofre-se, revoltamo-nos e temos dias em que as saudades nos sufocam mais do que tudo, independentemente da forma como optámos por viver a nossa dor, mas o luto não tem que ser negro e pesado.
    Se eu ouço uma música que sei que a pessoa que partiu gostava, se eu vou tomar um café na esplanada preferida dela, se eu ouço alguém dizer uma expressão qualquer igualzinha à que ela utilizava de vez em quando, quando falava, estou a fazer aquilo que para mim, Joana, é o mais importante: estou a fazer com que essa pessoa viva. O que vou dizer a seguir talvez pareça filosófico mas para mim é óbvio: uma pessoa só morre quando nos esquecemos dela e ela deixa de fazer parte de nós, porque enquanto pensarmos nela e chegarmos à conclusão que ela ainda tem algo para nos ensinar, pela forma como viveu a sua vida, ela está cá, aqui dentro de nós.
    As pessoas não deixam de existir e não deixamos de gostar delas só porque não as podemos ver mais.
    Se fizeram a Nídia feliz enquanto estava viva, e se ela se sentia agradecida por tudo o que tinha, apesar de viver uma situação de saúde muito difícil, isso é mais importante do que tudo o resto!

    ……….

    Um mero aparte, porque o texto já vai longo, só lamento que algumas pessoas falem de coisas que não percebem apenas para sobressaírem e terem os seus 15 minutos de fama (ou serão só 5 segundos?). Pode-se brincar, satirizar, etc…mas o respeito ainda não passou de moda, nem nunca vai passar.

    Jo

  • Me,

    Sabes que estou a passar por uma situação com contornos com algumas semelhanças com a que passaste. E sabes também que a minha forma de reagir não é igual à tua em muitas coisas. Porque, só para dar um exemplo, chorei com a minha mãe quando achei que era essa a necessidade dela e acho que foi o melhor. E sofro muito todos os dias e tenho medo e fico paralisada em determinadas situações. E sempre manifestei em vários sítios que não é por isso que me sinto inferior. Mas com este texto concordo em absoluto. Com todas as palavras que escreveste. Porque também eu tenho feito tudo o que está ao meu alcance. E sinto que é assim que tem de ser. E não o faço por sacrifício e sim por amor cmo vocês fizeram. E assim não custa mesmo. E por mais que doa neste momento realmente o melhor que vocês podem fazer, o mais difícil, é mesmo viver. Homenagear a Nídia com sorrisos. Claro que há sofrimento e saudade e dor mas ficar em casa a chorar ñão a traz de volta. E ninguém sabe o dia de amanhã. E sim Me vocês são grandes. Porque conseguir reagir desta forma, a mais difícil, não está ao alcance de todos. Mas também percebo que quem te disse essas palavras, provavelmente passou por uma situação semelhante, e ficou com esse sentimento de não ter feito tudo o que devia. Mas vocÊs fizeram e isso é uma forma de se sentirem em paz. E claro que não o fizeram para se sentirem bem convosco, mas porque era o que ela precisava, e pelo amor que sentiam por ela. Tal cmo eu faço todos os minutos. Não sei o que vai acontecer no meu caso porque cmo disse os contornos são semelhantes mas não são iguais. E nem quero pensar em como reagiria na vossa situação mas este texto diz coisas muitos importantes. Estar com as pessoas em vida. Fazer o que podemos para as ajudar enquanto precisam. Porque chorar depois, embora seja inevitável, não traz as pessoas de volta.

  • MUITO BONITO, MUITO BEM ESCRITO! UMA VERDADEIRA LIÇAO DE VIDA PARA QUEM A QUISER APROVEITAR E APRENDER COM ELA!

    Vanessa, hoje a primeira coisa que fiz quando vim a net foi ver o teu blog e deparei-me com este texto lindo. A seguir, fui ver os mails recebidos e uma amiga enviou-me um mail lindo que eu achei, mesmo sem te conhecer, que em tudo se identificava com a tua pessoa e com o teu modo de ver e estar na vida. Se quiseres envia-me o teu mail para [email protected] q eu encaminho para ti. A serio, acho mesmo que tem tudo a ver com aquilo que tu aqui ensinas. Eu acho q algures nos comentarios do teu blog ja deste o teu mail a alguem mas nao sei onde e tambem nao sei se podes entender como abusivo alguem q nao conheces usar o teu mail, mas se me autorizares a partilhar contigo palavras tao lindas…
    Beijinhos

  • Sem dúvida que cada pessoa deve "viver o luto" da forma como se sente melhor. Os outros só têm que respeitar. O sentimento de culpa não faz sentido nenhum! Pelo que acompanhei, foram sempre um grande exemplo de força e coragem!

    Beijinho grande, querida*

  • Obrigada pela partilha!
    Apesar de tudo a Nídia foi feliz!Disso tenho a certeza!
    Não consigo imaginar perder a minha irma…e não sei se alguma vez terei a mesma postura que tu tens…

    Diz ao mundo o que te vai na alma.
    É uma grande lição de vida que muitos tiram do que escreves!Eu incluida.

    É muito triste ler nesta blogosfera comentários infelizes sofre ti e sobfre os teus…porque decerto são pessoas com muita inveja…e acima de tudo pessoas com muita falta de respeito pela memória da tua irmã…

    big kiss

  • Me acredita sempre nos teus valores e nao te julgues pelo q os outros dizem 🙂
    Tudo o que nos ensinas em cada post, a serio..e uma lição
    Es incrivel.

    Bjinhos *

    Ps: Sorri sempre, por ti, pelos teus e pela Nidia 😀

  • Se todos lidassem assim com o luto, a vida era tão mais fácil… Voces são realmente um exemplo a seguir, sei prefeitamente que devem ter alturas em que desabam, mas é normal não somos feitos de ferro, mas o que importa é que tentam viver a vida normalmente sem dramas, sem estar sempre a matutar no mesmo, tem toda a razão pois infelizmente já nada a trará de volta e teem é que aproveitar a vida, pois queiramos ou não o fim de todos nos é esse e como tal á que aproveita-la ao segundo.
    Quanto aos outros, não liguem, á pessoas que acham que o amor que se sentia por alguém que já se foi se mede pelo tempo de luto que se faz. Beijinhos

  • Sabes, li este post três vezes. Das duas primeiras emocionei-me bastante e por isso não comentei.

    Vivo isto com as "minhas famílias" tantas vezes e nunca consigo ficar indiferente.

    Minha querida, adorava poder transmitir esta vossa postura na vida àqueles que me procuram para consolo, quando nem eu própria por vezes sei como aguento.

    Admiro-vos muito. A ti e aos teus pais. A Nídia, principalmente.

    Um abraço apertado.

  • Querida Me!
    Percebo-te perfeitamente …
    O pai do meu marido teve uma doença prolongada (…)
    E o meu marido quando o pai morreu só disse "enquanto o meu pai precisava de mim eu estive lá, agora o meu pai já não precisa de mim".
    Bj. para ti, segue em frente 🙂

  • É a primeira vez que passo por aqui, mas comecei a ler o que escreves e ainda não parei, a forma como tu e a tua família encararam tudo isto é maravilhosa, completamente inspiradora para todos nós. Penso que tive uma educação muito parecida com a tua e sei o que é ouvir criticas e comentários sobre o que supostamente devíamos ou não fazer em determinada situação, mas também sei que quando se está em paz nada disso importa.

    Beijinhos

  • Cada um vive o luto de maneira diferente. Eu admiro-te muito pela força e coragem. Mas sei que não serei capaz de o viver assim. Já fiz luto de um irmão e infelizmente sei o quanto dói esse «e se…» A partir desta data mudei muito e agora vivo plenamente as pequenas coisas, os momentos. E dou tudo por tudo pelas pessoas que amo. E não estou só a falar de bens materiais, mas de estar presente, de uma boa conversa, de um carinho, … Bj grande para ti!

  • Perdi uma amiga ha pouco tempo, 20 anos. A mãe dela está longe de nós, mas tentamos sempre falar com ela pela net e tenho pena que o luto dela seja tão diferente e que esteja a definhar por isso. Admiro-vos,

  • Olá…Vim aqui parar porque tinha de vir…O meu pai está em fase terminal de um Adenocarcinoma de Pancrêas…Malvado “câncaro”…Rouba-nos assim os que amamos e, a impotência é tremenda. No entanto sinto-me como vós…A fazer-lhe, farei em vida…Custa-me que ele parta, mas fico de consciência tranquila porque sei que fiz o que tinha de fazer… O embate pior está para vir, mas espero saber ultrapassar tão bem quanto vós, ou pelo aprender a viver com esta dor… Obrigada por me deixar partilhar este pouco de mim. ; )

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